Na boca...DG— O que tá rolando aqui Leandrinho? Que porra de bagunça é essa no meu espaço véi? — falo só o ódio por terem empatado a minha situação com a morena— Pô chefe, essa mina chegou aqui cheia de marra fazendo o maior alarde na boca sacô. Disse que não arredava o pé daqui enquanto o senhor não chegasse. — Leandrinho termina de falar e encaro direto para Juliana, que parecia não ter medo da morte, porque só sendo muito ousada ou burra para aparecer na minha frente depois de ter agido na covardia com minha irmã.— Tô sabendo. O que tu quer comigo? Fala logo que tô sem paciência pra puta. — fico de pé na frente dela que ainda tem a ousadia de me encarar— Quero saber que papo é esse de você colocar aquela vadia dentro da tua casa? — Juliana termina de falar e já sente o peso da minha mão na cara dela com o tapa forte que leva e logo depois a pressão que sentiu no rosto quando apertei seu maxilar — Primeiro lugar, não devo satisfação do que faço a ninguém menos ainda à uma puta
DaniAssim que o DG saiu, a Joana veio me ajudar no banho. Tinha muitas dificuldades para ficar em pé sozinha. Não gostava de dar esse trabalho todo à ela, mas infelizmente naquele momento não tinha mais ninguém que pudesse me ajudar. Agradeço à Deus que colocou a Joana na minha vida no momento certo. Sinto tanta falta de ir aos cultos, ouvir uma palavra. Mas por enquanto nada disso é possível. Aproveitei que estava sozinha peguei a minha bolsa que a Joana tinha trazido e dentro tinha a minha bíblia, abri no livro de Salmos, onde estava esse versículo: "Assim diz o Senhor: Eu não perdi o controle da tua vida, está tudo no meu tempo, não há nada atrasado. Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus". (Salmos 46:10)Como aquelas palavras confortaram o meu coração. Durante todo esse tempo havia me afastado de Deus. Sentia um rancor tão grande dentro de mim que não conseguia enxergar que o Senhor esteve comigo todo esse tempo. Tudo que aconteceu comigo tinha um propósito. Tenho certeza que por
DaniEu não conseguia acreditar e muito menos me conformar. Tentei compreender, mas foi inútil. Existem fatos que acontecem em nossas vidas que jamais conseguiremos compreender. Preciso sair daqui para ver o meu pai, mas como? A única pessoa que poderia me ajudar era a Joana. Tentei me levantar da cama e ir em direção a porta. Com muito esforço consegui me apoiar no guarda-roupas e chegar até a porta. Abri e olhei para o corredor, mas não tinha ninguém. Fui pulando com uma perna até a ponta da escada e consigo ouvir a voz da Joana. Parecia nervosa, como se estivesse discutindo com alguém. Tentei ouvir mais de perto para descobrir de quem era a outra voz e saber o que estava acontecendo. Era do DG.— Mãe, eu sei o que tô fazendo. É pra segurança de vocês pô. Vai ter que ser assim agora. Vocês só vão sair daqui com segurança. Não vou deixar que arrombado nenhum façam covardia com vocês. Tá ligada?— Tô ligada no Senhor Jesus garoto. Para com essa linguagem comigo. Eu sempre fui livre me
Dani— Agora preciso ir, tenho algumas coisas pra resolver na boca. Mas a noite volto. Não quero que vocês saiam de casa sem os seguranças. — DG fala segurando meu rosto e olhando no fundo dos meus olhos— Tudo bem. Mas preciso ir ao hospital ver o meu pai. — falo segurando suas mãos com carinho— Minha mãe vai contigo e te ajuda no que for preciso. Agora preciso ir.— Tudo bem. Obrigada por tudo! — disse dando um abraço e um selinho demorado nele — Você merece isso é muito mais morena. Sei que sou pouca coisa pra você, mas pode ter certeza que o amor que sinto é sincero. Prometo fazer o impossível pra não te decepcionar. Agora não esquece de tudo o que conversamos. Se cuida. Antes preciso do teu número do celular, pra qualquer emergência te ligar ou enviar mensagem. Pode ser? — DG fala e na mesma hora gravo meu número — Pode sim. Me empresta aqui, vou anotar meu número e enviar uma mensagem pra gravar o seu. — Agora posso te rastrear. — ele fala brincalhão — Hum, engraçadinho. -
DaniNão via a hora de encontrar com meu pai, poder abraça-lo e dizer o quanto o amava. Ele é a minha única família nesse momento e não quero perde-lo. Tenho medo da reação que ele terá quando descobrir seu verdadeiro estado de saúde e principalmente onde eu estava morando atualmente. Realmente eu era a pessoa mais indicada para estar ao seu lado nesse momento e explicar tudo o que estava acontecendo. Não conseguia acreditar como minha vida virou de cabeça pra baixo nesses últimos meses. Nunca cogitaria sequer conhecer um cara como o DG, imagine amar. Pois bem, hoje estou aqui completamente apaixonada e ainda por cima morando numa comunidade e pior ainda, na casa de um narcotraficante dono do morro.Realmente a vida é uma caixinha de surpresas. Mas nem tudo é tão ruim quanto parece. Em meio a tantas desgraças pude conhecer uma pessoa maravilhosa como a Joana. Desde o dia que nos conhecemos sempre senti um carinho especial por ela. Realmente o DG é um cara de muita sorte por ter uma mã
DGDei a ordem pra Leandrinho ir junto com a Daniella e minha mãe no hospital visitar o coroa. Por mim a morena nunca saia do morro, mas eu não era o dono dela ainda, e por isso não posso impedi-la de nada. Tô meio cabreiro com esse filho da puta, tô quase certo de que esse desgraçado tá envolvido no sumiço do Vitor e do playboy. Mas não posso dizer nada ainda, tá ligado. Preciso de uma confirmação, por isso enviei ele com minha morena, do jeito que ela é desconfiada se esse pau no cu tentar alguma coisa tenho certeza que ela vai suspeitar e me contar. BN foi junto com os pivete vasculhar toda área, mas até agora nada de notícias. Já tô ficando puto com essa demora também. Ainda tem o lance da puta da Bruna, só não dei um fim nela por causa do meu parceiro, mas se ela escorregar de novo não vai ter próxima vez e ela vai rodar. Passei o rádio para segurança que tava com a Geovana pra saber se tava tudo suave por lá. — E aí, tudo tranquilo? — falo dando um teco na cigarrilha— Tudo s
DaniVer aquela cena patética entre meu pai e essa doutorazinha deixou meu estômago embrulhado. Nunca pensei que pudesse me decepcionar tanto com uma pessoa como venho me decepcionando com o meu próprio pai. Bem que dizem por aí, que decepção nunca vem do inimigo e sim daquele que está bem ao seu lado, convivendo contigo e fazendo parte da tua vida todos os dias.Justamente ele que eu enxergava como um super herói, um homem único, e hoje em dia percebo que tudo não passou de ilusão na minha mente infantil. Mas tudo isso acabou, estou a poucos dias de completar dezoito anos e esse mundo de fantasias e sonhos acabaram. Já está mais do que na hora de amadurecer e deixar todo o passado para trás. Respirei fundo, olhei para o Freitas e bati na porta. Meu pai me olhou surpreso, mas com um sorriso no rosto. E aquela mulher... Ah! Aquelazinha nem sei o que estava fazendo aqui ainda. Entrei no quarto e o Freitas ficou aguardando no corredor.Com a cara de pau meu pai sorri ao me ver.— Filh
Dani— Papai não faça isso, o senhor pode cair. — grito e abro a porta pedindo ajuda — Freitas, Freitas, me ajuda aqui por favor— O que houve? — Freitas entra rapidamente — Ele percebeu que não está sentindo as pernas, ficou muito nervoso e quase caiu da cama. Chama o doutor por favor. — falo baixo para que só Freitas ouvisse— Tenta acalma-lo enquanto vou procurar o médico que está cuidando dele.— Tudo bem. — falo e Freitas sai do quarto — O que está acontecendo com minhas pernas? Por que não sinto nada? Por que filha?— Papai, fique calmo por favor. Nervosismo pode piorar sua situação e agravar seu estado. — falo calmamente— Não me esconda nada minha filha. O que está acontecendo comigo? — O Freitas já foi chamar o médico para conversar e explicar tudo pai. Fica calmo por favor. — disse me aproximando dele e percebo Freitas entrando no quarto — O médico está vindo Carlos para te explicar tudo. Fica tranquilo meu amigo, tudo vai ficar bem. — Boa Tarde Sr. Carlos! Como está se