Dani— O que houve DG? Cadê a Geovana? — pergunto nervosa— Calma! Ela vai ficar bem. Sofreu uma tentativa de assassinato. Teve lesões no aparelho digestivo. Está na UTI e fui doar sangue pra ela. Provavelmente vai passar por uma cirurgia de emergência para retirada da bala. — DG fala com uma naturalidade impressionante e eu ali só os nervos— Como isso aconteceu? Que droga de traficante você é que nem ao menos defender a própria irmã consegue? — grito nervosa e BN entra na conversa— A culpa não foi dele, eu quem deixei a Geovana sozinha. — BN tenta interferir, mas o grosseirão do DG não deixa passar batido — Não te mete BN, sei me defender sozinho. Escuta aqui Daniella... — DG tenta se explicar, mas o impeço Lara: Escuta aqui você DG, se pensa que vou para a tua casa e correr novamente o risco de ser assassinada por uma das suas amantes, pode tirar seu cavalinho da chuva. Se não foi capaz de proteger nem a Geovana que é do teu sangue, quanto mais a mim que não sou nada tua. Sinto
Enquanto do lado de fora do postinho...— O que está fazendo aqui parado na porta BN? — Joana diz segurando alguns papéis nas mãos BN coça a cabeça e sem jeito responde:— Pô tia, o DG pediu pra ficar aqui fora e não deixar ninguém entrar. Joana cruza os braços e indignada fala:— Que conversa é essa menino? Sai já da frente dessa porta. Vou entrar agora.BN se joga na frente dela na tentativa frustrada de impedir a sua entrada.— Não posso, tia, facilita minha vida aí.— Sai fora daí Bernardo José. — Joana grita — Mais vejam só, um pirralho desses que eu troquei fraldas querendo me impedir de alguma coisa. Sai já dai, garoto, anda logo.— Não me mete em encrenca tia. Já basta a roubada que a imbecil da Bruna me meteu pô. — BN como sempre acaba falando demais e deixa Joana confusa — O que houve com tua irmã? Está doente? — Joana pergunta preocupada— Deve tá doente do cérebro, isso sim. Uma garota que sempre teve tudo o que quis se envolver com um cara feito o Vitor e ainda por cim
DG Coloquei a morena na cadeira de rodas e levei até o carro, peguei seus braços e coloquei em volta do meu pescoço, em seguida a carreguei e sentei no banco de trás. Ela me olhou e sorriu agradecendo. Porra, que sorriso foi aquele! Eu tava com os quatro pneus arriados pela Daniella cara, mas parece que ela ainda não acreditava nisso. Estava estampado na minha cara e no meu corpo que eu tava vidrado nela. Só em sentir ela perto do meu corpo olha como eu fico. Aquele corpo perfeito dela me deixava louco.Mas, tudo que eu dizia ela sempre tinha uma resposta dura e isso me deixava zonzo. Só eu mesmo pra gostar de uma mina cabeça dura dessas. Onde fui amarrar meu burro? Com ela é sim ou não. Tudo fica cada vez mais confuso e complicado. Ainda tem essa dela querer ir embora daqui. Porra véi quando ouvi isso fiquei perdido, sem saber o que fazer. Não consigo imaginar a minha vida sem a minha morena. Mesmo nunca tendo passado de alguns beijos e carícias eu já me sentia completamente de
Dani— Por favor, sai daqui DG. Sai daqui. — começo a gritar e DG me coloca com cuidado na cama e na hora puxo o lençol tentando esconder o meu corpo Ele se aproxima e de um jeito diferente fala, como se nada de errado estivesse acontecendo e aquilo fosse a coisa mais normal do mundo. Se bem que para um homem como ele que já deve ter visto mulheres nuas de todos os tipos, ver uma magrela como eu sem roupa deve ser sido até engraçado. — Por que morena? Tem vergonha de mim? — DG se aproxima e eu não consigo encara-lo por tanta vergonha que sentia— Você é muito cínico mesmo. Não quero que me veja assim. Por favor, sai. — peço e ele parecia não ouvir e se aproxima ainda mais, me deixando completamente arrepiada— Tem certeza que é isso o que você quer? — ele pergunta próximo ao meu ouvido — Claro! — respondo ofegante — Que sim ou não? — ele se faz de desentendido e beija meu pescoço me deixando ainda mais arrepiada— Engraçadinho. Claro que sim né!? — falo ainda sem o encarar— Mas p
Na boca...DG— O que tá rolando aqui Leandrinho? Que porra de bagunça é essa no meu espaço véi? — falo só o ódio por terem empatado a minha situação com a morena— Pô chefe, essa mina chegou aqui cheia de marra fazendo o maior alarde na boca sacô. Disse que não arredava o pé daqui enquanto o senhor não chegasse. — Leandrinho termina de falar e encaro direto para Juliana, que parecia não ter medo da morte, porque só sendo muito ousada ou burra para aparecer na minha frente depois de ter agido na covardia com minha irmã.— Tô sabendo. O que tu quer comigo? Fala logo que tô sem paciência pra puta. — fico de pé na frente dela que ainda tem a ousadia de me encarar— Quero saber que papo é esse de você colocar aquela vadia dentro da tua casa? — Juliana termina de falar e já sente o peso da minha mão na cara dela com o tapa forte que leva e logo depois a pressão que sentiu no rosto quando apertei seu maxilar — Primeiro lugar, não devo satisfação do que faço a ninguém menos ainda à uma puta
DaniAssim que o DG saiu, a Joana veio me ajudar no banho. Tinha muitas dificuldades para ficar em pé sozinha. Não gostava de dar esse trabalho todo à ela, mas infelizmente naquele momento não tinha mais ninguém que pudesse me ajudar. Agradeço à Deus que colocou a Joana na minha vida no momento certo. Sinto tanta falta de ir aos cultos, ouvir uma palavra. Mas por enquanto nada disso é possível. Aproveitei que estava sozinha peguei a minha bolsa que a Joana tinha trazido e dentro tinha a minha bíblia, abri no livro de Salmos, onde estava esse versículo: "Assim diz o Senhor: Eu não perdi o controle da tua vida, está tudo no meu tempo, não há nada atrasado. Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus". (Salmos 46:10)Como aquelas palavras confortaram o meu coração. Durante todo esse tempo havia me afastado de Deus. Sentia um rancor tão grande dentro de mim que não conseguia enxergar que o Senhor esteve comigo todo esse tempo. Tudo que aconteceu comigo tinha um propósito. Tenho certeza que por
DaniEu não conseguia acreditar e muito menos me conformar. Tentei compreender, mas foi inútil. Existem fatos que acontecem em nossas vidas que jamais conseguiremos compreender. Preciso sair daqui para ver o meu pai, mas como? A única pessoa que poderia me ajudar era a Joana. Tentei me levantar da cama e ir em direção a porta. Com muito esforço consegui me apoiar no guarda-roupas e chegar até a porta. Abri e olhei para o corredor, mas não tinha ninguém. Fui pulando com uma perna até a ponta da escada e consigo ouvir a voz da Joana. Parecia nervosa, como se estivesse discutindo com alguém. Tentei ouvir mais de perto para descobrir de quem era a outra voz e saber o que estava acontecendo. Era do DG.— Mãe, eu sei o que tô fazendo. É pra segurança de vocês pô. Vai ter que ser assim agora. Vocês só vão sair daqui com segurança. Não vou deixar que arrombado nenhum façam covardia com vocês. Tá ligada?— Tô ligada no Senhor Jesus garoto. Para com essa linguagem comigo. Eu sempre fui livre me
Dani— Agora preciso ir, tenho algumas coisas pra resolver na boca. Mas a noite volto. Não quero que vocês saiam de casa sem os seguranças. — DG fala segurando meu rosto e olhando no fundo dos meus olhos— Tudo bem. Mas preciso ir ao hospital ver o meu pai. — falo segurando suas mãos com carinho— Minha mãe vai contigo e te ajuda no que for preciso. Agora preciso ir.— Tudo bem. Obrigada por tudo! — disse dando um abraço e um selinho demorado nele — Você merece isso é muito mais morena. Sei que sou pouca coisa pra você, mas pode ter certeza que o amor que sinto é sincero. Prometo fazer o impossível pra não te decepcionar. Agora não esquece de tudo o que conversamos. Se cuida. Antes preciso do teu número do celular, pra qualquer emergência te ligar ou enviar mensagem. Pode ser? — DG fala e na mesma hora gravo meu número — Pode sim. Me empresta aqui, vou anotar meu número e enviar uma mensagem pra gravar o seu. — Agora posso te rastrear. — ele fala brincalhão — Hum, engraçadinho. -