DGOuvir tudo aquilo da mina que amo é foda cara. Saber que ela sente o mesmo por mim, mas prefere me ver a milhares de quilômetros de distância acabavam comigo. Sempre fui bicho solto, nunca me prendi a ninguém. Aliás nunca conheci nenhuma mulher de verdade, eram todas um bando de vadias com suas bocetas largas de tanto dar pra qualquer um. Mas a Daniella não era assim véi. Só de olhar pra ela já dava pra perceber que era mulher de verdade. Ver ela chorando daquele jeito me deixou sem chão. Pela primeira vez na vida não sabia como agir. Fiquei em silêncio e passou um filme na minha cabeça. Toda infância e juventude difíceis que tive. Por tudo o que já passei na vida e tive que fazer pra continuar vivo. Nunca tive um pai e a poucas horas descubro que o filho da puta existia e tive que dar cabo da vida dele. Caralho, tava completamente perdido!Não tinha coragem de me aproximar da Daniella e muito menos da minha coroa. Ela sempre odiou essa vida que eu levo, mas pô qual opção eu tinha
Dani Eu tentava odiar e desprezar o Danilo, mas não conseguia. O sentimento que eu tinha por ele era muito maior do que qualquer rancor. Aquele homem mexeu comigo desde o primeiro momento que o vi. Sei que era quase impossível me afastar dele, mas naquele momento era o que precisava e seria feito. O empurrei para longe de mim, mas o meu corpo e minha alma imploravam para tê-lo por perto. Ele se aproximou novamente e iniciou outro beijo. Dessa vez ardente e com força. Sentia meu corpo vibrar por completo. Nunca havia sentido isso antes. Como eu o desejava e o amava. Procurei não pensar em mais nada somente aproveitei daquele que seria nosso último momento juntos. Nosso beijo foi ficando cada vez mais ardente, ele passava a mão pela minha cintura apertando com força e me puxando para mais perto do seu corpo. Subiu sua mão por trás da camisola ridícula do hospital, durante todo esse tempo ninguém se deu ao trabalho de trazer roupas dignas pra mim, mas isso não vem ao caso agora. Eu est
BN Ver a Geovana naquele estado me destruiu por completo. Me sinto um merda por não ter conseguido cuidar e proteger a minha princesa. Olha só tudo o que ela passou nas mãos daqueles três arrombados. Um o DG já mandou direto para o inferno, mas os outros dois estão vivos ainda e vão se arrepender por terem nascido. Coloquei a Geovana no carro, mas ela parecia uma estátua. Não falava nada, e seu olhar estava fixo e permaneceu assim até chegarmos no morro. Fomos direto pra casa do DG. Entramos e levei ela direto pro quarto. Ela sentou na cama e não disse uma só palavra. Tentei me aproximar, mas não adiantou. O que fizeram com a minha princesa? Ela parecia outra pessoa. — Vida, não quer tomar um banho? Eu te ajudo. — falo agachado na frente dela — Pra quê? Nenhum sabão pode limpar essa sujeira que está no meu corpo e na minha alma. — ela fala e começa a chorar sem parar — Não fala assim, por favor. Sei que passou por momentos horríveis, mas eu te ajudo a esquecer tudo. Vem, vamos
Geovana Fui em direção ao banheiro sem olhar pra trás. Só pude ouvir a porta do quarto sendo fechada. Era melhor assim, o Bernardo não merecia ter uma mulher suja ao seu lado. Ele sempre foi carinhoso e verdadeiro comigo. E eu agora, o que sou? O que tenho a oferecer? Nada. Simplesmente nada. Não tenho mais minha mãe, até o irmão que eu imaginava ter encontrado não passava de ilusão. Toda minha vida era uma mentira. Quem eu era verdadeiramente? Será que algum dia irei descobrir? Entrei no banheiro, tirei aquela roupa imunda jogando dentro da lixeira, abri o chuveiro e deixei cair bastante água quente na tentativa de tirar toda aquela sujeira do meu corpo. Esfregava o sabonete com tanta força tentando a todo custo arrancar a minha própria pele. Mas só o que conseguia era me machucar ainda mais. Minha vontade era desaparecer, assim como aquela água que escoava pelo ralo do box. Me sentia sem chão, sem base, suja por dentro e tinha certeza que por mais que tomasse banho aque
BNNão gostei nada daquela marra toda da Bruna e principalmente ela andando com aquela vadia da Juliana. Sempre soube muito bem que nunca gostei dela circulando junto com esse tipo de gente. E ainda tem o lance dela ter ficado de leva e trás com o maldito do Vitor. Falando nisso tenho que ir na boca pra ver como esse filho da puta tá e o arrombado do play dos infernos também. Subi na moto e voei pra boca. Já cheguei chutando a porra da porta onde aqueles filho da puta estavam.— Coe, assustei as mocinhas? Cadê a valentia de vocês agora? Só são homens pra bater em mulher? — grito só o ódio — Vai se fuder BN. Se tu pensa que me matando vai tá livre de mim, tu tá muito enganado porra. Tua irmãzinha tá carregando um guri meu na barriga. Querendo ou não vai ter meu sangue misturado na tua família véi. — Vitor tenta tirar onda com a minha cara e sou um chute no meio dos peitos dele deixando sem ar na hora— Cala essa boca de merda. Minha irmã não é doida de ter fodido com um arrombado como
DaniJá havia se passado quase uma hora desde que o DG saiu para buscar algumas peças de roupa pra mim. Esse sumiço não é nada bom. Com certeza aconteceu alguma coisa. Durante esse pouco tempo que estou aqui já pude perceber que o silêncio na Rocinha não é bom sinal.Permaneci quieta por um bom tempo, pedindo a Deus que nada de ruim tivesse acontecido. Lembrei da minha mãe, com tudo o que ocorreu com o meu pai não tenho idéia de quem está cuidando do sepultamento dela. Sei que o único amigo dele é o Freitas, mas estando aqui não tinha como entrar em contato com ele. Eu estava sozinha no quarto, a Joana tinha ido conversar com a médica e assinar a documentação para a minha liberação. Fiquei por uns instantes lembrando do dia em que vi o DG pela primeira vez e por tudo que tinha acontecido até hoje. Nunca pensei que algum dia pudesse passar por tudo isso e muito menos me apaixonar por um homem como ele. Vivemos e pensamos de maneiras tão distintas, nunca dariamos certo. Ele jamais troc
Dani— O que houve DG? Cadê a Geovana? — pergunto nervosa— Calma! Ela vai ficar bem. Sofreu uma tentativa de assassinato. Teve lesões no aparelho digestivo. Está na UTI e fui doar sangue pra ela. Provavelmente vai passar por uma cirurgia de emergência para retirada da bala. — DG fala com uma naturalidade impressionante e eu ali só os nervos— Como isso aconteceu? Que droga de traficante você é que nem ao menos defender a própria irmã consegue? — grito nervosa e BN entra na conversa— A culpa não foi dele, eu quem deixei a Geovana sozinha. — BN tenta interferir, mas o grosseirão do DG não deixa passar batido — Não te mete BN, sei me defender sozinho. Escuta aqui Daniella... — DG tenta se explicar, mas o impeço Lara: Escuta aqui você DG, se pensa que vou para a tua casa e correr novamente o risco de ser assassinada por uma das suas amantes, pode tirar seu cavalinho da chuva. Se não foi capaz de proteger nem a Geovana que é do teu sangue, quanto mais a mim que não sou nada tua. Sinto
Enquanto do lado de fora do postinho...— O que está fazendo aqui parado na porta BN? — Joana diz segurando alguns papéis nas mãos BN coça a cabeça e sem jeito responde:— Pô tia, o DG pediu pra ficar aqui fora e não deixar ninguém entrar. Joana cruza os braços e indignada fala:— Que conversa é essa menino? Sai já da frente dessa porta. Vou entrar agora.BN se joga na frente dela na tentativa frustrada de impedir a sua entrada.— Não posso, tia, facilita minha vida aí.— Sai fora daí Bernardo José. — Joana grita — Mais vejam só, um pirralho desses que eu troquei fraldas querendo me impedir de alguma coisa. Sai já dai, garoto, anda logo.— Não me mete em encrenca tia. Já basta a roubada que a imbecil da Bruna me meteu pô. — BN como sempre acaba falando demais e deixa Joana confusa — O que houve com tua irmã? Está doente? — Joana pergunta preocupada— Deve tá doente do cérebro, isso sim. Uma garota que sempre teve tudo o que quis se envolver com um cara feito o Vitor e ainda por cim