Capítulo 29
Algum tempo depois...

Longe da Rocinha

Geovana

Acordo com alguém jogando um balde de água fria em cima de mim. Quando consigo olhar, vejo o desgraçado do meu pai bem na minha frente. Eu sabia que conhecia aquele cara vestido de enfermeiro de algum lugar. Era um dos colegas de profissão desse velho nojento e frequentou algumas vezes nosso apartamento.

Estava amordaçada, e com os pés e mãos amarrados. Me colocaram num barraco nojento, com um monte de insetos, baratas e até ratos, tinha apenas uma lâmpada no meio do cômodo e uma cadeira suja. Confesso que o medo tomou conta de mim, principalmente quando aquele asqueroso se aproximou.

— E aí filhinha, não vai pedir bênção ao papai? — Roni disse aproximando a mão da minha boca e tirando o pano com força

— Me deixa em paz velho nojento. Você nunca foi o meu pai. Não passa de um asqueroso estuprador. Se afasta de mim, seu porco. - disse mordendo sua mão até furar

— Caralho. Como tu pôde fazer isso, cachorra? Piranha! — Roni grita e em segui
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