Algum tempo depois...Longe da RocinhaGeovanaAcordo com alguém jogando um balde de água fria em cima de mim. Quando consigo olhar, vejo o desgraçado do meu pai bem na minha frente. Eu sabia que conhecia aquele cara vestido de enfermeiro de algum lugar. Era um dos colegas de profissão desse velho nojento e frequentou algumas vezes nosso apartamento. Estava amordaçada, e com os pés e mãos amarrados. Me colocaram num barraco nojento, com um monte de insetos, baratas e até ratos, tinha apenas uma lâmpada no meio do cômodo e uma cadeira suja. Confesso que o medo tomou conta de mim, principalmente quando aquele asqueroso se aproximou. — E aí filhinha, não vai pedir bênção ao papai? — Roni disse aproximando a mão da minha boca e tirando o pano com força— Me deixa em paz velho nojento. Você nunca foi o meu pai. Não passa de um asqueroso estuprador. Se afasta de mim, seu porco. - disse mordendo sua mão até furar— Caralho. Como tu pôde fazer isso, cachorra? Piranha! — Roni grita e em segui
DGAquele arrombado do play dos infernos, só podia ter perdido o juízo de vez. Ter a ousadia de chegar na minha casa e me afrontar desse jeito. E se ele pegou mesmo a baixinha, já pode se considedar um cara morto. Ele vai se arrepender disso véi. O estranho disso tudo, é que até agora o BN não entrou em contato, se isso fosse verdade ele seria o primeiro a me contar. Olho pro lado e vejo o filho da puta do play dos infernos querendo fugir. Segurei ele pelo gogó na hora.— Vem aqui seu filho da puta, onde tu pensa que vai? Começa a rezar, que tua hora chegou. - disse apontando a 9mm na cabeça dele — Como você é imbecil, cara. Se me matar, nunca encontrará tua irmãzinha querida. — ele fala com deboche e meu ódio só aumentava — DG abaixa essa arma. — a morena disse aos prantos já — Não se mete nisso, morena, sei o que faço. — falo sem encarar pra ela — Não faz isso, por favor. O que você fez com a Geovana? Cadê a minha amiga, Tiago? — a morena grita e o play dos infernos age como se
Algum tempo depois...DGNa bocaJá fazia quase uma hora que eu tava aqui na boca e tinha deixado a minha morena com aquele arrombado. Preciso chegar lá no barraco e falar pra minha coroa ficar com ela no postinho. Já tinha deixado meus soldados lá, mas a minha coroa era quem eu precisava que ficasse com a Daniella, para eu ter a paz que preciso nesse momento. Enrolei um baseado e comecei a fumar pra relaxar um pouco e pensar no que fazer pra tirar minha irmã daquela situação. Eu precisava saber com quem ela estava. Então, passei o rádio pro BN falando pra mandar três seguranças ficar de tocaia, até o desgraçado do play dos infernos sair do posto e seguir o rastro dele. Algo buzinava no meu ouvido, dizendo que aquele merda nos levaria até a Geovana. Acabei de fumar, peguei minha pistola, meu fuzil, subi na moto e fui direto pro meu barraco conversar com minha coroa.Abro a porta e minha coroa me encara desconfiada.— Oi filho, tudo bem? — Não coroa, não tá nada bem, mas vai ficar. —
DaniNão podia acreditar em tudo o que estava acontecendo. Como minha vida tinha se tornado um turbilhão de emoções nesses últimos tempos. Através de uma visita conheci o DG, a Ge conheceu um irmão e agora essa do demente do Tiago sequestra-la. Não sei o que esse retardado tem planejado, mas com certeza não acabará nada bem.Depois do DG ter saído daqui, senti muito medo em ficar sozinha com o Tiago, pois ali eu tive a certeza de que nunca o conheci de verdade. Jamais imaginaria estar passando momentos tão cruéis, através dele e da sua família. Apesar desse medo estar dentro do meu coração, não demonstrei nada à ele, o encarei como de costume, porém mais dura e implacável, da mesma maneira como sempre tratei todos os homens.Bastou a porta ser fechada para eu ir direto ao assunto.— O DG já saiu Tiago, agora fala logo, aonde você pensava em chegar com essa idéia estúpida de sequestrar a Geovana? Anda Tiago, fala logo. — ele me encara com um olhar sombrio e com um sorrisinho nojento no
DGAo abrir a porta e ver a morena daquele jeito me deixou sem chão. Nunca passei por isso, mas com ela tudo acontecia diferente. Ao ver o pai dela, tentei voltar, mas nunca fui covarde. Sempre enfrentei tudo e todos de frente e com ele não seria diferente. Se fosse pra ser preso ou morrer por ela assim seria. Eu a amo e não posso esconder isso. Não imagino a minha vida sem tê-la ao meu lado. Já fiz te tudo pra esquecer, mas não consigo. Até as puta não me interessam mais. Já tentei até cheirar pensando que isso tiraria ela da minha mente, mas não funciona e só piora. Caralho! Essa porra de amor tá acabando comigo. Só ao lado dela me sinto vivo. Ela fodeu com a minha vida sem perceber. Que merda! Senti um olhar diferente da parte dela. Um olhar distante e frio. Não parecia nada com a morena que me encantou. Ela era delicada, doce e ao mesmo tempo com personalidade. Mas, agora tinha um jeito até sombrio. Eu conseguia enxergar o meu jeito de ser no olhar dela. Alguma coisa de muito rui
GeovanaA cada momento que passava sentia que minhas forças diminuíam e as chances de sobreviver eram mínimas. Não conseguia distinguir se era dia ou noite presa naquele barraco nojento. Não tinha janela, somente uma porta e uma cadeira velha. Eu ainda estava com pés e mãos amarrados, impossibilitando qualquer tipo de tentativa de fuga. Aqueles desgraçados não me soltaram nem por um segundo, com certeza já sabiam do que eu seria capaz. Estava com fome, com sede, frio, mas nada se comparava com o medo que estava sentindo naquele momento. Me sentia sozinha e impotente. Ouvia passos e algumas vozes próximo ao cômodo, mas não conseguia entender o que estavam falando. Estava muito fraca e meu corpo só implorava para deitar. Só conseguia pensar na minha mãe e como ela deveria ter sofrido todos esses dias e antes desse maldito à matar. Como eu queria estar ao seu lado nesse momento, mas nem poder chorar pela sua morte eu posso. Esse infeliz destruiu tudo de mais precioso que eu tinha. Tudo o
DGTava tudo se complicando cada vez mais véi. Se não bastasse a morena daquele jeito estranho, agora tem o sequestro da Geovana. Caralho! Pelo visto não estava com muita sorte mesmo cara. Faltava trinta minutos para dar meia noite, o baile já estava começando e o fervo como sempre. Fechei a contabilidade da boca e fui direto pro meu barraco. Tomei um banho gelado e demorado, estava precisando disso faz tempo. Coloquei uma camisa branca Lacoste, uma calça preta Diesel Thommer, um tênis Nike, meu boné branco e minhas correntes e relógio de ouro. Passei meu perfume Creed Aventus de lei, peguei a chave da moto, o celular, minhas pistolas e minha fuzil. Passei o rádio pro BN dizendo que já estava a caminho. Mas antes tinha que passar no postinho pra ver minha coroa e a morena. Tinha uma esperança que ela tivesse um pouco melhor. Peguei minha moto e fui em direção ao postinho. Entrei e fui direto pro quarto da morena. Abri a porta e ela estava dormindo. Minha coroa não estava lá, deve ter
DGSai daquele quarto querendo ficar, mas naquele momento estava correndo contra o tempo. Precisava resgatar a Geovanna logo, antes que aqueles desgraçados fizessem alguma coisa. Fui direto pro baile e subi pro camarote. BN já tava lá junto com o RN, fizemos toque e sentei na mesa pra acertar tudo pro resgate da baixinha. — E aí RN, posso contar contigo pra chegar junto no Vidigal? — falo e dou um gole na cerveja — Pode. Mas, com uma condição. — RN diz me encarando — Qual? Diz ai parceiro. — Que acabamos com essa de rivalidade na venda de drogas. Que daqui por diante seja só um ponto nos dois morros, tá ligado. E fazemos a divisão meio a meio. E aí, tu fecha? — RN fala e estende a mão pra fechar negócio, e de cara aceito— Por mim beleza véi. Nunca te vi como um rival e tu sabe disso. Fechado. — falo batendo na mão dele e fechando a parceria — E aí já tem algum a ideia do resgate? E onde tua irmã tá?— Ela tá no Vidigal pô, perto da mata. — Tá sabendo que os filho da puta da mil