PANTERADepois de pegar a mercadoria no porto e dar de cara com Yuri, fiquei como? Só o ódio. E descobrir que aquele filho da puta era o chefe foi o fim da linha pra mim. Pior que eu não consegui tirar essa merda da minha mente a noite toda. Acordei com uma puta dor de cabeça. Ainda tinha o problema na Rocinha. Aquela mulher se achando a toda poderosa lá no morro. Pior que ela tinha uma moral do caralho com geral e além de ter uma noção fidida com o ferro na mão. Aquela dali seria um pouco mais dificil de derrubar, porque ô mulherzinha virada no jiraia. Mas hoje mesmo vou ir lá para levar um papo cara a cara com ela. (...)Levantei logo cedo e fui no banheiro fazer minhas paradas. Coloquei uma bermuda, desci tomei um café bem forte e sem açúcar. Peguei minha fuzil, coloquei nas costas e fui direto pra boca. PV tava na porta fortalecendo a segurança, passei por ele e fizemos toque de mão. Fui direto pro escritório despachar as merdas do dia. Era quinta-feira e tinha uns noiado pra cob
DaniFui até a porta e dei um abraço abertado na minha amiga. Ajudei ela a se aproximar do BN e puxei uma poltrona para que ela sentasse um pouco, ficando próximo a cama dele. Eles se olhavam todo o tempo e pelo visto essa conversa deles seria bem longa.— Você veio sozinha amiga? - disse puxando uma cadeiraGeovana: — Vim de Uber com a Joana. - disse encostando na poltrona e olhando para o meu amor que me olhava com aqueles olhos lindos, mas que estavam um pouco tristes.— Ué, por que ela não entrou com você? Geovana: — Ela ficou ali fora conversando com o Kito. Ou melhor dando o maior carão nele por ter deixado você ir junto pegar mercadoria ontem a noite.— Porra Ge, não era pra falar nada sobre essas coisas cara. Aí linguaruda... - disse balançando a cabeça pra ela BN: — Como é que é? Escutei bem? Você foi junto com o Kito pra pegar mercadoria?Geovana: — Ai amiga, foi mal. Nem me liguei que BN também não podia saber dessas coisas.BN: — O que tá rolando? Será que dá pra me expl
DaniKito nos deixou em frente ao portão e seguiu pra boca. Joana e eu entramos em casa. Ela foi tomar banho e fiquei aguardando ela sentada no sofá. Enquanto isso fiquei observando todas as fotos que eu tinha conseguido da festa. Olhei e olhei mais de vinte vezes todas as imagens e não conseguia ver nada de estranho. Coloquei o celular dentro da bolsa e fiquei aguardando a Joana que desceu em poucos minutos sentando ao meu lado no sofá. Joana: — Como você está? - disse me abraçando — Está tudo bem Joana. Estou um pouco preocupada com o Danilo. Como ele está?Joana: — Não se preocupe, ele esta bem. Consegui conversar com ele antes de vir pra cá. A cirurgia foi adiada para a parte da tarde. Por isso, vim acompanhar a Geovana até aqui e voltar para o hospital junto contigo.— Tô cheia de saudades dele e louca para tudo isso acabar e enfim ter um pouco de paz.Joana: — Ele também está, a primeira palavra que ele falou foi o seu nome. Perguntou o motivo de você não estar lá com ele.— E
GEOVANAMe deram um sossega leão que capotei legal. Quando abri os olhos o Sol já tinha surgido. Olhei pro lado e Joana estava dormindo numa poltrona que ficava no canto próximo a cama. Tentei me levantar e com muito esforço consegui ficar ao menos sentada. Sentia um mal estar, mas com certeza era por causa dos medicamentos. Estava um pouco apertada para ir ao banheiro e ao tentar levantar acabei esbarrando numa bandeja que estava bem próxima à cama, o que fez Joana despertar.— Desculpe Joana, não queria te acordar.Joana: — O que houve? Está sentindo alguma coisa? — ela pergunta visivelmente preocupada— Graças à Deus, não. Só quero mesmo ir ao banheiro. Estou muito apertada.Joana: — Ah, sim! Vem, que eu te ajudo. Fomos ao banheiro e quando retornamos a enfermeira estava parada em frente ao leito com alguns papéis nas mãos. Enfermeira: — Como está se sentindo hoje Geovana?— Muito bem, graças à Deus. Enfermeira: — Isso é realmente muito bom sinal. A doutora deixou sua alta assi
DaniEstava conversando com a Joana, quando do nada, a Ge entra correndo pela sala aos prantos. Olhamos uma pra outra sem entender absolutamente nada. Levantamos e subimos atrás dela que havia ido direto para o quarto. Ela trancou a porta e só conseguíamos ouvir o som do seu choro. Eu fiquei desesperada esmurrando a porta e nada dela abrir. Até que Joana lembrou de uma chave extra que ficava junto com o molho de chaves lá na dispensa. Ela desceu rapidamente para buscar, enquanto eu continuava tentando a todo custo fazê-la abrir aquela droga de porta sem ter sucesso. Após alguns instantes Joana chega e enfim conseguimos abrir a porta.— O que houve amiga? Por que está chorando assim? Aconteceu alguma coisa com o BN? — pergunto apreensivaGeovana: — Ele, ele,... ele tem outra. - disse entre soluços e lágrimas Eu/Joana: — O quê? — falamos ao mesmo tempoGeovana: — Eu vi ele beijando outra mulher no hospital.— Quem era essa desgraçada? Você conseguiu ver o rosto dessa cachorra? — falo j
JOANAEu estava revoltada com toda aquela situação. Nunca fui de me envolver nos relacionamentos dos meus filhos, pois mesmo não tendo sido gerado por mim eu sempre considerei BN como tal, mas dessa vez realmente era impossível me manter apática a toda essa situação. BN teria que me ouvir e seria agora mesmo. Eu nunca imaginaria que ele pudesse me entristecer tanto assim. Do Danilo eu sempre esperava o pior, pois esse daí sempre fez miséria por onde passava. Mas, BN não, ele sempre foi muito sensato, menino cabeça mesmo, pra agora por pura molecagem ou simples orgulho ferido fazer uma coisa nojenta dessas com a mulher estando grávida. Sai do quarto da Geovana deixando ela terminar a conversa com a Dani. Fui até meu quarto terminei de me arrumar, pois já estava na hora de voltar para o hospital, mas antes eu passaria no postinho para dar um tranco e ver se aquele moleque acordava. Peguei minha bolsa e fui me despedir das meninas. Ao abrir a porta vejo que Geovana estava triste, mas c
BNTentei a todo custo aceitar de boa a Geovana aqui e esquecer tudo o que estava rondando a minha cabeça todo esse tempo, principalmente a maldita voz que dizia a todo momento que ela era uma traidora, que tava me chifrando e sacaneando todo esse tempo. Mas quando começamos a conversar eu não conseguia, por mais que eu tentasse ficar de boa com ela todas as imagens que minha mente criou ficavam rondando novamente. Eu a amava muito, disso em nenhum momento tive dúvida, mas a minha maltida mente de macho ofendido não me deixava em paz. Eu tava sofrendo pra caralho, destruído por dentro, mas não queria que ela percebesse isso pra não sair como fraco. Quando a marrenta disse que ela tava no hospital e quase perdeu nossos filhos a minha vontade era arrancar aquelas merdas que tavam no meu peito e ir correndo encontrar com ela. Mas, puta merda, eu sou homem e na minha mente errada de macho diz que não devo correr atrás, que isso é sinal de fraqueza.O pior de tudo foi quando ficamos sozinh
No hospitalDaniSaímos do postinho e fomos direto para o hospital. Durante todo o percurso Joana permaneceu em silêncio. Realmente a carga tava pesada demais para todos nós, principalmente pra ela por ser a coluna da família. Eu me preocupava muitíssimo com sua saúde física e mental, pois suportar tudo o que ela vinha suportando não era para qualquer um. Por isso, o mais rápido possível vamos todos juntos fazer uma viagem e tenho fé que logo a Ge e BN vão estar bem novamente. Quanto estávamos chegando ao hospital o celular da Joana começou a tocar. Ela olhou e simplesmente desligou. Nem perguntei de quem se tratava, pois pelo visto deveria ser o inconveniente do Tony. Realmente àquele cara não se tocava. Deixa DG estar na ativa pra ver se não coloca ele pra rodar. Enfim chegamos ao hospital. Estacionei o carro e descemos indo em direção a recepção. E logo de cara quem estava lá parado feito um idiota? É adivinhou, isso mesmo, era o Tony! Olho para Joana que fecha ainda mais a expres