No final de contas tio Benício tinha mesmo razão. De dias foram se semanas, e de semanas meses, Annie se encontra realmente no estado vegetativo. E não existe nada mas doloroso que a ver naquele estado.
Minha vida nunca mais foi a mesma, eu nunca mas fui o mesmo... hábitos e costumes antigos se foram.
Minha rotina se baseava em acordar me preparar para o trabalho, passar no cemitério para conversar com Gael, se é que ele me ouvia, fazer o meu trabalho na hospital e passe do quarto de Annie para velar por seu sono.
(...)
Subconsciente de Annie.
Aqui está tão escuro, é tudo um completo vazio. Me encontro do mesmo jeito que Caleb me encontrou em casa. Meu rosto está entre minhas pernas e meus braços abraçam meus joelhos.
— O que está esperando?— man
Caleb Lewis.Meses depois....Sempre que entro neste quarto, minhas forças de esvaziam. — Ele vai acordar, tenha fé!— até a raiva que Aisha tinham por ela acabou se esvaindo. Faz tanto tempo que não ouço sua voz.— Creio que sim. — dei um sorriso forçado, me sentando numa das cadeiras extremamente brancas e desconfortáveis — Você não vai?Reparo quê o Sol está se pondo, e devido sua gravidez, seu horário de trabalho foi reduzido.— Vinha te ver, também estou esperando por Nilton. — Nilton é um pai babam, sempre vem a deixar ou a buscar, é lind
Martim Lewis.Como sempre não consegui dormir. Insônia tem sido minha amante desde o meu nascimento. Deitado, olhando para o teto fico esperando o tempo passar, as horas a avançarem.Olho pelas frestas das janelas, e vejo o sol nascendo. Me levanto da cama, é mas que certo que Deus não dorme. De calças pretas que passam os calcanhares, descamisado caminho em direção ao banheiro.Deixo a água escorrer pelo meu corpo. E que corpo. Por ser metade deus e metade humano, tendo em conta que sou filho de Hela, a deusa com uma parte do corpo transfigurado. Meu corpo não é tão diferente do da minha mãe, uma parte dela é bela e a outra não tão brilhante, humano. É aquilo que os terrestres chamam de pigmentação da pele.
Annie Clifford.Ainda esperando pelos resultados da consulta, se não estou na cama estou fazendo fisioterapia, ou estou com Caleb.Não é uma rotina tão aborrecida assim, chega até a ser sossegado após tudo que passei.Alguém bate na porta e entra, uma enfermeira. Ela mede minha temperatura e deixa um boque de lírios de calla roxo na mesa. Trocamos poucas palavras, até que ela se retirou.Olhei por estantes o boque e sorri. Caleb ainda vai transformar esse quarto num jardim.— Boa tarde, Sunshine.— ele abre a porta sorrindo — Co
Por causa da minha instabilidade emocional Caleb achou melhor tirar férias. Adivinhem onde ele decidiu que queria que eu o levasse. Para minha antiga cidade, onde tudo começou.— Eu já nem lembro onde isso fica.— falei desaminada.— Está mentido.— falou convicto fazendo as malas.— Eu não quero voltar para lá está bem— disse por fim de braços cruzados sentada na poltrona.— Se quer vencer essa fase, você precisa ir. Não adianta fazer bico. Nos vamos. — se aproximou de mim e sorriu — apesar deu gostar muito mas dessa versão sua, é fofa.— me deu um selinho.Fechei a cara me levantando para organizar as malas, eu definitivamente odeio me sentir assim, tão exposta, tão transparente. Então se for preciso eu voltar para lá para essa fase passar, eu volto. Eu preciso da minha estabilidade de volta.Eu sei que mudanças são necessárias e nos fazem evoluir. Mas essas eu não quero, estão t
Ravena Cooper.Eu ainda não acredito, que terei de interromper as minhas férias, porque um idiota está bancando de caçador de monstros. Inferno, cara! Pó! A pessoa não pode ver algo diferente que quer tomar para si, quer bancar o caça mistério.Puta que pariu mano! É, ruim êh!Mas tudo bem, tudo bem, esse é o preço que tenho de pagar por ter escolhido essa profissão. Me tornar delegada de Benvíl. E sabe porquê eu escolhi justamente essa profissão? Porque eu gosto da minha cidade, amo o meu estado, com todos os defeitos que ela tem eu amo, foi aqui que nasci e será aqui que serei inteirada. E não vai ser um mauricinho
Depois do jantar entrei na minha camionete e segui em direção a minha casa, meu conforto. Atirei as chaves no cômodo, me despi, e deixei a água fazer seu trabalho, tirar o cansaço de mim e toda a tensão de um dia. Depois me joguei na cama não demorando a pegar no sono. Porque além de dormir pelada, eu tenho um sono de pedra e ainda acordo de bom humor.7h30.Coloquei uma calça jeans, uma blusa branca junto de um sutiã preto e uma jaqueta de couro de preto. E deixei meu cabelo afro solto. Tomei meu café e segui para o trabalho. A delegacia fica a alguns quilômetros da minha casa. Delegacia pequena com poucas selas e policiais, e dos polícias poucos estão aqui por mérito.— Delegada conseguimos um mandato para vasculhar a casa do caçador. — o moreno, mediano de olhos azuis diz vindo em minha direção.— Ótimo faremos isso por último.— peguei o mandato entrando na minha sala, fui até minha cadeira
Eu bem feliz por ver o senhor músculos a minha frente, mas o que ele tem de músculo tem de deboche. Primeiro vou fazer ele entender que é impossível que essas criaturas saiam de Benvíl, é impossível, eu tenho certeza disso. Depois vou fazer ele perceber que fomos feitos um para o outro, aí a gente casa, tem um monte de filhos e vivi feliz. É um ótimo plano.Depois do meu expediente, combinei de encontrar com Noah, Caleb e Annie num bar. Sendo que desde que ela saiu do hospital, a gente ainda não marcou um encontro em família para a receber devidamente.— Não entendo qual é o sentido de ficar num local barulhento em que querem conversar com a música no máximo!— Annie comenta. Estamos sentados numa mesa para quatro, nos pedimos cerveja excepto Annie que não bebe, ainda. E uma doze de frago com batata. Caleb
Minha manhã seria maravilhoso! Essa noite eu sonhei com os nossos filhos, a nossa casa, a gente feliz coladinho sem essas desavenças. Mas não.... tudo tinha de passar de uma doce e gostosa imaginação.A noite de ontem foi tão boa, eu amaria que se repetisse, várias e várias vezes...ter meu corpo junto do seu.... suas mãos em minha cintura.Mas não, tinha de receber a informação que o nosso amado caçador se atreveu a ir contra minhas normas, e para piorar foi até às planícies. Ravi está puto da vida e disposto a arrancar alguns miolos daquele cérebro de músculo.Essa foi a gota de água, se ele é quem diz ser, vamos resolver esse assunto nos termos da lei de Benvíl. Não será nenhum mandato da capital que irá mudar nossas jeito de viver.Fui a corregedoria, meter queixa contra o inspetor. Afirmei que ele estava desrespeitando e abusando do código cívil e ambiental de Benvíl deixando por suas vez seus habitantes f