Capítulo 42Depois de alguns minutos, Giulia conseguiu se acalmar. A respiração já estava mais controlada, e ela tentou afastar a sensação de angústia que ainda a incomodava. Ela se deitou novamente, fechando os olhos, e, desta vez, o sono veio de forma mais tranquila.Dessa vez, o sonho foi diferente. Não havia mais a escuridão e o medo. Em vez disso, ela se viu em um lugar cheio de luz, com cores vibrantes e uma sensação de paz no ar. Estava vestida de noiva, com um vestido branco deslumbrante que fluía ao seu redor, e flores frescas decoravam o ambiente. O cenário parecia um conto de fadas, um jardim encantado onde tudo era perfeito.Ela olhou ao redor e viu um grande salão de festas, cheio de convidados sorridentes. O som suave de música ao fundo preenchiam o ar. Mas o que mais a impressionava era a figura à sua frente. Carlos estava ali, de terno escuro, sorrindo com os olhos brilhando de felicidade. Ele parecia mais jovem, mais radiante, e seus olhos estavam cheios de carinho.—
Capítulo 43Giulia acordou naquela manhã com uma sensação de bem estar. Após o café da manhã, ela decidiu que era hora de dar alguns passos importantes, para finalizar a lista do casamento.Ela pegou o telefone e ligou para o salão de beleza, agendando um horário para ela e Vitória no dia do casamento. Tudo precisava estar perfeito. Carlos, por sua vez, já havia ido ao cartório e marcado a data, garantindo que cada detalhe estivesse no lugar para o grande dia.Enquanto estava perdida em seus pensamentos, seu celular vibrou. Era um lembrete de sua consulta para o ultrassom, que havia sido marcado recentemente. Ela já havia decidido que queria saber o sexo do bebê, uma curiosidade que a acompanhava desde o início.Ela ligou para a clínica para confirmar o horário.- Olá, bom dia! Eu só queria confirmar meu ultrassom para amanhã. - Giulia falou, sentindo um friozinho na barriga. Ela estava animada, mas também nervosa para saber o que estava por vir.A atendente, novamente atenciosa, conf
Capítulo 44Momentos depois, foi fazer o ultrassom, sentia-se ansiosa com a expectativa. Ela havia esperado que Carlos pudesse acompanhá-la, mas, devido a compromissos de trabalho imprevistos, ele não poderia estar lá dessa vez. Ela entendia, mas ainda assim sentiu uma pontada de tristeza por não dividir aquele momento com ele.Ela se arrumou com calma, tentando afastar o peso do pensamento. O hospital era perto, e ela não queria atrasar. Quando chegou, foi recebida com a cordialidade de sempre pela recepcionista, que já sabia de sua visita.A sala de espera estava tranquila, sentou-se, folheando uma revista sem muita atenção, suas mãos constantemente indo até sua barriga. Ela estava ansiosa para finalmente saber o sexo do bebê.Finalmente, foi chamada, e ela se levantou com um sorriso forçado por estar nervosa. A enfermeira que a conduziu até a sala do ultrassom tentou confortá-la com palavras amáveis, percebendo que Giulia estava um pouco nervosa.— Está tudo bem, Giulia? — pergunto
Capítulo 45No final da tarde, os convidados chegavam à fazenda para o casamento de Giulia e Carlos. O jardim estava impecavelmente decorado, com luzes delicadas penduradas entre as árvores e flores brancas adornando o altar rústico.Mateo, de terno claro e um sorriso estampado no rosto, caminhava entre os funcionários, garantindo que tudo estivesse perfeito.— Que dia bonito para um casamento, não acha, Benedito? — perguntou, observando o céu.Benedito, ajeitando a gravata com certo desconforto, assentiu.— Bonito mesmo. E o patrão? Nunca vi tão feliz. Dá para ver nos olhos dele que esse amor é de verdade.Enquanto isso, os convidados conversavam animadamente, elogiando a beleza do local. Júlio, o cozinheiro, circulava entre eles, carregando uma bandeja com doces caseiros.— Não poderia ter escolhido um lugar melhor! — comentou uma das convidadas.— E nem uma noiva mais linda! — acrescentou outra.O som suave de um violino anunciou a chegada de Giulia. Todos se viraram para vê-la cam
Capítulo 46Dois anos depoisA fazenda estava mais viva do que nunca. O aroma das flores no jardim que Giulia ajudou a cultivar se misturava ao cheiro da terra molhada após a chuva da noite anterior. O som dos cavalos no estábulo e das galinhas no terreiro se misturava à risada contagiante de uma criança correndo pelo gramado.— Mamãe, olha eu! — Enzo gritava animado, tentando alcançar Vitória, que corria à sua frente.Giulia sorriu, observando os filhos brincarem. Enzo, agora com dois anos, era um menino esperto e cheio de energia. Vitória, sua irmã mais velha, sempre paciente e protetora, o incentivava a correr mais rápido.Carlos chegou por trás de Giulia e a envolveu em um abraço apertado.— Quem diria que aquela mulher que chegou assustada há alguns anos agora é a rainha dessa fazenda? — ele brincou, encostando o queixo no ombro dela.Giulia riu, inclinando a cabeça para trás e encontrando os olhos dele.— Quem diria que aquele fazendeiro durão era, na verdade, um homem doce e ap
Capítulo 47A manhã na fazenda começou com a alegria de sempre. O sol brilhava forte, e o cheiro de café recém-passado se espalhava pela cozinha enquanto Giulia terminava de arrumar as mesas para o café da manhã. Carlos brincava com Enzo, jogando-o para o alto e arrancando gargalhadas do menino, enquanto Vitória ajudava Giulia com os pratos e cantava com sua bela voz uma canção sertaneja antiga. Tudo parecia perfeito.— Mamãe, quero panqueca! — Enzo pediu animado, abraçando a perna da mãe.— Está quase pronta, meu amor — respondeu ela, sorrindo e bagunçando os cabelos do filho.Os momentos felizes eram uma dádiva para Giulia. Depois de tudo que passou, encontrar paz ao lado de Carlos e dos filhos era algo que nunca pensou ser possível.Um ronco de motores soou do lado de fora, interrompendo a risada das crianças. Giulia franziu o cenho e trocou um olhar preocupado com Carlos. Ele se levantou, puxando o chapéu para a cabeça e caminhou até a porta.— Está esperando alguém? — ele pergunt
Capítulo 48Giovanni caminhava em direção ao veículo, parecendo finalmente aceitar a retirada. Giulia, Carlos e Mateo ainda estavam tensos.Foi nesse momento que Giovanni se virou bruscamente. Seus olhos faiscavam com um brilho cruel enquanto sua mão se movia com rapidez mortal, sacando uma pistola prateada de dentro do paletó.- Morra, fazendeiro! - ele rosnou, puxando o gatilho.O tempo pareceu desacelerar. Carlos não pensou, apenas reagiu. Sua única arma era a faca que mantinha no cinto. Em um movimento instintivo e certeiro, ele a arrancou e a lançou contra Giovanni sem nem mirar.O fio afiado cortou o ar como um raio.A lâmina cravou-se no ombro de Giovanni no exato momento em que ele apertava o gatilho. Seu tiro saiu desviado, atingindo o chão com um estrondo ensurdecedor. Ele soltou um grito de dor, cambaleando para trás e levando a mão ao ferimento.Mateo e seus homens agiram no mesmo instante. O barulho dos tiros explodiu no ar como trovões, rompendo a tranquilidade da fazend
Capítulo 49Carlos, depois de garantir que Giulia e as crianças estavam seguras dentro de casa, saiu para encontrar Mateo.— Tudo limpo? — Carlos perguntou, observando os homens de Mateo finalizarem a remoção dos últimos vestígios do confronto.Mateo deu um sorriso de canto.— Nada que precise de mais do que uma boa noite de sono pra esquecer. Mas Giovanni… esse nunca mais volta.Carlos assentiu, sentindo um peso sair de seus ombros. Porém, ele sabia que, apesar da ameaça ter sido eliminada, aquilo ainda poderia ter consequências.— E se alguém vier procurar por ele?Mateo cruzou os braços, olhando ao redor.— Giovanni era um homem perigoso, mas também um fantasma. Ele vivia à margem das leis, não tinha muitos aliados verdadeiros. O que importa agora é que vocês estão seguros.Carlos soltou um suspiro pesado, passando a mão pelos cabelos. Ele sabia que Mateo estava certo, mas parte dele ainda sentia a necessidade de reforçar a segurança.— Vou reforçar a fazenda. Não quero correr risc