Capítulo 22

A noite é um mar de lembranças. Às vezes eu me afogo, outras vezes não. Há noites em que as memórias me sobrecarregam e não me deixam chegar à costa, outras em que eu lhes concedo um fim e como um pescador, transporto minha rede para o mar, capturo as memórias e escondo-as no barco. 

Não há nenhum sinal de verde, lá fora tudo é cinza e gelado. E enquanto os nobres dormem com suas hipocrisias e amantes, os outros ficam com fome ou morrem de frio.

Que lástima! Levantei meu copo de vinho, balancei a bebida no copo e senti descer garganta abaixo. Um brinde para mim! 

As pessoas morrem, isso é lamentável..., Mas há uma pergunta que sempre me rodeia, que culpa eu tenho, se as pessoas morrem? Todos nós morremos um dia, até mesmo eu vou morrer um dia... Então, por que meus servos me olham como se eu fosse a pior

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