-Você tem exatos sessenta segundos, para nos explicar porquê está de conversa com o maior nerd da escola.-Disse Patrícia enérgica.
-É uma vingança.-Disse Júlia em sua defesa.
-Como assim?-Disse Ellen perplexa, Patrícia seguia com seu olhar de desconfiança.
-Bom todas sabem que eu me ferrei por causa daquele otário não é mesmo?-Todas assentiram.-Agora mesmo que eu gabarite a prova, o que provavelmente vou, terei de ouvir dos meus pais e ficarei de castigo.
-Eu me lembro de você ter mencionado algo sobre.-Disse Isabella em concordância.
-Então, eu vou usar o sentimentos daquele idiota, fazer ele se iludir e depois o chutar da pior forma possível.-Enquanto falava uma dor no peito lhe preencheu, e ela se deu conta do quão injusta havia sido por ter julgado Pedro por sua aparência, suas amigas gargalharam e fizeram gestos euf&o
Pedro não se lembrava da última vez que acordara sorrindo, após se esforçar um pouco lembrou-se, fora da vez que sonhou encontrar uma maleta cheia de dinheiro, tinha uns cinco anos de idade na época, se lembrou de ter caído no choro em seguida, pois havia percebido que tudo não passara de um sonho. Naquele dia em questão após acordar ele prosseguiu sorrindo, chegou a arrancar alguns comentários interrogativos de seus pais, contudo tudo o que fizera foi sorrir em resposta, estava feliz e era tudo o que importava, era diferente dessa vez, seu sonho começava assim que abria os olhos, e se levantava da cama, todos os dias alguns minutos antes de dormir ele separava uns minutos para relembrar como fora seu dia com Júlia, e relembrava cada beijo, cada toque, e eventualmente como fizeram amor, relutavam contra o sono e seguiam conversando at&e
Júlia driblou o sistema do hospital, um pouco de dinheiro sempre resolvia qualquer coisa, logo se moveu para o quarto de Pedro, o mesmo ainda dormia, e permaneceria assim por algumas horas. Ela pousara as mãos sob os cabelos dele, e lhe acariciou ternamente, lágrimas escaparam de seus olhos e o sentimento que invadiu seu peito, foi de ódio de si mesma. Ouvira de um dos médicos que não havia sofrido nada grave, mas que precisou fazer uma pequena cirurgia no nariz, visto que havia fraturado o mesmo com a queda, e por isso teve que ser sedado. Sabendo que a mãe de Pedro chegaria em breve, decidiu apressar-se e sair, balbuciou a palavra "perdão" antes de ir. No entanto assim que virara a maçaneta, se deparara com um rosto feminino extremamente parecido com o de seu amado, logo concluira que se tratava de sua mãe.-V
-Quem te deu o direito de mexer em minhas coisas?-Disse Túlio se lançando em direção ao irmão, após uma pequena luta corporal conseguira recuperar o seu diário.-É verdade o que está escrito aí?- Lágrimas passaram a escapar dos olhos de Tiago, um misto de dor e decepção encheram seu peito.-Você é uma bicha?-A última palavra saiu de forma ríspida, e atingiu a Túlio o fazendo chorar também.-Eu sou teu irmão, eu continuo sendo seu irmão.-Disse Tulio tentando se aproximar; contudo o mesmo se esquivou.-Eu não quero um irmão assim, ou você se cura ou se afasta de mim.-Agora enfim o mesmo havia conseguido limpar suas lágrimas.- Como você pode ser tão cruel?-Falou Tulio descrente.- Já imaginou se as pessoas me confundirem com você? Ou pior nos associarem um
Amar alguém é difícil, era tudo o que Túlio concluía ao olhar para Pedro, passara mais uma tarde ensinando-lhe a matéria do dia, e agora o via adormecer durante o filme que estavam assistindo, nem sequer lembrara do título do filme, só conseguia olhar pra ele. Seria tudo tão mais fácil se ele conseguisse ir embora, seria o lógico, pois estar ali o machucava, feria, sempre fora a pessoa que fugia do amor, sabia que ter um relacionamento seria arriscado, então toda vez que percebia algo diferente com alguém se afastava. No entanto o que sentia por Pedro era totalmente diferente, começara de uma maneira arrebatadora, não teve tempo de fugir, não teve tempo de sufocar, quando se deu conta já estava beijando-o, completamente apaixonado. Era difícil, doloroso e não
Há um Tiago que ninguém conhece, deitado em sua cama, sendo consumido por suas inseguranças e pressões de seu pai, ter um irmão gêmeo era bastante cansativo, as comparações nunca paravam, e tudo se tornava pior quando seu irmão melhor que ele. O mais inteligente, com o melhor temperamento, seu pai e Tulio sempre foram mais próximos, enquanto ele apenas orbitavam entre os dois, no fim das contas sabia que eles o amavam, mas no fim das contas não conseguiam o incluir naquele mundo, haviam cansado de competir, de lutar pra estar igual, aquela era uma luta perdida, por isso havia jogado sua energia para algo novo, se dedicou aos esportes e aproveitou seu poder de comunicação para poder fazer amigos e se tornar popular. No entanto o fato de não lutar, não fazia doer menos, nem que seu pai parasse com aquela
-É como um sonho.-Disse Túlio apertando levemente a mão de seu amado, o calor da mão de Pedro lhe acalmava as batidas do coração, e fazia com que ele se sentisse no Paraíso, era como se não existisse mais nada, nem ninguém.-Mas é, você é um sonho que se tornou realidade para mim, o resto não importa.-Disse abraçando o seu amado, e beijando levemente no pescoço, Tulio sentiu um arrepio e ambos sorriram para depois trocarem um beijo suave, porém carregado de sentimento em seguida. Enquanto se beijavam e trocavam carinhos agradeciam por diversas coisas, por serem inteligentes o suficiente para conseguirem matar aula sem que isso lhes prejudicasse, por sua escola não ter um porteiro para controlar quem matava aula, no início das aulas havia um, no entanto após alguns alunos, os quais faziam parte de famílias colabor
-Por ele? Eu fui dispensado por aquele pedaço de merda?-Perguntou Tiago perplexo.-Sim, pelo visto nossa garota tem um gosto diferente, também conhecido como ruim.-Respondeu Isabella dando uma gargalhada, e dando uma sugada em seu milkshake em seguida.-É inacreditável, como ela pode preferir ele a mim? Nem se ela fosse cega isso seria justificável.-Disse Tiago levando a mão até sua cabeça, sentindo um sentimento de indignação lhe dominar, nunca se vira tão humilhado na vida.-Preferindo, trocando e etc, não foi pra ser sua psicóloga que eu vim aqui.-Disse ela revirando os olhos, Tiago era um bebê chorão, narcista e irritante, nem sequer conseguia focar em sua beleza exótica, pois aquele egocentrismo apagava qualquer outra coisa.-Então por que esta aqui?-Falou ele sentindo sua irritação aumentar, ela por sua vez mantinha-se
Ela imaginou que ir a escola seria mais difícil agora do que antes, também podia imaginar que não seria a mais popular como antes, contudo o o que encontrou foi até pior que imaginava, suas amigas lhe ignoraram, como de esperado, e eventualmente cochichavam quando ela passava, ela se perguntava o que havia inventado sobre ela. Ela sentia medo de alguma retaliação, sua mente voltou para todas as pessoas com quem ela cometeu bullying, imaginar toda dor medo lhe fizera sentir imensamente culpada, não havia experimentado nem metade dessa intimidação, contudo só de ser ignorada já havia lhe magoado muito. Sua mente se voltou para Pillar, aquela que tinha sido sua primeira amiga naquela escola, até a sexta série elas haviam sido melhores amigos e faziam tudo juntas, tanto na escola quanto fora dela, entretanto ao chegar a puberd