-Por ele? Eu fui dispensado por aquele pedaço de merda?-Perguntou Tiago perplexo.
-Sim, pelo visto nossa garota tem um gosto diferente, também conhecido como ruim.-Respondeu Isabella dando uma gargalhada, e dando uma sugada em seu milkshake em seguida.
-É inacreditável, como ela pode preferir ele a mim? Nem se ela fosse cega isso seria justificável.-Disse Tiago levando a mão até sua cabeça, sentindo um sentimento de indignação lhe dominar, nunca se vira tão humilhado na vida.
-Preferindo, trocando e etc, não foi pra ser sua psicóloga que eu vim aqui.-Disse ela revirando os olhos, Tiago era um bebê chorão, narcista e irritante, nem sequer conseguia focar em sua beleza exótica, pois aquele egocentrismo apagava qualquer outra coisa.
-Então por que esta aqui?-Falou ele sentindo sua irritação aumentar, ela por sua vez mantinha-se
Ela imaginou que ir a escola seria mais difícil agora do que antes, também podia imaginar que não seria a mais popular como antes, contudo o o que encontrou foi até pior que imaginava, suas amigas lhe ignoraram, como de esperado, e eventualmente cochichavam quando ela passava, ela se perguntava o que havia inventado sobre ela. Ela sentia medo de alguma retaliação, sua mente voltou para todas as pessoas com quem ela cometeu bullying, imaginar toda dor medo lhe fizera sentir imensamente culpada, não havia experimentado nem metade dessa intimidação, contudo só de ser ignorada já havia lhe magoado muito. Sua mente se voltou para Pillar, aquela que tinha sido sua primeira amiga naquela escola, até a sexta série elas haviam sido melhores amigos e faziam tudo juntas, tanto na escola quanto fora dela, entretanto ao chegar a puberd
-Fingir que namora ela? Você quer mesmo que eu concorde com isso?-Falou Tulio perplexo.-Amor, é só por um mês e para evitar que os garotos do terceirão comam meu fígado.- Disse Pedro tomando as mãos de seu namorado.-Um mês o qual você vai ver sua ex, por quem você foi intensamente apaixonado, e vai andar de mãos dadas com ela, dar beijinhos e postar fotos nas redes sociais, você tem ideia do que esta me pedindo?-Disse Tulio sentindo o ciúme dilacerar seu coração.-Meu Amor, eu não conseguiria olhar para outra pessoa nem se eu quisesse.-A mão de Pedro pousou na nuca de Tulio e lhe acariciou.-Meus olhos são seus.-Uma riso leve escapou dos lábios de Pedro.-Meus lábios, todo meu corpo e sobretudo meu coração, eu sou teu e te amo.-Disse ele dando um leve e terno beijo no amado.-Eu sei, mas você era t&atild
-Eu realmente preciso fazer isso?-Disse ele ao sentar-se na cadeira do barbeiro.- Sim, precisa.-Disse ela com um olhar piedoso.-Mas eu gosto tanto do meu cabelo.-Falou Pedro sentindo um nó tomar sua garganta.-Eu também gosto muito dele.-Falou ela acariciando os cabelos de Pedro, ele gostou da sensação que o carinho lhe deu.-Mas sinceramente somente nosso namoro fake não vai te proteger, se sua aparência for mais padrão fica mais difícil que coloquem apelidos em você e coisas do tipo.-Aquelas palavras causavam revolta em Pedro, havia garotos brancos com cabelos longos e todos achavam bonito, estiloso e etc. Odiava ter que se curvar aos padrões de beleza, odiava ter que aceitar ao racismo, no entanto não havia escolha, precisava ser aceito, Júlia lhe mostrou alguns cortes que havia pesquisado para ele, acabou escolhendo um disfarçado padrão, pedi
-Você não parece muito feliz com o namoro de seu amigo.-Disse Isabella se sentando na pia do banheiro.-O que faz aqui? Esse é o banheiro masculino.-Disse Tulio surpreso com a presença dela.-Você acha que alguém liga pra alguma regra aqui?-Falou ela dando um gole na garrafa que ela trouxe consigo.-É, eu imaginei.-Disse ele terminando de lavar as mãos.-Não quer ficar?-Disse ela de forma natural, Tulio achou aquela situação totalmente inusitada.-Olha você também não é o que planejei pra hoje, mas ver aquele casalzinho esta me dando nojo.-Pela primeira vez na vida tenho que concordar com você.-Disse ele suspirando.-Essa noite esta cada vez mais estranha.-Disse ele enquanto se sentava ao lado dela.-O que você tem ai?-Perguntou ele olhando para a garrafa.-Catuaba, já experimentou?-Perguntou ela.-Não, me d&aa
Tulio segurou suas lágrimas até fechar a porta do seu quarto, foi ali que ele permitiu-se desabar, enquanto sentia sua alma partida ao meio, com a certeza de que sua história de amor estava acabada para sempre, se tornava cada vez mais incontestável. Havia pisado nos sentimentos de Pedro, e sentia que ele nunca iria perdoá-lo. Tudo o que ele pediu ao universo foi a bênção de estar só, apenas precisava disso, contudo seu irmão adentrara em seu quarto.-A bonequinha está chorando?-Pergunta ele em tom sarcástico.-Me deixa em paz!-Gritou Tulio sentindo seu sangue ferver.-O que foi? Quebrou uma unha?-Falou ele imitando trejeitos caricatos.-Quando você se tornou esse babaca?-Disse Tulio com a voz embargada pelo choro.-Você é meu irmão, deveria cuidar de mim.-A última frase trouxe culpa a Tiago, c
Ele não a via, foi o que concluira Júlia ao perceber que mais uma vez Pedro dava atenção a todos no rolê, e mau falava com ela, sentiu-se menos que um objeto, desde que começara a malhar começou a ganhar seus próprios elogios, e ela passara a ser cada vez mais dispensável. Vômitos e mais vômitos, ela pensou em dizer a ele sobre seu problema, contudo ele não parecia se importar com ninguém além de si mesmo atualmente, o amor doía foi o que ela pensou consigo mesma, ao ver que conseguira ficar mais infeliz que antes. Pedro a usara como uma escada para a popularidade, esse pensamento lhe atingiu e causou dor. No entanto continuava, talvez pelos bons momentos que haviam compartilhado, ou até mesmo pelos momentos em que ficavam sozinhos, ele era carinhoso nessas horas, diferente desse hetero top quand
Ele tentou ignorar os gritos, como sempre fazia, tremendo ao som da voz grave do pai, o qual xingava a mãe e lhe ameaçava. Pedro se encolheu ainda mais embaixo de suas cobertas, fechou aos olhos e deixou sua mente lhe levar pra longe, as lágrimas saíram sem ele perceber, porém após colocar seu fone no volume máximo conseguiu escapar um pouco da pressão do ambiente. Seu pai nunca fora um bom marido, sempre os tratava com frieza e eventualmente os agredia com palavras, contudo desde que ele começara com as drogas Pedro percebeu que por mais que uma situação fosse ruim, ela sempre podia piorar, agora só as palavras não eram o suficiente, ele passara para a agressão física também. Em meio as acusações infundadas de que sua mãe o havia traído, ele podia ouvir o barulho das pancadas qu
Pedro ensaiara o seu discurso diversas vezes, no entanto parecia que nunca havia planejado coisa alguma, as palavras simplesmente não pareciam conectar-se em sua mente. Já fazia mais de trinta minutos que se encontrava de frente a porta da casa dela, no entanto a coragem de tocar a campainha não vinha, a alguns meses quando estava carregado de ódio em seu peito achava que partir o coração de Júlia, e mostrar a Tulio o quão melhor estava sem ele lhe daria mais prazer que qualquer coisa, no entanto assim como passar meses longe de Tulio magoar Júlia não tinha a satisfação que ele esperava, cuidado com o que deseja, pensou consigo mesmo. A única maneira de terminar o que lhe trouxe até ali era começar, foi com esse impulso que ele tocara a campainha, o portão automático abrira, e ele rumou para dentro da casa,