-Quem te deu o direito de mexer em minhas coisas?-Disse Túlio se lançando em direção ao irmão, após uma pequena luta corporal conseguira recuperar o seu diário.
-É verdade o que está escrito aí?- Lágrimas passaram a escapar dos olhos de Tiago, um misto de dor e decepção encheram seu peito.-Você é uma bicha?-A última palavra saiu de forma ríspida, e atingiu a Túlio o fazendo chorar também.
-Eu sou teu irmão, eu continuo sendo seu irmão.-Disse Tulio tentando se aproximar; contudo o mesmo se esquivou.
-Eu não quero um irmão assim, ou você se cura ou se afasta de mim.-Agora enfim o mesmo havia conseguido limpar suas lágrimas.
- Como você pode ser tão cruel?-Falou Tulio descrente.
- Já imaginou se as pessoas me confundirem com você? Ou pior nos associarem um
Amar alguém é difícil, era tudo o que Túlio concluía ao olhar para Pedro, passara mais uma tarde ensinando-lhe a matéria do dia, e agora o via adormecer durante o filme que estavam assistindo, nem sequer lembrara do título do filme, só conseguia olhar pra ele. Seria tudo tão mais fácil se ele conseguisse ir embora, seria o lógico, pois estar ali o machucava, feria, sempre fora a pessoa que fugia do amor, sabia que ter um relacionamento seria arriscado, então toda vez que percebia algo diferente com alguém se afastava. No entanto o que sentia por Pedro era totalmente diferente, começara de uma maneira arrebatadora, não teve tempo de fugir, não teve tempo de sufocar, quando se deu conta já estava beijando-o, completamente apaixonado. Era difícil, doloroso e não
Há um Tiago que ninguém conhece, deitado em sua cama, sendo consumido por suas inseguranças e pressões de seu pai, ter um irmão gêmeo era bastante cansativo, as comparações nunca paravam, e tudo se tornava pior quando seu irmão melhor que ele. O mais inteligente, com o melhor temperamento, seu pai e Tulio sempre foram mais próximos, enquanto ele apenas orbitavam entre os dois, no fim das contas sabia que eles o amavam, mas no fim das contas não conseguiam o incluir naquele mundo, haviam cansado de competir, de lutar pra estar igual, aquela era uma luta perdida, por isso havia jogado sua energia para algo novo, se dedicou aos esportes e aproveitou seu poder de comunicação para poder fazer amigos e se tornar popular. No entanto o fato de não lutar, não fazia doer menos, nem que seu pai parasse com aquela
-É como um sonho.-Disse Túlio apertando levemente a mão de seu amado, o calor da mão de Pedro lhe acalmava as batidas do coração, e fazia com que ele se sentisse no Paraíso, era como se não existisse mais nada, nem ninguém.-Mas é, você é um sonho que se tornou realidade para mim, o resto não importa.-Disse abraçando o seu amado, e beijando levemente no pescoço, Tulio sentiu um arrepio e ambos sorriram para depois trocarem um beijo suave, porém carregado de sentimento em seguida. Enquanto se beijavam e trocavam carinhos agradeciam por diversas coisas, por serem inteligentes o suficiente para conseguirem matar aula sem que isso lhes prejudicasse, por sua escola não ter um porteiro para controlar quem matava aula, no início das aulas havia um, no entanto após alguns alunos, os quais faziam parte de famílias colabor
-Por ele? Eu fui dispensado por aquele pedaço de merda?-Perguntou Tiago perplexo.-Sim, pelo visto nossa garota tem um gosto diferente, também conhecido como ruim.-Respondeu Isabella dando uma gargalhada, e dando uma sugada em seu milkshake em seguida.-É inacreditável, como ela pode preferir ele a mim? Nem se ela fosse cega isso seria justificável.-Disse Tiago levando a mão até sua cabeça, sentindo um sentimento de indignação lhe dominar, nunca se vira tão humilhado na vida.-Preferindo, trocando e etc, não foi pra ser sua psicóloga que eu vim aqui.-Disse ela revirando os olhos, Tiago era um bebê chorão, narcista e irritante, nem sequer conseguia focar em sua beleza exótica, pois aquele egocentrismo apagava qualquer outra coisa.-Então por que esta aqui?-Falou ele sentindo sua irritação aumentar, ela por sua vez mantinha-se
Ela imaginou que ir a escola seria mais difícil agora do que antes, também podia imaginar que não seria a mais popular como antes, contudo o o que encontrou foi até pior que imaginava, suas amigas lhe ignoraram, como de esperado, e eventualmente cochichavam quando ela passava, ela se perguntava o que havia inventado sobre ela. Ela sentia medo de alguma retaliação, sua mente voltou para todas as pessoas com quem ela cometeu bullying, imaginar toda dor medo lhe fizera sentir imensamente culpada, não havia experimentado nem metade dessa intimidação, contudo só de ser ignorada já havia lhe magoado muito. Sua mente se voltou para Pillar, aquela que tinha sido sua primeira amiga naquela escola, até a sexta série elas haviam sido melhores amigos e faziam tudo juntas, tanto na escola quanto fora dela, entretanto ao chegar a puberd
-Fingir que namora ela? Você quer mesmo que eu concorde com isso?-Falou Tulio perplexo.-Amor, é só por um mês e para evitar que os garotos do terceirão comam meu fígado.- Disse Pedro tomando as mãos de seu namorado.-Um mês o qual você vai ver sua ex, por quem você foi intensamente apaixonado, e vai andar de mãos dadas com ela, dar beijinhos e postar fotos nas redes sociais, você tem ideia do que esta me pedindo?-Disse Tulio sentindo o ciúme dilacerar seu coração.-Meu Amor, eu não conseguiria olhar para outra pessoa nem se eu quisesse.-A mão de Pedro pousou na nuca de Tulio e lhe acariciou.-Meus olhos são seus.-Uma riso leve escapou dos lábios de Pedro.-Meus lábios, todo meu corpo e sobretudo meu coração, eu sou teu e te amo.-Disse ele dando um leve e terno beijo no amado.-Eu sei, mas você era t&atild
-Eu realmente preciso fazer isso?-Disse ele ao sentar-se na cadeira do barbeiro.- Sim, precisa.-Disse ela com um olhar piedoso.-Mas eu gosto tanto do meu cabelo.-Falou Pedro sentindo um nó tomar sua garganta.-Eu também gosto muito dele.-Falou ela acariciando os cabelos de Pedro, ele gostou da sensação que o carinho lhe deu.-Mas sinceramente somente nosso namoro fake não vai te proteger, se sua aparência for mais padrão fica mais difícil que coloquem apelidos em você e coisas do tipo.-Aquelas palavras causavam revolta em Pedro, havia garotos brancos com cabelos longos e todos achavam bonito, estiloso e etc. Odiava ter que se curvar aos padrões de beleza, odiava ter que aceitar ao racismo, no entanto não havia escolha, precisava ser aceito, Júlia lhe mostrou alguns cortes que havia pesquisado para ele, acabou escolhendo um disfarçado padrão, pedi
-Você não parece muito feliz com o namoro de seu amigo.-Disse Isabella se sentando na pia do banheiro.-O que faz aqui? Esse é o banheiro masculino.-Disse Tulio surpreso com a presença dela.-Você acha que alguém liga pra alguma regra aqui?-Falou ela dando um gole na garrafa que ela trouxe consigo.-É, eu imaginei.-Disse ele terminando de lavar as mãos.-Não quer ficar?-Disse ela de forma natural, Tulio achou aquela situação totalmente inusitada.-Olha você também não é o que planejei pra hoje, mas ver aquele casalzinho esta me dando nojo.-Pela primeira vez na vida tenho que concordar com você.-Disse ele suspirando.-Essa noite esta cada vez mais estranha.-Disse ele enquanto se sentava ao lado dela.-O que você tem ai?-Perguntou ele olhando para a garrafa.-Catuaba, já experimentou?-Perguntou ela.-Não, me d&aa