-Você só pode estar de brincadeira com minha cara.-Falou Túlio ao ouvir toda a história de Pedro, e perder a paciência, se jogou em sua cama e suspirou antes de continuar.-Você vai realmente se sujeitar a isso?-Pedro se sentiu envergonhado e pensou em não responder, no entanto o fez.
-Não é tão ruim quanto parece.-Ele quis mais do que nunca ser a pessoa que sabia dar respostas certeiras, mas para sua infelicidade era mais do tipo que pensava na resposta perfeita dois dias depois da discussão ter acabado.
-Isso é humilhante Pedro.-O tom dele fora mais dolorido que ríspido.
-Eu gosta dela porr*.-Gritou abruptamente.-Eu não posso evitar o que eu sinto, e se essa for a única forma de estar perto da garota que eu gosto eu farei.-O tom dele foi firme, no entanto Túlio o olhava como o maior dos idiotas.
- Estou chocado com sua falta de dignidade.-Disse co
Apesar de todas as críticas e competição, era bom estar com suas amigas, assim como quando tinha doze anos de idade vez ou outra faziam festa do pijama. Essa festa era na sua casa, com suas duas melhores amigas, Isabela, Patrícia e Ellen, por consequência d puro clichê eram as garotas mais populares da escola, Isabela sua amiga mais próxima e inseparável, era parecida com ela tanto em personalidade quanto fisicamente, Patrícia era a garota mais narcisista e livre que já conhecera, se destacava por seu estilo descolado e alternativo ao mesmo tempo, Ellen era uma garota elegante e séria, soava mais como garota difícil e inacessível, a qual era desejada, porém só ficava com quem a mesma escolhia, ninguém ousava se aproximava dela primeiro. Eram um contraste á beleza clássica e convencional que Júlia e Pr
-Você tem exatos sessenta segundos, para nos explicar porquê está de conversa com o maior nerd da escola.-Disse Patrícia enérgica.-É uma vingança.-Disse Júlia em sua defesa.-Como assim?-Disse Ellen perplexa, Patrícia seguia com seu olhar de desconfiança.-Bom todas sabem que eu me ferrei por causa daquele otário não é mesmo?-Todas assentiram.-Agora mesmo que eu gabarite a prova, o que provavelmente vou, terei de ouvir dos meus pais e ficarei de castigo.-Eu me lembro de você ter mencionado algo sobre.-Disse Isabella em concordância.-Então, eu vou usar o sentimentos daquele idiota, fazer ele se iludir e depois o chutar da pior forma possível.-Enquanto falava uma dor no peito lhe preencheu, e ela se deu conta do quão injusta havia sido por ter julgado Pedro por sua aparência, suas amigas gargalharam e fizeram gestos euf&o
Pedro não se lembrava da última vez que acordara sorrindo, após se esforçar um pouco lembrou-se, fora da vez que sonhou encontrar uma maleta cheia de dinheiro, tinha uns cinco anos de idade na época, se lembrou de ter caído no choro em seguida, pois havia percebido que tudo não passara de um sonho. Naquele dia em questão após acordar ele prosseguiu sorrindo, chegou a arrancar alguns comentários interrogativos de seus pais, contudo tudo o que fizera foi sorrir em resposta, estava feliz e era tudo o que importava, era diferente dessa vez, seu sonho começava assim que abria os olhos, e se levantava da cama, todos os dias alguns minutos antes de dormir ele separava uns minutos para relembrar como fora seu dia com Júlia, e relembrava cada beijo, cada toque, e eventualmente como fizeram amor, relutavam contra o sono e seguiam conversando at&e
Júlia driblou o sistema do hospital, um pouco de dinheiro sempre resolvia qualquer coisa, logo se moveu para o quarto de Pedro, o mesmo ainda dormia, e permaneceria assim por algumas horas. Ela pousara as mãos sob os cabelos dele, e lhe acariciou ternamente, lágrimas escaparam de seus olhos e o sentimento que invadiu seu peito, foi de ódio de si mesma. Ouvira de um dos médicos que não havia sofrido nada grave, mas que precisou fazer uma pequena cirurgia no nariz, visto que havia fraturado o mesmo com a queda, e por isso teve que ser sedado. Sabendo que a mãe de Pedro chegaria em breve, decidiu apressar-se e sair, balbuciou a palavra "perdão" antes de ir. No entanto assim que virara a maçaneta, se deparara com um rosto feminino extremamente parecido com o de seu amado, logo concluira que se tratava de sua mãe.-V
-Quem te deu o direito de mexer em minhas coisas?-Disse Túlio se lançando em direção ao irmão, após uma pequena luta corporal conseguira recuperar o seu diário.-É verdade o que está escrito aí?- Lágrimas passaram a escapar dos olhos de Tiago, um misto de dor e decepção encheram seu peito.-Você é uma bicha?-A última palavra saiu de forma ríspida, e atingiu a Túlio o fazendo chorar também.-Eu sou teu irmão, eu continuo sendo seu irmão.-Disse Tulio tentando se aproximar; contudo o mesmo se esquivou.-Eu não quero um irmão assim, ou você se cura ou se afasta de mim.-Agora enfim o mesmo havia conseguido limpar suas lágrimas.- Como você pode ser tão cruel?-Falou Tulio descrente.- Já imaginou se as pessoas me confundirem com você? Ou pior nos associarem um
Amar alguém é difícil, era tudo o que Túlio concluía ao olhar para Pedro, passara mais uma tarde ensinando-lhe a matéria do dia, e agora o via adormecer durante o filme que estavam assistindo, nem sequer lembrara do título do filme, só conseguia olhar pra ele. Seria tudo tão mais fácil se ele conseguisse ir embora, seria o lógico, pois estar ali o machucava, feria, sempre fora a pessoa que fugia do amor, sabia que ter um relacionamento seria arriscado, então toda vez que percebia algo diferente com alguém se afastava. No entanto o que sentia por Pedro era totalmente diferente, começara de uma maneira arrebatadora, não teve tempo de fugir, não teve tempo de sufocar, quando se deu conta já estava beijando-o, completamente apaixonado. Era difícil, doloroso e não
Há um Tiago que ninguém conhece, deitado em sua cama, sendo consumido por suas inseguranças e pressões de seu pai, ter um irmão gêmeo era bastante cansativo, as comparações nunca paravam, e tudo se tornava pior quando seu irmão melhor que ele. O mais inteligente, com o melhor temperamento, seu pai e Tulio sempre foram mais próximos, enquanto ele apenas orbitavam entre os dois, no fim das contas sabia que eles o amavam, mas no fim das contas não conseguiam o incluir naquele mundo, haviam cansado de competir, de lutar pra estar igual, aquela era uma luta perdida, por isso havia jogado sua energia para algo novo, se dedicou aos esportes e aproveitou seu poder de comunicação para poder fazer amigos e se tornar popular. No entanto o fato de não lutar, não fazia doer menos, nem que seu pai parasse com aquela
-É como um sonho.-Disse Túlio apertando levemente a mão de seu amado, o calor da mão de Pedro lhe acalmava as batidas do coração, e fazia com que ele se sentisse no Paraíso, era como se não existisse mais nada, nem ninguém.-Mas é, você é um sonho que se tornou realidade para mim, o resto não importa.-Disse abraçando o seu amado, e beijando levemente no pescoço, Tulio sentiu um arrepio e ambos sorriram para depois trocarem um beijo suave, porém carregado de sentimento em seguida. Enquanto se beijavam e trocavam carinhos agradeciam por diversas coisas, por serem inteligentes o suficiente para conseguirem matar aula sem que isso lhes prejudicasse, por sua escola não ter um porteiro para controlar quem matava aula, no início das aulas havia um, no entanto após alguns alunos, os quais faziam parte de famílias colabor