As semanas passaram rápidas e enfim já havia começado com o tratamento para produzir leite.Os exames foram feitos um dia após a minha consulta com o médico da família e como já previsto não houve problema algum, o que foi ótimo já que logo pude começar a tomar os remédios.Já se fazem três semanas, mas o leite ainda não desceu, o que me deixa ansiosa e aflita já que meu médico disse que após duas semanas tomando o medicamento corretamente, eu já poderia amamentar, mas não aconteceu.O que é estranho, já que na última semana tenho sentido os meus seios mais cheios e doloridos.Quanto a mim e Chris as coisas continuam na mesma, com a diferença de que ele está diferente nos últimos dias dizendo coisas como dormir e acordar todos os dias ao meu lado, construirmos uma família, e todos os tipos de coisas que ligassem ao assunto casamento.O que de certa forma me chateava um pouco. Meu namorado estava mais interessando a um futuro que ainda nem conhecemos, ao nosso presente, ao nosso momento
— Acabou Melissa, acabou o namoro, acabou os planos de casamento, acabou a partir de hoje qualquer sentimento que um dia eu tive por você.meu peito ardia e a respiração falhava.caminhei para meu quarto, e comecei a jogar todas as roupas na mala, eu precisava ir embora.— O que está fazendo Chris? — não respondi, estava concentrado demais tentando não chorar em sua frente. — O que você está fazendo?perguntou outra vez agarrando meu braço fazendo com que eu a olhasse.o que foi o estopim para mim já que não consegui mais segurar minhas lágrimas.— Eu não sou seu brinquedo Melissa, lamento te informar que você não vai me usar para suprir as necessidades de uma adolescente mimada. — Chris. — questionou parecendo incrédula.mas nesse momento eu já estava tomado pela raiva.— Adolescente mimada sim, é isso que você é, uma patricinha mimada, que acha que pode ter tudo o que quiser.falar tudo aquilo foi como lavar a alma, mas porque eu não me sentia melhor? cada frase que saiada minha bo
É oficial, eu o perdi!Não quero nunca mais ter que sair desse quarto, não quero ver ninguém e não quero ter que fingir que estou bem. Eu não estou.Sou apenas um corpo, uma alma vazia e cheia de arrependimentos. Meu coração estava apertado, hoje já era o dia do casamento de meu pai e desde o ocorrido ainda não havia visto Christopher. A dor é insuportável, é como uma tortura todas as vezes que me lembro de seu sorriso, instantaneamente sinto que o perdi. Agarro o travesseiro e o lençol, onde seu cheiro está impregnado e deixo as lágrimas caírem. Estou atordoada pelas lembranças, sinto falta do seu beijo, do seu abraço e do seu toque. sinto falta das suas fugidas na madrugada para meu quarto.Sinto sua falta Christopher...Não sei como esta ou onde está, apenas sei que sinto sua falta.(...)— Como estou? — perguntei a minha amiga, após colocar o absorvente nos seios.Sim, nesse tempo afastada de Chris o leite finalmente desceu.— Linda, você sabe.Sorri satisfeita, hoje mais do qu
Acordei sentindo uma forte dor de cabeça, ouço vozes mas não atrevo-me abrir os olhos, então fico apenas escutando. — Ela vai ficar bem? — Claro, foi apenas um susto… sua filha teve sorte senhor Philipe. Em seguida ouço passos, deduzo que tenham saído do quarto, então finalmente arrisco abrir os olhos. Mas me arrependo no segundo seguinte. — A senhorita está encrencada mocinha! Levo mais um tempo para raciocinar o que papai está dizendo, minha cabeça lateja muito forte, consequência da bebedeira de ontem. — O que estava pensando da vida Melissa? Faço todos os seus gostoso, te dou tudo o que você quer e é assim que você retribui? Tive vontade de revirar os olhos mas não o fiz. Quanta hipocrisia em uma pessoa só, quem era Philipe para me dar lição de moral? nem mesmo ele tinha qualquer moral para isso. Um homem que praticamente abandona a filha à mercê de babás não deveria ter o descaramento de cobrar qualquer coisa! — Claro — digo com desdém balançando a cabeça negativamente.
Sabe quando você sente que tudo que você acredita, todas suas crenças, vontades e medos se unem transformando-se em um só? É dessa forma que estou me sentindo nesse carro, enquanto observo as plantações por onde nós passamos, meus pensamentos voam longe... estou de frente para o desconhecido, este é outro lugar, outras pessoas, tudo "novo" e estou com tanto medo de não saber lidar, medo de passar uma visão errada sobre quem sou.— Chegamos. — ouço papai tirando-me do meu devaneio.— Como? — questiono ao perceber que estamos praticamente no meio do nada.— Os carros não podem atravessar a água, precisamos pegar a balsa. — disse como se fosse óbvio, e verdade até era.— Benzinho, você não me disse nada sobre balsa… benzinho, ah mas que droga. — retira os sapatos Gucci do pé e corre em pequenos pulinhos rumo ao meu pai. Caminho em passos lentos até eles, meu pai me entrega uma mochila e uma mala, ficando encarregado de carregar todo resto.Em no máximo trinta minutos estamos de frente a
Acordo bufando com o barulho irritante das galinhas… ou galos, sei lá o que era aquilo.Desço as escadas dando de cara com vovó e tio Chris.— Meu Deus. — disse Christopher assim que pôs seus olhos em mim, levando um tapa de vovó em seguida.— Bom dia querida dormiu bem?Sinceramente, estou começando a achar que Selena é a única pessoa dessa família de quem eu realmente gosto.— Dormi sim vovó, obrigada!— Não parece.. — sussurrou Chris.— Como é? — perguntei, não acreditando em tamanha audácia.Por Deus, qual o problema desse cara?— Licença. — pegou um pequeno espelhinho no bolso. — Olha. — virou o espelho para mim, quase tive um treco ao me ver, maquiagem borrada, cabelos nas alturas parecendo a Ana do Frozen, e tenho quase certeza que estou com bafo. Sem muito pensar solto um grito agudo. — Vai estourar meus tímpanos, sua maluca.Não dou ouvidos ao que Christopher fala, pois volto correndo para meu quarto me trancando em seguida.Um dia nesse lugar e já foi bastante para parecer um
Saio do banheiro enrolada na toalha, e me assusto ao ver Christopher jogado na minha cama com meu livro na mão.— O que tá fazendo no meu quarto. — puxo meu livro de suas mãos e coloco na cômoda. O mesmo me analisa com um sorriso que não consigo decifrar.— A sutil arte de ligar o foda-se, sério? Não faz muito o estilo de princesa…— Primeiro o livro é muito bom e segundo eu não sou nem uma princesa, até queria ser mas infelizmente não foi dessa vez, quem sabe numa próxima? — me olhou com cara de tédio, que não permaneceu por muito tempo, já que logo voltou a falar.— Então quer dizer que a princesa sofreu um acidente? — reviro os olhos com sua fala carregada de deboche.— Não foi acidente! — respondo penteando os cabelos. — Papai não acreditaria, mas tenho certeza que meu carro foi jogado da estrada.— Você estava bêbada pode ter imaginado isso.— Alôô, aquela não
Christopher dispara em passos largos, acredito que fosse para chegarmos logo no carro que estava no meio do grande estacionamento.— Dá pra andar mais devagar? — dou um gritinho, ofegante enquanto tento alcançá-lo.— Estou andando no meu normal!— É sério? — paro colocando a mão na cintura. — Olha o tamanho das suas pernas. — ele olha pra baixo. — Olhou? Agora olha o tamanho das minhas pernas, sem contar que andar rápido de salto é muito difícil.Chris solta um suspiro entediado. — Então tira os saltos princesa.— E andar descalço nesta terra? Não obrigada. — Chris caminha até minha, abaixa um pouco e me pega pelas pernas me jogando no seu ombro. — Chris o que tá fazendo? Ficou louco?— Resolvendo o nosso problema.— Christopher Williams me coloca no chão agora. — distribui tapas pelas suas costas.— Falar como minha mãe não vai adiantar