Christopher dispara em passos largos, acredito que fosse para chegarmos logo no carro que estava no meio do grande estacionamento.
— Dá pra andar mais devagar? — dou um gritinho, ofegante enquanto tento alcançá-lo.
— Estou andando no meu normal!
— É sério? — paro colocando a mão na cintura. — Olha o tamanho das suas pernas. — ele olha pra baixo. — Olhou? Agora olha o tamanho das minhas pernas, sem contar que andar rápido de salto é muito difícil.
Chris solta um suspiro entediado. — Então tira os saltos princesa.
— E andar descalço nesta terra? Não obrigada. — Chris caminha até minha, abaixa um pouco e me pega pelas pernas me jogando no seu ombro. — Chris o que tá fazendo? Ficou louco?
— Resolvendo o nosso problema.
— Christopher Williams me coloca no chão agora. — distribui tapas pelas suas costas.
— Falar como minha mãe não vai adiantar
Chris e eu decidimos almoçar no haras mesmo, já que não havíamos comido antes de sair de casa, quer dizer eu não havia comido, porque o Chris sim, mas já que estávamos aqui iríamos aproveitar.— A gente podia cavalgar né?Me engasgo com o suco que estava bebendo, parece que Chris tem o dom de me fazer engasgar, meu Deus.— Como eu já te falei, nunca toquei num cavalo quanto mais cavalgar então não vai rolar.— Ah qual é deixa de ser chata. — reviro os olhos com tamanha petulância.— Christopher, eu não sei andar de cavalo. — falo pausadamente— Você vem comigo ué, a gente divide o cavalo.— Aja paciência, meu Deus. — levanto batendo a sujeira da calça. — Tá que seja, vamos logo.— Eu sabia que você ia topar. — sorriu vitorioso pegando em minha mão e me puxando pro estábulo.Chris sorriu abrindo a baia.—
Nessa última semana muita coisa mudou, Chris parou mais de ser arrogante, Letícia e eu nos aproximamos bastante, tenho visitado o haras com frequência e devo dizer que até troquei os saltos por tênis e por fim houve melhora significativa em Estrela o que é muito bom, se levarmos em conta o fato que me sinto ligada a ela desde o primeiro dia em que a vi.— Tá pronta princesa? — e não, ele não parou de me chamar de princesa.— Eu já nasci pronta, meu bem.— Mantenha a respiração controlada, ele vai seguir os seus comandos. Tenta não puxar muito as rédeas e também não afrouxa muito. — disse Jordan, eu iria montar pela primeira vez. — Vai.Após o comando de Jordan sussurro um "vamos garoto" e o Trovão começa a correr, me assusto com sua voracidade e puxo as rédeas, acredito que não deveria ter feito isso porque trovão ficou muito alvoroçado, empinou relinchando, eu até tentei me segurar mais não consegui, sendo assim fu
— Não, não e não Melissa. — disse Chris mais uma vez tentando fugir da minha ideia de ir até Cambridge, uma cidade vizinha, comprar morangos. — Definitivamente não.— Por favor Chris, nunca te pedi nada. — falei manhosa com carinha de cachorro que caiu da mudança.— Você é insuportável cara!— Isso é um sim?— Vamos logo antes que eu me arrependa. — sorri vitoriosa.— Aiiii você é demais Chris. — pulo em seus braços. — Precisamos avisar a vovó antes.— E que fique claro, você me deve uma.— Tudo o que você quiser. — percebo um sorriso nos lábios de Chris. — Bom nem tudo...No caminho liguei para vovó Selena e avisei o que iríamos fazer, ela disse que éramos loucos e que não havia necessidade para isso. Mas como eu disse a missão das comidas foi designada a mim e eu não deixaria ninguém tomar o meu lugar.Foram aproximadamente uma ho
Acordo assustada percebendo que já eram oito e meia da manhã, totalmente fora dos planos já que o festival era amanhã e Chris e eu tínhamos várias receitas para fazer. Tomo um banho rápido e desço para a cozinha.— Acordou cedo hoje. — diz vovó lendo seu jornal matinal.— Fora do ideal. — respondo mal humorada.— E qual seria o ideal? — desviou a atenção do jornal, tirando os óculos olhando para mim.— Umas seis ou sete… até a senhora já vai sair, tá vendo. — digo ao nota-la bem arrumada.— Tenho um compromisso com as damas.— Vovó qual é o quarto do Chris?— O da frente do seu querida.— Não brinca? — digo extasiada, a semanas estou aqui e nunca vi esse bendito quarto.— Ele não costuma fazer barulho, por isso nunca notou. Mas me diga o que quer com seu tio a essas horas?— Acordar ele vovó, temos muita coisa para
Com o amanhecer do dia, Lety mandou alguns rapazes buscarem as comidas feitas por mim e Chris, e pelo que eu soube já estava acontecendo o festival. Mas nós não podíamos ir ainda pois tínhamos que esperar papai chegar de Londres.Sentada no sofá lendo After, ouço a porta da frente abrir, levanto as visitas olhando e vejo por ela passar meu pai exibindo seu típico terno preto, rodando seu rolex no pulso. Sua clara reação de ansiedade. Desvio meus olhos da porta e volto a focar no livro à minha frente.— Obrigada. — essa voz eu conhecia, olhei novamente pra porta e vejo Chloe adentrar a mesma.— Ai meu Deus, Chloe… — corro em direção a mesma abraçando-a. — Que saudades.— Saudades também minha amiga.— Que tal um abraço em
— Não Chris, eu não vou cantar. — digo após escutar a ideia absurda de Chris.— Eu já escutei sua voz, você canta bem.— Não, Chris.Vejo Lety e Chloe se aproximando da gente.— Chloe me dá uma ajudinha aqui? — disse Chris assim que viu minha amiga. — Tenta convencer sua amiga teimosa a cantar.— Canta amiga, sua voz é linda!— Canta mesmo Melissa, eu nunca ouvi você cantar.— E nem vai ouvir... — vejo Chris pensativo que em seguida olha para mim sorrindo.— Se você cantar e ganhar essa competição eu te levo numa balada. — um fio de esperança brotou em mim.— Você disse pra eu parar com isso de ganhar ou perder e foc
A semana passou rápido, logo estávamos no sábado, não preciso nem dizer que a ansiedade bateu a mil.Chris como bem havia prometido me levaria a uma balada, não sei como são as baladas daqui mas acho que não muito diferente de Londres. Sair um pouco me faria bem, dançar, escutar música e quem sabe até beber um pouco.Desço as escadas e avisto Chris com um terno preto, modéstia parte extremamente sexy.— Acho que alguém me deve uma baladinha. — digo comendo brigadeiro de colher.— A noite Melissa… a noite. — disse arrumando o relógio no pulso. — Tá comendo o que?— Brigadeiro. — entreguei a colher para que o mesmo experimentasse. — Usando terno, olha ele em. — disse o analisando de cima a baixo.&
Quando os lábios de Mel tocaram nos meus de primeiro instante não tive reação, mas quando me dei conta do que estava acontecendo tratei imediatamente de tomá-la contra mim. Não sou louco, e nem cego Melissa não é mais uma criança, ela já é uma mulher, muito gostosa por sinal. Vejo como os caras a olham, e durante esse pouco tempo teria-a para mim, só para mim.Tenho certeza que se não fosse por todas essas pessoas que serviam de plateia para nós, eu teria arrancado as roupas de Melissa e fodido com ela ali mesmo, sem nem ao menos lembrar que somos tio e sobrinha.Não sou idiota a algum tempo já percebi que não sou o mesmo com Melissa por perto, gasto meu tempo tentando impressiona-la, mesmo tornando-me uma pessoa da qual não gosto, um cara arrogante e debochado, tudo para chamar sua atenção.