Adonis — Dá pra acreditar que foi aqui que tudo quase começou entre a gente? — Agnes pergunta depois de um beijo para lá de gostoso. Beijo a sua testa e aspiro o seu cheiro, na pele do seu pescoço. — Aquela noite foi esquecível, Agnes, não me lembro de nada daquela noite — digo fazendo graça, ao pé do seu ouvido. Ela rir do meu comentário. — Tá, mas se não fosse aquela noite não teríamos tentado — insinua. Mordo levemente a pontinha da sua orelha e ela geme. — Fale por você, meu amor, por que eu de alguma forma tentaria. — Ela se afasta para me olhar nos olhos. Eles têm um brilho atrativo. — Safado! — Ela diz sem emitir som. Sorrio travesso e a puxo para mais um beijo. Minutos depois, as nossas bebidas chegam e a nossa noite animada começa pra valer. Observamos o Oliver e a Flávia dançando enquanto distribuímos carícias leves um no outro. É um tal de beija aqui e uma mão boba ali, sussurros e promessas. A Agnes fora do seu terreno de segredos é bem diferente. Ela é audaciosa, cari
Agnes Meu mundo floriu completamente. Desde que assumimos o nosso relacionamento para a Kell e para todos os que nos rodeiam, pude constatar que todos os meus medos não tinham fundamentos. Adonis é tudo aquilo que sempre quis para mim e para minha filha. A atenção de um verdadeiro pai, o carinho e a devoção que ele oferece a ela, chega a ser palpável. É linda a ligação que existe entre eles, e não sei, às vezes me pego enciumada, é bobo, não é? Contudo, quero a atenção dos dois só para mim. Pego-me sorrindo quando penso que segui para fora do meu quarto, com todo aquele cuidado para mantê-la saudável e sã diante do fato de eu ter dormido com um homem em minha cama foram frustrados. Pergunto-me como e, porque ela acordou tão cedo e o que a fez ir direto para a porta do meu quarto? Kell é inteligente demais, esperta demais e definitivamente não tenho como esconder qualquer coisa dela. Do último degrau da escadaria, consigo sentir o delicioso cheiro do café da manhã. Tem um cheiro forte
Agnes Nosso passeio chegou à etapa final, quando chegamos ao zoológico e a Kell pareceu surpresa de várias maneiras. Em cada jaula, em cada cercado de animais, olhando as árvores e o lago improvisado. Ela realmente não sabe para aonde ir e isso é engraçado. O seu encanto maior acontece quando chegamos ao cercado dos ursos pandas, nesse, ela fica longos minutos olhando e falando sem parar e na hora do algodão doce, temos mais uma bagunça.— Papai feio, comeu tudo! — Ela resmunga fazendo bico.— Eu te disse que ele era guloso — digo segurando o riso. Ela me mostra o palito franzindo a testa.— Mas não plecisava comer tudo de uma vez — resmunga emburrada. Adonis gargalha.— Ok, fecha os olhos, fadinha abusada. — Ele pede com um sorriso travesso. E mesmo estando chateada, ela faz o que pediu. — Não pode abrir até eu mandar em! — ele pede. A baixinha birrenta suspira. Não demora e ele se senta ao lado dela no banquinho. Eu faço um gesto, pedindo que espere um pouquinho mais e pego o meu ce
Adonis Kappas Desde menino, quando eu assistia o meu pai na cozinha de um grande restaurante me encantava com a sua sabedoria e imponência. O ar de um grande rei. Ele mandava e desmandava naquele lugar e todos lhe obedeciam sem contestar as suas ordens, como se ele fosse a maior autoridade ali, mas o que me impressionava mesmo era a mágica dos pratos, a forma e o cuidado com que eram montados, a elegância, o poder, o aroma. Não tive a menor dúvida, logo soube que um dia eu seria como ele. Eu seria um grande chef. Ando pelo ambiente semiescuro e empoeirado e chego a sonhar acordado com a transformação do lugar. Me desculpe a falta de educação, me chamo Adonis Kappas, sou descendente de grego, mas moro no Brasil desde que me entendo por gente. Tenho 30 anos e passei uma boa e longa temporada na Itália. Sim, foram cinco anos longe do meu amado país. Mas essa é uma história muito longa e que talvez… Eu disse talvez, eu conte para vocês. Sou o tipo de cara vaidoso. Eu malho muito, cuido b
Agnes Ferraço A porta do quarto se abre e eu a vejo através do reflexo do espelho. Kell está vestida como a fada Periwinkle, a fadinha do gelo do filme da Tinker Bell. Ela tem uma fascinação emocionante por estes personagens. A menina arfa encantada quando me vê.— Mamãe, você está muito linda! — diz em um tom surpreso demais. Sorrio.— Obrigada, Periwinkle! Você também está muito linda! — digo me virando de frente pra ela. Kell vem ao meu encontro, eu me agacho ficando do seu tamanho e a beijo no rosto.— O papai está aplessado. Ele pediu pala ver se você já terminou — confessa.Sorrio.— Ele está mais calmo? — inquiro. Ela suspira.— Tia Flávia disse que ele vai subir pelas paledes.— Uou! Então é melhor irmos logo — digo. Ela sorri e segura a minha mão e nós saímos do quarto.***Quinze dias… Foi os dias mais loucos da minha vida. O Adonis quase não dormiu preocupado com os mínimos detalhes da inauguração do seu bistrô. A Flávia e o Oliver tomaram um chá de sumiço por uma semana
Agnes A porta do quarto se abre e eu a vejo através do reflexo do espelho. Kell está vestida como a fada Periwinkle, a fadinha do gelo do filme da Tinker Bell. Ela tem uma fascinação emocionante por estes personagens. A menina arfa encantada quando me vê.— Mamãe, você está muito linda! — diz em um tom surpreso demais. Sorrio.— Obrigada, Periwinkle! Você também está muito linda! — digo me virando de frente pra ela. Kell vem ao meu encontro, eu me agacho ficando do seu tamanho e a beijo no rosto.— O papai está aplessado. Ele pediu pala ver se você já terminou — confessa.Sorrio.— Ele está mais calmo? — inquiro. Ela suspira.— Tia Flávia disse que ele vai subir pelas paledes.— Uou! Então é melhor irmos logo — digo. Ela sorri e segura a minha mão e nós saímos do quarto.Quinze dias… Foi os dias mais loucos da minha vida. O Adonis quase não dormiu preocupado com os mínimos detalhes da inauguração do seu bistrô. A Flávia e o Oliver tomaram um chá de sumiço por uma semana inteira e qua
Agnes— Claro. — Dou uma última olhada no trio parada dura do outro lado do salão. Flávia literalmente entrou no meio do abraço daqueles dois e deixou a garota meio sem jeito. Sorrio. Quando eu crescer, eu quero ser igual a você. Penso rindo por dentro. A noite segue glamorosa, como Adonis havia imaginado. Os comes e bebes, a música agradável, a dança lenta e envolvente no meio do pequeno salão em forma de um círculo. Tudo está exatamente como ele planejou.— Parabéns, meu amor! — digo enquanto ele embala o meu corpo junto ao seu em uma dança lenta. — Está tudo tão perfeito. — Ele sorri.— Está, não é? O meu pai ia amar tudo isso aqui! — Ergo a cabeça para encontrar os olhos negros, brilhantes e melancólicos.— Você nunca fala sobre ele. Sobre o seu pai — falo. Ele puxa uma respiração e me beija.— Terá que esperar o momento certo — Ele diz. Eu simplesmente não entendi o que ele quis dizer com isso. — Obrigado por me ajudar, por fazer parte disso — Ele sussurra bem perto da minha boca
Flávia Não sei se estou mais besta com o descaramento do Adam ou com a menina super poderosa da Agnes. Gente, agora acredito que mãe vira leoa quando se trata dos seus filhotes. Deixe-me dizer o que aconteceu para vocês não pensarem que sou doida, porque doida eu não sou. Fizemos uma visita surpresa ao capeta dentro do seu próprio inferno. Já fez travessuras no inferno? Enfrentou o próprio diabo alguma vez na vida? Pois é, nós fizemos. O filhote de capirú negou ter envolvimento no desaparecimento da menina e eu particularmente não acreditei muito nisso, embora eu tenha provocado o infeliz até às últimas. O que eu fiz? Conto não, deixarei vocês na curiosidade… Há! Peguei vocês! Descobri que o falido estava leiloando algumas peças de cristais valiosíssimas. O que posso dizer? Não resisti. Cada peça que eu quebrava o homem parecia ir ter um troço, pena que não teve. Só não ri porque precisava ficar séria, mas foi tão bom atormentar o capeta! Foco. A Agnes enfrentou o homem de um jei