Vincet tinha reparado que Alicia estava em silêncio, como se estivesse perdida em pensamentos. Caminhava ao lado dele com as mãos entrelaçadas e os dedos entrelaçados e o olhar perdido no movimento da maré cintilante perto deles, sem lhe prestar atenção. Ele não a forçaria, sentia que era importante o que ela lhe ia dizer e estava ansioso por isso, afinal ela tinha mostrado bastantes progressos nas terapias com o médico.–Gostas?– perguntou, quebrando o gelo entre eles.Alicia saiu dos seus pensamentos e virou a cara para Ceo. As suas bochechas coraram visivelmente e Vincet ergueu uma sobrancelha, ainda mais interessado no que ela tinha para dizer.–Este lugar é realmente tranquilo. Diz–se que se um casal passear nestas areias quando a maré está a brilhar, tem a garantia de anos de felicidade e estabilidade.A isso, Alicia soltou um ligeiro bufo.–Não vos imagino a acreditar nestas lendas urbanas.–Porque não – levantou os ombros despreocupadamente – sou um homem sério mas moderno que
O rosto de Alicia estava escondido na curva do pescoço de Vincet, enquanto os seus braços envolviam o pescoço dele e as suas pernas apertavam a sua cintura. As mãos dele seguravam perigosamente o peso dela nas coxas, mas estavam quase a chegar às nádegas, onde certamente gostariam de estar. Os seus seios unidos tinham os batimentos cardíacos sincronizados a latejar tão alto que ambos conseguiam ouvi–los.Desde o momento em que ela lhe dissera que queria fazer sexo com ele, tudo tinha acontecido tão depressa, tão depressa que ela não se lembrava de quando ele a tinha levado para o carro, conduzido até ao apartamento com a mão na coxa dela, como se temesse que ela pudesse fugir naquele momento. Era como se ele quisesse mesmo dormir com ela naquele momento. Alicia tinha até reparado na protuberância das calças dele, dando–lhe a entender a ereção ali escondida, e isso tinha–a feito engolir em seco ao lembrar–se do seu tamanho. Ia doer de certeza, mas depois... ia saber bem.Assim que cheg
Alicia tapou a boca, quase mordendo a mão dele, numa tentativa de reprimir os gemidos que saíam dela. Todo o seu corpo se inclinava para a frente e ela tremia, incapaz de parar as sensações que a percorriam, provocadas pela cabeça do homem entre as suas pernas e devorando o seu sexo com uma fome que a atordoava.Ela podia sentir a língua de Vincet a percorrer–lhe o sexo, lambendo–lhe o clitóris inchado e palpitante e depois chupando–o entre os lábios com força, fazendo saltar de excitação todas as fibras do seu corpo, enquanto os seus dedos compridos e grossos se aprofundavam na sua entrada apertada, sondando as paredes sensíveis, esticando–as para tornar a penetração o menos dolorosa possível. Um líquido espesso e quente escorria–lhe pelos dedos, escorrendo do pequeno buraco onde Vincet se queria enterrar completamente.Ele tinha a certeza de que perderia o controlo de si próprio quando a provasse com o seu membro, as paredes apertadas seriam deliciosas à sua volta, apertando–o e bom
Alicia fechou os olhos e ficou tensa quando sentiu o seu corpo a ser lentamente aberto. Vincet tinha passado a glande quente pela abertura dela antes de começar a introduzir–se lenta mas firmemente. E ele não estava a mentir se dissesse que doía, porque doía.Era normal, dada a diferença de tamanho entre eles. Pelo menos ele foi atencioso e não enfiou tudo de uma vez, embora ela não soubesse o que fazer, porque sentia mesmo o corpo todo a latejar, especialmente o seu sexo.Sentiu a carícia de uma mão na sua cara que lhe limpou uma das lágrimas que lhe corriam do lado do olho, o que as fez abrir um pouco.–O rosto de Vincet também estava tenso.Alicia não acenou com a cabeça, mas também não o negou. Sentiu que, se dissesse que lhe doía, ele pararia e tudo acabaria, e ela não queria isso. Levantou ligeiramente os braços como que a pedir–lhe que a abraçasse e ele compreendeu, porque se inclinou para lhe depositar um beijo na testa enquanto ela o abraçava e as suas unhas se cravavam na pe
Dizer que ela estava exausta e dolorida era um eufemismo para o que Alicia sentiu no momento em que abriu os olhos naquela manhã. Não era de se admirar que Vincet estivesse louco para fazer sexo com ela, ele havia provado isso a ela a noite toda... como diabos se podia ter tanta luxúria acumulada?Porque sim.Ela tinha pensado, erradamente, que só o facto de o fazer uma vez era o fim. Tinha–se sentido muito bem, mas cansada e um pouco dorida, embora, para dizer a verdade, depois da primeira vez, sentisse que não estava completamente satisfeita ou que era uma sensação que não conseguia explicar.Mas para isso não havia qualquer problema. Quando deu por si, já estava de barriga para baixo, com as ancas levantadas e o membro de Vincet estava de novo dentro dela, batendo nas suas paredes sensíveis e fazendo–a gemer como louca contra a cama. E assim foi, de novo, levando–a para o topo e derramando–se sobre a cama, deixando as suas costas cheias de marcas de beijos e os seus ombros com mord
Alicia não conseguia esconder o sorriso que tinha no rosto... estava mesmo feliz. Olhava para as três folhas de papel com os resumos do ano das três disciplinas que estava a frequentar e com elas tinha ganho, para além do certificado de ouro, a possibilidade de conseguir um bom emprego. Não se pode dizer o mesmo de muitos dos seus colegas, alguns dos quais tinham rostos compridos, mas... ela tinha–se esforçado apesar da sua situação e este era o resultado.Pareces feliz– a voz ao seu lado fê–la estremecer e ela desviou o rosto. O sorriso no seu rosto desvaneceu–se.–Christian– murmurou ela.–Quero falar contigo quando a aula acabar– disse ele, apenas para receber um olhar negativo da cabeça dela.Alicia falou baixinho porque não queria fazer uma cena.–Desculpa, mas não temos nada para conversar, e muito menos sozinhos– ela já sabia muito bem como todas aquelas vezes tinham terminado.Não gostou do brilho negro nos olhos de Cristian, que se inclinou sobre a mesa, chamando já a atenção
Alicia acabou de fazer o jantar e olhou para fora da cozinha na direção da escada. Naquela tarde, Vincet regressara com uma careta de dor e limitara–se a dar–lhe um beijo rápido nos lábios antes de desaparecer no seu gabinete. Lukas acenou–lhe e depois desapareceu no escritório.Algum tempo depois, ouviu o som de vidros a partirem–se no piso superior e estremeceu. Até empalideceu e vieram–lhe à cabeça recordações que não queria. Fechou os olhos e encostou–se à parede da cozinha, respirando pesadamente.Depois lembrou–se das terapias com Juliana e de como ela lhe tinha dito para tentar controlar estes ataques. Agarrou as mãos ao peito e tentou respirar fundo e parar o tremor do seu corpo. No início foi difícil, mas aos poucos foi–se acalmando e ficou exausta.Ela sabia que Vincet não lhe faria nada, mesmo que estivesse aborrecido, mas apesar do conhecimento e das terapias, os medos do passado não podiam ser descartados tão facilmente.Uma hora depois, Lukas tinha descido com um ar séri
–Estás mais calma agora?– foi a pergunta de Ceo ao sentir que o batimento cardíaco de Alicia estava muito mais calmo do que antes. E ele esperava que sim, porque não tinha gostado da expressão de medo que ela lhe tinha dado.Alicia demorou a responder até que, alguns segundos depois, se sentou com os olhos e as bochechas vermelhas. As suas pálpebras estavam ligeiramente inchadas. Vincet acariciou–lhe a face, limpando–lhe a humidade.–Pensaste que eu te ia fazer alguma coisa?– perguntou ele num tom baixo e sorrindo ligeiramente.Alicia abanou a cabeça lentamente.–Sinto muito.–Não tens de pedir desculpa. Devia ter tido mais cuidado– a violência de qualquer tipo desencadeava episódios desses, que não eram nada bons, –Vieste avisar–me do jantar, não vieste?Desta vez, Alicia acenou com a cabeça.–Bem, vamos comer. Vamos ver um filme ou, se quiseres, podemos fazer sexo– perante as palavras dele, as faces dela coraram e ele deu–lhe um beijo rápido nos lábios perante a sua não recusa.E, d