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Juliana entrou na sala devagar e sem fazer barulho para não assustar a rapariga que estava escondida a um canto e que apertava as pernas contra o peito e escondia a cara entre os joelhos. Parecia tão pequena e era uma visão mais familiar para ela do que a maioria pensaria.

Aproximou–se de Alicia depois de ouvir o homem do outro lado da porta afastar–se e sentou–se sobre os calcanhares à frente dela. Sem formar a distância, sem invadir o espaço pessoal da rapariga.

Ele tinha estudado o caso dela e lido o seu relatório várias vezes. Não era assim tão complicado lidar com ela se se seguisse o caminho certo, pelo menos ela não estava sozinha, no entanto, era preciso trabalhar muito. A começar por Alicia, que estava a lutar, mas não sabia como o fazer.

–Juliana chamou–a num tom que tinha estudado durante anos e que ajudava a acalmar os seus pacientes: –Alicia, olá.

A rapariga levantou ligeiramente a cabeça e os seus olhos vermelhos encontraram os do médico. Estavam desfocados, como se esti
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