Com todo o procedimento realizado em sua segunda tentativa de inseminação artificial, Adelle finalmente fez o exame de sangue para saber se já podia comemorar uma gravidez. Ligaram da clínica muito cedo, informando que o resultado estava pronto e que o médico iria atendê-la caso pudesse ir para lá, seria a primeira paciente do dia.
Adelle chegou rápido, tamanha sua ansiedade, o médico a recebeu com um sorriso, que dispensou qualquer palavra para a advogada. Ela o abraçou, estava imensamente feliz, pois como ele mesmo havia dito, Ade era bastante saudável e fértil, não tinha porque apresentar qualquer dificuldade em engravidar ao fazer o tratamento. Ele repetiu as mesmas orientações feitas na primeira vez, ao que Ade ouviu atenta.
A advogada saiu radiante, ligou para Donna, que já estava na Coffee Drinks com o marido, para em seguida irem trabalhar, ligou para
Embora a investigação dos assassinatos do caso Ceifador de Anjos não caminhasse, os detetives comemoravam o fato de terem ao menos descoberto o nome da moradora de rua, pois através do seu DNA a identificaram no sistema como Jessica Allen, a mulher que enquanto criança, esteve em setes lares adotivos e ao que parecia, havia fugido do último, ainda novinha, desde então, não houve mais registros sobre ela. Significava que apesar de viver na rua, a mendiga não se metia em confusões ou então fugia antes de ser pega. Ramona e Christopher torciam para que ela tivesse mantido algum contato com uma dessas famílias, quem sabe soubessem de algo que pudesse colaborar com a investigação. Foram atrás de todas as sete, conheceram os muitos pais, mães e irmãos que a pobre mulher teve durante sua infância e adolescência. Algumas dessas pessoas não puderam encontrar, pois ou tinham falecido ou mudado de Los Angeles, mas todos aqueles com quem falaram em nada puderam colaborar. Os res
Vincent e Donna passaram a tarde juntos e enrolados entre os cobertores. Ela não queria que aquele momento acabasse nunca, ali podia esquecer que no dia seguinte ele viajaria.Mesmo quando começaram a sentir fome, Vince não a deixou sair da cama, pois encomendou um jantar leve por telefone e comeram no quarto enquanto riam a assistiam um programa de TV qualquer.Puseram uma comédia para assistir, pois ambos queriam rir, nada de dramas e tristeza. Quando o filme acabou, já passava das vinte e duas horas e o casal estava completamente sem sono. Vincent se ofereceu para fazer um lanche para eles, para comerem enquanto assistiam outra comédia. Donna aceitou de imediato.Depois de alguns minutos, Vincent subiu com uma bandeja com dois lanches prontos, alguns biscoitos e umas torradas já com pasta de amendoim, além de dois copos grandes de chá quente.Sentou ao lado dela e deu play no filme
Quando Donna acordou já passava das oito da manhã, quando ela e o marido há muito deveriam ter tomado café para irem à igreja, mas como foram dormir muito tarde perderam a hora.Vincent dormia ao seu lado, um sono tranquilo e profundo. Ficou olhando para ele por alguns minutos, a beleza dele sempre a impressionava, mesmo ali de olhos fechados e sem aquele sorriso lindo, sua face se mostrava muito bela e sua expressão, bastante serena.Aquele homem sempre a fez tão feliz, fosse nos grandes como também nos pequenos momentos. Impossível não o amar, não o admirar e não ser louca por ele. Donna não podia imaginar sua vida sem ele, os seis meses que viriam seriam muito difíceis, ela sabia que a saudade a faria sofrer muito.Para deixá-lo dormir um pouco mais, Donna desceu para preparar um café da manhã especial para o marido, afinal, podiam atrasar al
Donna ainda não tinha falado com Vincent desde que ele viajou, a diferença de fuso horário não colaborava para que ambos estivessem disponíveis no mesmo horário, pois a diferença era de quase oito horas. No entanto, nessa segunda-feira ela não estava mais ansiosa por falar com ele, pelo contrário, receava ver a reação dele, não queria vê-lo abatido ou sofrendo, mas sabia que era impossível evitar.Enquanto para Donna, em Los Angeles, eram dez horas da noite, para Vincent em Chade, já eram seis horas da manhã de terça. Para eles, o momento perfeito para se falar.Donna estava deitada na cama, tentando achar as palavras que ia usar para contar o que aconteceu para o marido, quando ouviu o toque do convite para uma conversa de vídeo vindo do seu notebook, puxou ele para mais perto e aceitou a chamada de Vincent.— Oi, amor — ele f
Donna esperava impaciente no aeroporto, o voo de Vince já tinha chegado, então a qualquer momento ele iria apontar no meio daquela multidão.Não demorou e ela viu Vincent acompanhado pela equipe, todos estavam muito diferentes de quando partiram. Todos os homens estavam com barba, Jhoe estava até com o cabelo mais comprido, usando um pequeno rabo de cavalo, as biomédicas também estavam vestidas de forma mais despojada, seus cabelos aparentavam ter sido presos às pressas, pois não estavam penteados.Vincent se despediu dos colegas que acenaram para Donna em um cumprimento para depois seguirem em direções diferentes, enquanto ele foi ao encontro da esposa, que não podia mais esperar, então correu para ele fazendo-o soltar sua mala e o carrinho do aeroporto que ele usava para transportar um caixote de madeira de tamanho considerável.— Achei que eu não fos
Embora tivesse certeza da gestação, Donna fez o exame de sangue acompanhada por seu marido, que a todo tempo tentava conter a ansiedade dela. Donna se sentiu a mulher mais feliz do mundo ao confirmar que estava grávida, não havia mais dúvidas para ela e seu marido. Vincent ficou imensamente feliz com o resultado.A certeza de que seria pai o entusiasmou, sua família iria aumentar! Vince não conseguia imaginar nada melhor que isso, precisavam comemorar.As primeiras pessoas para quem Donna fez questão de contar foi para seu irmão e sua cunhada, que depois de saberem das intenções dela de engravidar, ficaram no seu pé questionando para quando era a vinda de seu sobrinho ou sobrinha, coisa que eles queriam muito.Para os demais amigos, a boa notícia se manteve em segredo, de forma que foi dada pelo casal somente em um almoço realizado na sua casa, para o qual comparece
Dava para contar nos dedos quantas vezes Donna se deu ao trabalho de descer até ali, pois sempre que precisava de algo que estivesse nesse espaço, Vincent ia buscar, o que era ótimo, pois porões estavam longe de ser seu lugar preferido para ficar. Até mesmo a limpeza o marido fazia, dizia que era pelo fato de ter no lugar alguns produtos químicos que poderiam desencadear num acidente se não se tomasse o devido cuidado.Donna notou como era espaçoso ali, além de ter muitas caixas também, o que atraiu o seu olhar instantaneamente. Percebeu que encontrar os pertences da irmãzinha de Vince seria mais difícil do que ela imaginou, mas precisava começar por algum lugar. Ao desviar o olhar das caixas se deparou com uma escrivaninha que estava um pouco à frente de uma estante lotada de livros, mas ela parecia estar torta, sem pensar, foi até lá para conferir.Do
Já era noite quando Donna despertou, esteve a maior parte do tempo sedada, pois os medicamentos usados para acalmá-la antes do parto ainda estavam em seu organismo. Levou alguns segundos para perceber que estava no hospital, embora os pensamentos ainda estivessem bem confusos, lembrou do que viu no porão, o que lhe causou uma dor profunda emocionalmente.A terrível lembrança a fez levar as mãos à barriga, lembrou das dores agudas que sentiu ao sair de sua casa, entendendo que entrou em trabalho de parto. Sua filha já tinha nascido, mas não estava ali, onde estava? Pensou no marido, ele podia estar com ela. Esse pensamento a desesperou. Tentou levantar, nem sequer conseguiu sentar, pois não sentia suas pernas, provavelmente porque ainda estava sob efeito da anestesia usada para fazer a cesariana.Vincent, que estava sentado em uma poltrona no canto do quarto, longe do campo de visão da sua espo