Ainda em Blumenau | SCFernandaNo dia seguinte, bem cedo, acompanhei o Pietro até o local onde seria a tal reunião. Enquanto ele conversava com diversos executivos, muito distintos, mas todos com uma pinta de mafiosos e tinha um em especial que me causou até arrepios, e a pior sensação que alguém poderia sentir. Enfim, após horas e horas tomando cafezinho, folheando diversas revistas de moda, fofoca e toda futilidade de um modo geral, a porta onde estavam reunidos é aberta, e por ela surge o meu príncipe italiano, sorridente e esbanjando beleza por onde passava. Ele se aproxima da poltrona onde eu estava sentada, me dando um selinho e sorrindo me diz que conseguiu fechar o negócio. Fico imensamente feliz por ele, mas após sairmos do edifício empresarial a minha ficha caiu e parece que uma nuvem negra pousou sobre a minha cabeça. Eu murchei na mesma hora que lembrei, que hoje era a nossa despedida. Por Deus, porque foi tanto me afastar do Pietro? Por quê tinha que ser assim?Estava
Manhã do dia seguinte...FernandaApós passar a noite e madrugada praticamente em claro, chego a conclusão que de nada adiantaria permanecer naquele estado de paralisia e que por mais que eu me lamentasse nada mudaria. Eu havia tomado a decisão que mudou a minha vida por completo e agora já não tinha mais volta. Então, decido levantar da cama e dar continuidade na minha vida. Não foi o Luan, com quem decidi ficar? Então, assim será e tudo o que tenho a fazer é erguer a minha cabeça a seguir com o meu destino. Abro as cortinas blackout do meu quarto, deixando que a luz do Sol adentrasse através da janela de alumínio, e iluminasse um pouco aquele cômodo, já que por dentro, eu era só escuridão e tristeza por saber que nunca mais terei o Pietro ao meu lado, e tudo isso, por minha própria vontade."Estúpid#! Burra#! Como pôde ser tão idiot#, Fernanda, e deixar se esvair pelas mãos a sua felicidade?"Me espraguejando sigo para o banheiro e tomo um bom banho frio, afim de despertar de uma ve
FernandaChego na casa do Luan bufando de ódio, empurro a porta com força buscando por ele, que estava na cozinha falando ao telefone com alguém bastante animado, mas assim que me ver chegar finaliza a ligação e vem em minha direção tentando me abraçar, e mais do que depressa eu o empurro. Coloco a sacola com pães em cima do sofá e enquanto isso ele me olha espantado, cruza os braços e me encara alterando a voz. Eu não suportava esse jeito prepotente e grosseiro do Luan. Sinceramente eu poderia esperar tudo dele, menos que se torna-se um cara tóxico desse jeito.— O que aconteceu, Fernanda, que bicho te mordeu para entrar na minha casa desse jeito e me tratar assim? — ele fala com um olhar agressivo e vem para cima de mim tentando me segurar pelo cabelo, mas novamente o empurro com força e o afasto de mim— Como você é sinico e sonso. Se tem alguém aqui que deve dar alguma satisfação, é você. — grito mais alto e ele se faz de desentendido "Merda! Além de grosseiro, ainda é sonso? Que
Fernanda Eu estava tão desnorteada quando sai da casa do Luan, que fiz sinal para o primeiro ônibus que vi pela frente e quando dei por mim, lá estava eu, sentada de frente ao mar, no mesmo lugar onde Pietro ficava quando precisava pensar.Minha cabeça estava fervilhando, eu me sentia zonza e ainda não conseguia entender como cheguei na casa do Luan e menos ainda, o real motivo de eu estar dormindo no sofá dele. Mesmo a minha roupa estando intacta, e eu usar as mesmas peças íntimas que sai de casa, eu ainda tinha a sensação de que tudo foi real, que ele me agrediu e realmente tentou me violentar. Mas, o que não encaixava de jeito algum na minha cabeça, era que o único sinal de que isso tivesse acontecido, seria um leve machucado no canto da minha boca. Contudo, nada disso poderia provar absolutamente nada, há não ser que eu tivesse outras marcas e escoriações pelo corpo, o que não existia em lugar algum.Pelo visto nada daquilo aconteceu e a conduta do Luan continua intacta, assim co
FernandaTudo aquilo que eu ouvi e constatei com os meus próprios olhos, só serviu para me deixar muito mais confusa do que eu já estava. Porém, eu não tinha tempo para buscar respostas, de como havia desaparecido por uma semana e ainda por cima, sequer me lembrava que isso realmente havia acontecido. Parece que fizeram uma lavagem cerebral na minha cabeça, porque é impossível que aconteça isso com alguém em sã consciência. Mas, isso tudo eu resolveria ou tentaria compreender depois, pois naquele momento eu precisava tomar um banho e me arrumar para encontrar com o senhor Antônio, e desfazer de uma vez por todas a decisão que havia mudado a minha vida completamente.Sigo para o banheiro mais que depressa e vou logo me livrando das minhas roupas. Abro a porta do box, entro e assim que a água fria do chuveiro começa a cair no meu corpo, sinto algo estranho, um incômodo nas minhas costas, parecia que eu havia caído ou sofrido uma pancada bem forte na região da lombar, pois doía horrores.
FernandaQuanto mais eu a ouvia, menos ainda eu compreendia o que estava acontecendo. Eu estava sendo monitorada durante todos esses meses sem sequer perceber. "Meu Deus, será que Pietro estava ciente disso? Não, isso é um absurdo! Ele jamais faria algo tão doentio."Afasto da minha cabeça esses pensamentos absurdos e alterada falo:— Não permito que ninguém me insulte, ainda mais alguém que eu sequer conheço, mas pelo que pude perceber, não deve passar de uma ex completamente louca e que por não aceitar levar um passa fora decidiu perseguir qualquer pretendente do cara que te deu um chute nesse traseiro plastificado.— Ouça... — a mulher fica visivelmente perturbada com o que ouve, pelo visto acertei em cheio e cutuquei a sua ferida. Essa louca, é sim, uma ex namorada, amante ou seja lá o que for do Pietro. Até então isso seria normal, estranho seria se um homem como ele não tivesse tido várias mulheres, mas o que é inadmissível é eu ser perseguida e ter a minha integridade em risco
Três Meses depois...FernandaO tempo passou voando, e hoje completam exatamente três meses que não vejo o Pietro. Meu coração continua sangrando, por conta de uma ferida que eu sei que jamais será cicatrizada, e não tem um dia sequer que eu não pense nele e que sinta meu corpo queimar ao lembrar de todos os nossos momentos juntos. Mas, há pouco tempo, soube através das redes sociais, que ele assumiu o lugar do pai nas empresas Castelamari e pelo que tudo indica, estava se saindo muito bem como o novo presidente de todo aquele império. Durante todo esse tempo, não soube dele ter se envolvido em nenhum tipo de problema, então pelo visto, o meu príncipe italiano realmente havia mudado e graças à Deus para muito melhor. Eu estava feliz com isso, pois ele merece, e mesmo não estando ao lado dele, a sua felicidade também sempre será a minha. Tudo o que desejo é que ele seja feliz, e se para isso acontecer eu tivesse que me manter afastada para sempre, assim seria. A notícia do nosso rompi
Fernanda— Alô! Luan, eu... — mal começo a falar e ele imediatamente me corta e começa a gritar — Porr# Fernanda! Até que enfim, atendeu essa merda de telefone. Já viu às horas? Estou há mais de uma hora aqui plantado na porta desse shopping. — implorando a Deus por um pouco de paciência, então calmamente falo — Será que posso explicar? — ouço ele bufar, me afasto do balcão ficando de costas para a entrada da lanchonete e revirando os olhos falo — Luan, aconteceu um imprevisto e eu terei que dobrar hoje no trabalho.— Quê? Imprevisto? — Luan torna a gritar e eu com toda calma novamente tento explicar Até eu estava surpresa com minha reação, em outros tempos já teria o mandado se fode# sem pensar duas vezes. Mas, acredito que por tudo o que tenho vivenciado, aprendi que paciência e tranquilidade é a chave para um vida longa.— Isso mesmo, Luan. A dona Júlia precisou da minha ajuda e não tive como recusar. — tento ser paciente, mas com Luan era praticamente impossível, pois sempre qu