Três Meses depois...FernandaO tempo passou voando, e hoje completam exatamente três meses que não vejo o Pietro. Meu coração continua sangrando, por conta de uma ferida que eu sei que jamais será cicatrizada, e não tem um dia sequer que eu não pense nele e que sinta meu corpo queimar ao lembrar de todos os nossos momentos juntos. Mas, há pouco tempo, soube através das redes sociais, que ele assumiu o lugar do pai nas empresas Castelamari e pelo que tudo indica, estava se saindo muito bem como o novo presidente de todo aquele império. Durante todo esse tempo, não soube dele ter se envolvido em nenhum tipo de problema, então pelo visto, o meu príncipe italiano realmente havia mudado e graças à Deus para muito melhor. Eu estava feliz com isso, pois ele merece, e mesmo não estando ao lado dele, a sua felicidade também sempre será a minha. Tudo o que desejo é que ele seja feliz, e se para isso acontecer eu tivesse que me manter afastada para sempre, assim seria. A notícia do nosso rompi
Fernanda— Alô! Luan, eu... — mal começo a falar e ele imediatamente me corta e começa a gritar — Porr# Fernanda! Até que enfim, atendeu essa merda de telefone. Já viu às horas? Estou há mais de uma hora aqui plantado na porta desse shopping. — implorando a Deus por um pouco de paciência, então calmamente falo — Será que posso explicar? — ouço ele bufar, me afasto do balcão ficando de costas para a entrada da lanchonete e revirando os olhos falo — Luan, aconteceu um imprevisto e eu terei que dobrar hoje no trabalho.— Quê? Imprevisto? — Luan torna a gritar e eu com toda calma novamente tento explicar Até eu estava surpresa com minha reação, em outros tempos já teria o mandado se fode# sem pensar duas vezes. Mas, acredito que por tudo o que tenho vivenciado, aprendi que paciência e tranquilidade é a chave para um vida longa.— Isso mesmo, Luan. A dona Júlia precisou da minha ajuda e não tive como recusar. — tento ser paciente, mas com Luan era praticamente impossível, pois sempre qu
Fernanda Mesmo conseguindo ver com meus próprios olhos, eu ainda continuava paralisada e sem saber qual atitude tomar. Já se passaram três meses desde a última vez em que nos vimos, e jamais cogitaria a possibilidade que isso viesse a acontecer, principalmente depois de ter ignorado todas às vezes tentativas que havia feito para entrar em contato comigo. Claro, que o meu distanciamento era por motivos sérios e bastante reais, contudo, não tinha como ninguém saber de absolutamente nada, pois nunca contei a ameaça que sofri para que me afastasse definitivamente da sua vida. Sim! Quem estava ali diante de mim, era ele, o meu Pietro, o meu príncipe italiano e o homem que conseguiu tirar o melhor que existe dentro de mim. Ele estava sentado de frente para o mar, a brisa se misturava ao seu perfume me remetendo imediatamente a outro lugar e trazendo as mais lindas recordações dos nossos momentos juntos. Tento me recompor e manter minha postura firme, mas por dentro eu era só os nervos
FernandaPensativa, fujo do olhar dele o máximo que posso, pois ali estava toda a verdade e Pietro sabia que eu sempre me entregava apenas com o olhar.— Olhe dentro dos meus olhos quando estiver falando comigo, Fernanda. Por Deus, não fuja. — ele segura meu rosto e com delicadeza vira em sua direção — E sim, vou insistir agora mais do que nunca pelo nosso amor, porque tenho a certeza que você me ama e que deseja o mesmo do que eu. — Se foi para isso que veio até aqui, peço que não volte mais. Saber que você está aqui na mesma cidade é uma coisa, mas vê-lo diante de mim e ter certeza de que não poderei tê-lo na minha vida, é um martírio. Eu te suplico, por tudo o que mais ama Pietro, que não me procure mais.— Me diz como vou fazer isso, se tudo o que mais amo nessa vida, é você? Se tiver a resposta, faço o que me pede.Com lágrimas nos olhos Pietro me encara e com força, como se não quisesse me soltar nunca mais, ele me segura em seus braços, me beijando de uma maneira inexplicável,
Fernanda Faltavam quinze minutos para encerrar o expediente, e assim que eu termino de fechar o caixa o telefone toca e Cátia atende. Era a dona Júlia, avisando que passaria a noite inteira no hospital com a família e que amanhã apareceria para conversar com a gente. Então, diante dessa notícia, mais que depressa tratei de fechar tudo e quando estava fechando a grade, sinto Pietro bem atrás de mim, ele tira a chave da minha mão e com uma facilidade incrível baixa a mesma e tranca logo em seguida. Sorrio encabulada, ele tinha o poder de me deixar sem jeito, além de outras coisas, claro. Me despeço de Cátia e sigo caminhando pelo calçadão com Pietro. Sentamos em um banco de cimento e olhando para o mar, bebendo uma água de coco começamos a conversar. E eu, como sempre, início o assunto.— Fiquei sabendo que você assumiu o lugar do seu pai nas empresas. — falo descontraída, mas como Pietro não pediria uma oportunidade, logo faz uma insinuação — Hum, então quer dizer que andou buscando
Fernanda E como na minha vida não existe nada que já esteja ruim e não possa piorar, bem no momento em que estou caminhando até o ponto de ônibus, bufando de ódio, aparecem dois babacas mexendo comigo, e um deles, pega no meu braço, e na mesma hora eu solto um grito. Contudo, era tarde da noite e a rua estava praticamente vazia, então numa dessas minhas tentativas de fugir das mazelas da vida, saio correndo, e um deles vem atrás de mim me agarrando com força pela cintura. Volto a gritar e tento a todo custo me soltar daquele desgraçado, mas do nada quando vejo, o sujeito cai no chão e ao olhar de sosleio, vejo Pietro já em cima do cara o esmurrando sem parar.O sujeito consegue escapar e eu corro abraçando Pietro e chorando sem parar. — Calma, bela, já acabou. Não chore, eu estou aqui. — Pietro fala acariciando meu cabelo e em seguida beijando o topo da minha cabeçaE eu ainda agarrada à ele e soluçando falo:— Se não fosse você, não sei o que ele teria feito comigo. Pensei que tive
Pietro Desde o dia em que Fernanda me disse adeus, não teve um só instante que eu não pensasse nela ou que a desejasse ao meu lado. Eu a via por todos os lugares, ela ocupava todos os meus pensamentos e eu já estava a ponto de enlouquecer. Logo, eu, que dizia que após a morte da Ariela, jamais nutriria sentimentos por outra mulher. Mas, foi ai que surgiu a Fernanda, com o seu jeito doce e ao mesmo tempo atrevido, me fez renascer e me mostrou que ainda existia vida dentro de mim. Contudo, da mesma maneira que ela entrou como um anjo na minha vida, repentinamente saiu. Por isso, eu tentava a todo custo me manter ocupado e nisso, a cada dia, eu buscava preencher todo o meu tempo com o trabalho. Praticamente havia transformado a sala presidencial da Castelamari Cosméticos, como a se fosse a minha segunda casa. Eu pouco aparecia na mansão, a não ser, para trocar de roupa e tomar um banho. Mas logo depois de um curto espaço de tempo, nem para isso eu estava indo. Pois, no próprio escritóri
Pietro Castelamari E era óbvio que não deixaria escapar essa oportunidade única. Então, tratei logo de anotar o contato da lanchonete, que mais parecia uma cantina italiana muito bem estruturada que eu por diversas vezes frequentei em Roma, e mais que depressa fiz um pedido peculiar e exigindo que fosse entregue, obviamente, pela Fernanda. Eu sabia que ela surtaria com isso, mas por sempre honrar com seus compromissos, não deixaria de fazer o seu trabalho e não deu outra. Alguns minutos depois, ela se aproxima mais linda do que nunca, segurando uma bandeja nas suas mãos macias, que não foram feitas para executar trabalhos pesados, mas sim, para tomar todo o tempo cuidado dela mesma e é claro, de suprir os desejos do seu futuro esposo, ou seja, eu. Ela ainda não sabia, mas muito em breve estaria com uma aliança no dedo anelar esquerdo e em sua assinatura teria o meu sobrenome. "Ah, bela, você não vai sair nunca mais da minha vida, nunca mais!"Penso e volto a olhar para o mar, enquan