Chris- Terra para Christopher??? - O estalo de dedos na minha cara me informou que o meu irmão tinha dito alguma coisa e eu não tinha prestado atenção. De novo.- Foi mal, Char. Eu to com a cabeça cheia. - Ele respirou fundo e continuou falando. Me forcei a prestar atenção, mesmo que os meus pensamentos continuassem voltando na porcaria da discussão que tive com a Isabella. A discussão que repassei na minha cabeça durante todo o final de semana, e que ainda estava me consumindo. Ela achou que eu estava, deliberadamente, dando em cima dela e que eu a ofendi. Ela distorceu tudo, ficou bravinha e me chamou de frouxo.De novo. - … Por isso quero uma transferência para a minha conta pessoal, de 1 milhão de dólares. - Pisquei e olhei para o meu irmão. Ele estava sorrindo. - Como disse? - Ele revirou os olhos. - Importa mesmo? Qualquer coisa que eu fale você não vai ouvir! - Ele bufou. - A recepção para os novos funcionários será em 20 minutos, tente organizar a sua cabeça até lá. To
IsaNada é capaz de abalar a minha alegria hoje. A minha roupa está perfeita. Um conjunto social cinza, não muito ousado e uma camisa branca. Saltos altos e o cabelo preso em um alto rabo de cavalo. A minha maquiagem está leve e profissional e eu não tropecei nenhuma vez, e graças aos céus, o chão é coberto com carpete, o que assegura que eu não escorregue em mim mesma. Quando recebi a confirmação que eu tinha sido contratada eu fiquei feliz e triste, mas depois de enfrentar o meu pai, hoje, estou radiante. E nenhuma frustração, raiva ou tropeço vai atrapalhar o meu dia. Estou em um auditório enorme, com capacidade para quase 100 pessoas e uma grande mesa de café da manhã está disposta no fundo. No telão está escrito um imenso bem vindo e eu não sou a única. Somos 12, 8 mulheres e 4 homens. E vejo mulheres por todos os lados, o que me diz que a empresa é diversa. Mais um ponto para eles. Depois de passar a sexta afundada no sofá eu decidi que assumiria os caminhos da minha vida.
Sou informada, pouco depois do discurso, que fui convocada para o time comercial, eu e a Sarah. E que por conta disso, os horários da nossa reunião particular com o CEO mudaram. Serei a última. Isso é bom, terei tempo para me acalmar. No banheiro, escondida dentro de uma das cabines, eu respiro fundo algumas vezes e começo a programar a minha estratégia. É simples, na verdade. Vou apenas fingir que o conheci hoje, agir como se ele fosse um desconhecido e caso ele toque no assunto da nossa discussão, o que eu duvido, eu peço desculpas e afirmo que devemos ser profissionais. Simples. Ser profissional. Eu consigo. Esse não é o meu primeiro trabalho, se contarmos o jornal, que eu atuei antes da faculdade e precisei lidar com o meu pai como chefe. E depois o estágio da faculdade, que eu vivi de macarrão instantâneo e desaforo por um ano. Eu consigo. Quando eu retorno ao auditório, uma moça está conversando com a Sarah, e assim que ela me vê, abre um sorriso enorme. - Você deve ser
ChrisPeço 5 minutos para a Bia, antes de chamar a Isabella para a reunião individual, apenas para poder respirar fundo. Bebo água e coloco o ar-condicionado no 16º, enquanto tento controlar o meu pulso. Serei profissional, não tocarei no assunto do natal ou daquele dia infernal. Ela vai trabalhar no comercial, com a Joana, e eu não vou precisar lidar com ela. Vou manter distância e tudo ficará bem. Reforço esse discurso na minha cabeça, e quando percebo que não tem muito o que eu possa fazer, ligo pra Bia. - Pode mandá-la entrar. - Claro. - Bia? Não quero ser interrompido. - Quase consigo ouvir o cérebro dela trabalhando, mas não explico os meus motivos. A realidade é que uma pequena parte de mim tem esperanças de que eu posso conversar com ela, esclarecer a minha frustração com ela e finalmente tirar ela da minha cabeça. - Considere feito, senhor. - A Bia respondeu e eu desligo. Releio o currículo dela, e confesso que estou impressionado. Imaginei que ela não teria experiênc
IsaOs quase 10 minutos que estou nesta sala se tornaram insuportáveis. Ele parece estar brincando comigo e eu não consigo mais engolir cada pensamento afiado que vem na minha cabeça. Ele precisa que eu aja com naturalidade com ele? Pois bem, agirei com naturalidade. - Christopher? - Eu o chamo, esperando pela resposta da minha pergunta e ele se inclina na cadeira e passa a mão nos cabelos. Diferente das duas vezes que eu o vi, hoje o cabelo dele está meticulosamente alinhado, o que combina muito com o conjunto completo de CEO, com o terno e tudo mais. Ainda não sei qual versão eu prefiro…- Eu não sei bem, sendo honesto. - Ele fala e solta um pouco a gravata. - Nos desentendemos em duas ocasiões e eu nem mesmo entendi o motivo. - Eu aperto os olhos. - Não me diga que para você ficou claro, porque eu sei que é mentira. - Está bastante claro para mim. - O teatro que ele falou acabou, então me sinto à vontade para falar com firmeza. - O que não ficou claro para você?- Você explodiu,
Ele encostou a boca na minha com leveza e respirou fundo contra a minha pele e o meu mundo girou ao contrário, conforme os arrepios subiam pelas minhas pernas.- Isabella… - Ele chamou baixinho. - Me mande parar. - Ele pede, com dor na voz.Só que eu não quero que ele pare. Agora, que ele está exatamente como eu imaginei desde que coloquei os olhos nele, que o corpo enorme dele está contra o meu e eu estou rendida, eu quero apenas que ele continue.Eu inclino o rosto para frente e faço o mesmo movimento que ele, passando os lábios nos dele. Ele solta um rosnado do fundo da garganta e esse é o único aviso.Ele me dominou por completo quando encostou a boca na minha, derrubando
- Implora é? - O aperto que se seguiu na minha bucet¢ provocou o primeiro espasmo e então ele me puxou para a beirada da mesa, me abocanhando com força. A boca dele quente e firme, sugando tudo de mim…Um calor intenso correu por mim, tomando cada pedaço de pele e fazendo tudo formigar, Os sons das nossas respirações se misturou, os meus gemid¢s abafados e os dele, as cores ao meu redor se tornaram mais intensas e eu me senti flutuar em meio a um milhão de sensações. Tapei a minha boca com força enquanto eu me desmanchava e ele movia a língua com firmeza e se deliciava com todo o meu praz£r. Ele beijou o centro do meu corpo lentamente, extraindo cada pedaço da minha existência enquanto eu me entregava completamente...Um telefone tocou em algum lugar.Ele se afastou em um salto e me encarou piscando, parecendo confuso. Eu não entendi a reação do meu corpo, quando uma vergonha intensa me envolveu. Levantei da mesa e ele atendeu o telefone. - SIM? - A voz dele foi feroz e eu me conc
ChrisO gosto dela ainda tá na minha boca, e eu não consigo parar de pensar nos gemid¢s dela. Mesmo que ela tenha saído daqui a mais de uma hora. Enfio a mão no bolso e não consigo evitar um sorriso ao sentir o tecido rendado nos meus dedos. Ela está sem calcinh¢. Completamente exposta.Eu deveria acha-lá e me enterrar nela, agora!- Senhor? - A Bia chama a minha atenção, assim que entra na sala. - Me chamou?Me arrumo na cadeira, tentando lembrar o que eu precisava dela, antes de chamá-la. - Chamei. - Aponto para a cadeira na minha frente. - Quero definir as atribuições dos funcionários novos. - Ela se senta, abre a pasta que trás nas mãos e se coloca a falar. A Bia é uma moça bonita, e mesmo com 20 anos, passa mais seriedade que muito velho grisalho que trabalha comigo. Ela foi uma boa decisão de contratação, e tenho planos para o futuro dela aqui. E ser extremamente profissional é uma caracteristica que vai me ajudar no que pensei. Depois que definimos os novos postos, com b