RobertoHá algum tempo eu e Maurício não tínhamos tempo para sentar e conversar sobre a vida, mas, esta madrugada Emma levou Louise com ela. Maurício e eu estávamos enchendo a cara de cachaça em um barzinho que tinha algumas Stripes gostosas pra um caralho. — Clarice tá me dando fora, ontem eu tentei conversar com ela e ela simplesmente foi bem fria comigo. — Disse entre um suspiro, como uma criança reclamona. — Deve ter algum motivo, não? Talvez ela saiba das suas outras mulheres, não acha? — Como sempre os seus conselhos são ótimos! E, eu não tenho outras mulheres, isso já foi fase e passou. Maurício pode não ter namorado muitas mulheres, mas as que ele conquistou ficaram aos seus pés, Alícia foi a única corajosa que o traiu e mesmo assim continuou viva e livre, já o James… — Acha que Louise gosta de mim? Eu a pedi em casamento ontem. — Achei que eu era o precipitado, mas me enganei e bonito. — Como você pensou numa coisa dessa e não me disse nada? Tô vendo que está me deixand
Parkinson — Se continuar se envolvendo em briga de rua vão acabar te matando, sabia? — Rúbia retrucava enquanto fazia um curativo em meu rosto que, estava bem machucado e com o supercílio aberto, por um soco que tomei quase no olho. — Me pegaram desprevenidos, Rúbia. Como eu iria ver eles chegarem por trás? — Se não fizesse tanta merda não estaria tão fodido assim. Pensa comigo, agora você perdeu sua filha e acabou perdendo tudo o que tinha, se não fosse por mim, estaria na rua agora. Além disso, não teve nada de surpresa, você apenas está bêbado.Acabei perdendo a casa numa das apostas que eu fiz, mas ainda posso recuperar se eu tiver o dinheiro, a grana é alta e só Maurício poderia conseguir pra mim. Como não custa nada tentar, mais tarde eu vou lá na casa dele e tento conversar. — Eu juro que não vou fazer mais essas coisas e… — Claro que não vai, você acabou de perder sua casa, seu idiota. — A sutura que Rúbia fez em mim parecia que era em um animal, muito mal feita e cheia
MaurícioEle não deve ter ido para muito longe, a não ser que pediu ajuda. Mas como? Ele não tinha celular. Alícia… Ao chegar e entrar na minha sala, recebi Norely logo em seguida, e para sua surpresa eu estava em um dia totalmente desagradável. — Que surpresa desagradável… — Enquanto Norely estava me encarando eu fixei meus olhos em sua cintura e percebi que ela estava com uma arma em seu coldre, mas eu não sou homem de ficar para trás. Fui para trás da minha mesa e sentei, abrindo a gaveta onde sempre ficava uma Boa Vapen que eu não abandono por nada. — Você sabe porque eu estou aqui, quero saber onde está o meu filho e o que você fez com ele. — Seu tom autoritário me irritou de uma forma inexplicável. Mais algumas palavras e sem dúvidas eu perderia o controle da situação. — Eu não faço ideia de onde esteja aquele imbecil, talvez foi morto por aí e você ainda não esteja sabendo. — A única coisa que o Norely tem é aquele filho dele que consegue ser mais inútil que ele. — Você sa
MaurícioEle não deve ter ido para muito longe, a não ser que pediu ajuda. Mas como? Ele não tinha celular. Alícia… Ao chegar e entrar na minha sala, recebi Norely logo em seguida, e para sua surpresa eu estava em um dia totalmente desagradável. — Que surpresa desagradável… — Enquanto Norely estava me encarando eu fixei meus olhos em sua cintura e percebi que ela estava com uma arma em seu coldre, mas eu não sou homem de ficar para trás. Fui para trás da minha mesa e sentei, abrindo a gaveta onde sempre ficava uma Boa Vapen que eu não abandono por nada. — Você sabe porque eu estou aqui, quero saber onde está o meu filho e o que você fez com ele. — Seu tom autoritário me irritou de uma forma inexplicável. Mais algumas palavras e sem dúvidas eu perderia o controle da situação. — Eu não faço ideia de onde esteja aquele imbecil, talvez foi morto por aí e você ainda não esteja sabendo. — A única coisa que o Norely tem é aquele filho dele que consegue ser mais inútil que ele. — Você sa
Juliana Era sempre o mesmo processo de sempre e como eu já estava acostumada, não era difícil, mas algumas dificultava por estarem drogadas demais. Esse sem dúvidas é o pior momento do meu trabalho, essas vadias não sabem o que querem e ficam desse jeito, depois reclamam. — Eu juro que se vocês não colaborarem, não será eu quem sairá perdendo! — Tentava explicar que não sou eu quem estou à procura de um marido rico, muito menos velho, ou nas mãos de Maurício. Com um pouco de paciência eu terminei de revistar todas e por fim, estava levando todas para seus devidos lugares, mas havia uma que estava querendo voltar atrás da sua escolha, e esse literalmente é o momento que não tem mais volta. Achei Maurício para falar sobre, mas ele estava rodeado de pessoas, então tentei dar o meu jeito sem querer chamar muita atenção. — O assunto é sério. — Falei baixo e sorrindo para disfarçar qualquer coisa que pudessem pensar. Sem esforço algum ele pediu licença e fomos até um canto mais reservad
Emma Louise estava sorridente, alguma coisa Martín estava falando de tão interessante pra deixá-la daquele jeito. Estava passando ao lado dos dois para pegar uma bebida quando Louise me chamou. Encontramos Martín por acaso aqui e Jason logo foi se aventurar no meio dos gogo boys. — Emma… — Suas mãos tocaram meus ombros e um sorriso largo saiu do seu rosto no mesmo momento em que ela me deu um forte abraço. — Eu quero te agradecer por estar me fazendo ver o quanto a vida é preciosa. Olha só onde você me trouxe! Eu não me divertia assim há anos, Emma. — Saiba que você estará sempre em meus planos, Louise. Mas então, Martín é tão legal assim? Pois comigo sempre agia como um cara sério. Martín na verdade é metido a garanhão, tenta seduzir as minha modelos e acha que será assim com Louise também, mal sabe ele o quanto Maurício é possessivo e muito me admiro de não ter vindo até aqui ainda. LouiseJason estava solto na pista de dança, de repente chegou alguns gogo boys e foi aí que ele
Louise A minha cabeça parecia explodir a qualquer momento de tanta dor. Não há nada melhor que um banho frio para aliviar a dor, eu sabia que esse iria ser o resultado de hoje e mesmo assim eu insisti até não aguentar mais. Antes mesmo que eu pudesse ligar o chuveiro meu corpo queria se livrar de todos os vestígios de ontem. Abaixei a cabeça próximo ao sanitário e senti o gosto amargo, escorrendo pelo canto da minha boca. Depois de um bom banho frio tive forças para levantar do chão e vestir um roupão, quando fui me jogar na cama alguém começou a dar batidas na porta sem parar. Eu conhecia aquele tom de voz que estava alterado do outro lado da porta, mas, o que eu fiz? — O que significa isso aqui, Louise? Eu te avisei que você é minha e mesmo assim você teve essa ousadia? O que acha que eu sou seu caralho? — Maurício segurava o aparelho celular bem próximo ao meu rosto, era uma foto minha sorrindo no ombro de Martín ontem a noite. Mas Emma não levou celular, muito menos Jason, Lúci
Louise As luzes do cinema já estavam apagadas, pelo que podia ver o filme já havia começado, era de romance e eu detestava Romance, não é por nada, apenas pelo simples motivo de nada daquilo existir. — Tá escuro, né? — Maurício estava nervoso, nunca o vi desse jeito. — Que merda!— Acho que esse é o normal. — Respondi e só depois percebi que falei de forma fria. — Tem medo do escuro? Quando ele disse que iríamos a um lugar distante, não pensei que esse lugar fosse um cinema. Eu até gosto mas, não é a coisa que eu escolheria. Escolhi um vestido especial, azul celeste, com um decote e uma abertura lateral na perna esquerda que deixava à mostra as minhas pernas quando eu andava. — Tem algo a incomodando? Está tudo bem, Louise? — Sua mão tocou em meu ombro e me puxou para mais perto dele. — É que, eu não curto muito cinema, sabe? Não gosto de filmes de romance também. Maurício acariciava meu queixo com seu polegar, enquanto sua outra mão tocava a minha, levando-a até os lábios e de