Clarice No dia seguinte minha mãe veio me visitar, como também era meu dia de folga eu decidi ir ao Shopping com ela, como fazíamos quando eu era pequena. Roberto foi embora antes que eu acordasse, ele sempre faz isso. — O apartamento não é tão grande, mas cabe nós duas, mãe. Além disso, vai ser melhor para a senhora. Poderei cuidar mais da sua saúde. — Eu não quero te atrapalhar, filha. Mas quero saber mesmo é desse garoto com quem você disse que está "pintando um clima". — Eu nunca escondi nada da minha mãe, ela sempre foi minha melhor amiga desde sempre, estava me sentindo super mal por ter discutido com ela sobre uma coisa besta que houve recentemente, mas já pedi desculpas por tudo e creio que já esteja tudo bem. — Ele é um cara legal, mãe. Qualquer dia desses apresento ele a senhora. — Se você gosta dele e ele não te maltrata, está ótimo! Eu também ando fazendo boas ações, filha. Você conhece o Parkinson? — Sim, o pai da Louise, não é? Aquele canalha, até hoje Louise não d
RobertoHá algum tempo eu e Maurício não tínhamos tempo para sentar e conversar sobre a vida, mas, esta madrugada Emma levou Louise com ela. Maurício e eu estávamos enchendo a cara de cachaça em um barzinho que tinha algumas Stripes gostosas pra um caralho. — Clarice tá me dando fora, ontem eu tentei conversar com ela e ela simplesmente foi bem fria comigo. — Disse entre um suspiro, como uma criança reclamona. — Deve ter algum motivo, não? Talvez ela saiba das suas outras mulheres, não acha? — Como sempre os seus conselhos são ótimos! E, eu não tenho outras mulheres, isso já foi fase e passou. Maurício pode não ter namorado muitas mulheres, mas as que ele conquistou ficaram aos seus pés, Alícia foi a única corajosa que o traiu e mesmo assim continuou viva e livre, já o James… — Acha que Louise gosta de mim? Eu a pedi em casamento ontem. — Achei que eu era o precipitado, mas me enganei e bonito. — Como você pensou numa coisa dessa e não me disse nada? Tô vendo que está me deixand
Parkinson — Se continuar se envolvendo em briga de rua vão acabar te matando, sabia? — Rúbia retrucava enquanto fazia um curativo em meu rosto que, estava bem machucado e com o supercílio aberto, por um soco que tomei quase no olho. — Me pegaram desprevenidos, Rúbia. Como eu iria ver eles chegarem por trás? — Se não fizesse tanta merda não estaria tão fodido assim. Pensa comigo, agora você perdeu sua filha e acabou perdendo tudo o que tinha, se não fosse por mim, estaria na rua agora. Além disso, não teve nada de surpresa, você apenas está bêbado.Acabei perdendo a casa numa das apostas que eu fiz, mas ainda posso recuperar se eu tiver o dinheiro, a grana é alta e só Maurício poderia conseguir pra mim. Como não custa nada tentar, mais tarde eu vou lá na casa dele e tento conversar. — Eu juro que não vou fazer mais essas coisas e… — Claro que não vai, você acabou de perder sua casa, seu idiota. — A sutura que Rúbia fez em mim parecia que era em um animal, muito mal feita e cheia
MaurícioEle não deve ter ido para muito longe, a não ser que pediu ajuda. Mas como? Ele não tinha celular. Alícia… Ao chegar e entrar na minha sala, recebi Norely logo em seguida, e para sua surpresa eu estava em um dia totalmente desagradável. — Que surpresa desagradável… — Enquanto Norely estava me encarando eu fixei meus olhos em sua cintura e percebi que ela estava com uma arma em seu coldre, mas eu não sou homem de ficar para trás. Fui para trás da minha mesa e sentei, abrindo a gaveta onde sempre ficava uma Boa Vapen que eu não abandono por nada. — Você sabe porque eu estou aqui, quero saber onde está o meu filho e o que você fez com ele. — Seu tom autoritário me irritou de uma forma inexplicável. Mais algumas palavras e sem dúvidas eu perderia o controle da situação. — Eu não faço ideia de onde esteja aquele imbecil, talvez foi morto por aí e você ainda não esteja sabendo. — A única coisa que o Norely tem é aquele filho dele que consegue ser mais inútil que ele. — Você sa
MaurícioEle não deve ter ido para muito longe, a não ser que pediu ajuda. Mas como? Ele não tinha celular. Alícia… Ao chegar e entrar na minha sala, recebi Norely logo em seguida, e para sua surpresa eu estava em um dia totalmente desagradável. — Que surpresa desagradável… — Enquanto Norely estava me encarando eu fixei meus olhos em sua cintura e percebi que ela estava com uma arma em seu coldre, mas eu não sou homem de ficar para trás. Fui para trás da minha mesa e sentei, abrindo a gaveta onde sempre ficava uma Boa Vapen que eu não abandono por nada. — Você sabe porque eu estou aqui, quero saber onde está o meu filho e o que você fez com ele. — Seu tom autoritário me irritou de uma forma inexplicável. Mais algumas palavras e sem dúvidas eu perderia o controle da situação. — Eu não faço ideia de onde esteja aquele imbecil, talvez foi morto por aí e você ainda não esteja sabendo. — A única coisa que o Norely tem é aquele filho dele que consegue ser mais inútil que ele. — Você sa
Juliana Era sempre o mesmo processo de sempre e como eu já estava acostumada, não era difícil, mas algumas dificultava por estarem drogadas demais. Esse sem dúvidas é o pior momento do meu trabalho, essas vadias não sabem o que querem e ficam desse jeito, depois reclamam. — Eu juro que se vocês não colaborarem, não será eu quem sairá perdendo! — Tentava explicar que não sou eu quem estou à procura de um marido rico, muito menos velho, ou nas mãos de Maurício. Com um pouco de paciência eu terminei de revistar todas e por fim, estava levando todas para seus devidos lugares, mas havia uma que estava querendo voltar atrás da sua escolha, e esse literalmente é o momento que não tem mais volta. Achei Maurício para falar sobre, mas ele estava rodeado de pessoas, então tentei dar o meu jeito sem querer chamar muita atenção. — O assunto é sério. — Falei baixo e sorrindo para disfarçar qualquer coisa que pudessem pensar. Sem esforço algum ele pediu licença e fomos até um canto mais reservad
Emma Louise estava sorridente, alguma coisa Martín estava falando de tão interessante pra deixá-la daquele jeito. Estava passando ao lado dos dois para pegar uma bebida quando Louise me chamou. Encontramos Martín por acaso aqui e Jason logo foi se aventurar no meio dos gogo boys. — Emma… — Suas mãos tocaram meus ombros e um sorriso largo saiu do seu rosto no mesmo momento em que ela me deu um forte abraço. — Eu quero te agradecer por estar me fazendo ver o quanto a vida é preciosa. Olha só onde você me trouxe! Eu não me divertia assim há anos, Emma. — Saiba que você estará sempre em meus planos, Louise. Mas então, Martín é tão legal assim? Pois comigo sempre agia como um cara sério. Martín na verdade é metido a garanhão, tenta seduzir as minha modelos e acha que será assim com Louise também, mal sabe ele o quanto Maurício é possessivo e muito me admiro de não ter vindo até aqui ainda. LouiseJason estava solto na pista de dança, de repente chegou alguns gogo boys e foi aí que ele
Louise A minha cabeça parecia explodir a qualquer momento de tanta dor. Não há nada melhor que um banho frio para aliviar a dor, eu sabia que esse iria ser o resultado de hoje e mesmo assim eu insisti até não aguentar mais. Antes mesmo que eu pudesse ligar o chuveiro meu corpo queria se livrar de todos os vestígios de ontem. Abaixei a cabeça próximo ao sanitário e senti o gosto amargo, escorrendo pelo canto da minha boca. Depois de um bom banho frio tive forças para levantar do chão e vestir um roupão, quando fui me jogar na cama alguém começou a dar batidas na porta sem parar. Eu conhecia aquele tom de voz que estava alterado do outro lado da porta, mas, o que eu fiz? — O que significa isso aqui, Louise? Eu te avisei que você é minha e mesmo assim você teve essa ousadia? O que acha que eu sou seu caralho? — Maurício segurava o aparelho celular bem próximo ao meu rosto, era uma foto minha sorrindo no ombro de Martín ontem a noite. Mas Emma não levou celular, muito menos Jason, Lúci