Karen NarrandoNunca senti nada assim antes. Nunca fui tomada dessa forma, como se meu corpo fosse feito exatamente para ele. O jeito que Estevão me segurava, como se eu fosse preciosa e ao mesmo tempo dele, fazia meu coração disparar. Ele não era só desejo bruto, ele era intensidade, carinho e vontade.Quando ele encaixou a camisinha e voltou a me olhar, eu já estava entregue. Minhas pernas ainda presas em sua cintura, meu corpo todo quente, implorando por ele.— Agora sim, morena… — a voz rouca dele me fez arrepiar dos pés à cabeça.E então ele me preencheu por inteiro.Soltei um gemido alto, minha cabeça tombando para trás enquanto sentia cada centímetro dele deslizar para dentro de mim. Ele foi fundo, tão fundo que meu corpo todo reagiu, se moldando ao dele, acolhendo-o como se sempre tivesse sido dele.— Karalho, Karen… — Ele murmurou contra minha pele, enterrando o rosto no meu pescoço enquanto se movia lentamente, nos dando tempo para sentir tudo.Minhas unhas cravaram nas cost
Ana Kelly NarrandoAnthony me olhou com aqueles olhos intensos e perguntou, quase como uma provocação suave:— Posso te levar para jantar? _ Ele é tão lindo e tão doído, as vezes me deixa à vontade, e às vezes apreensiva.Eu hesitei por um momento, mas logo senti um impulso irresistível. Não queria me afastar dele, não queria que aquele momento acabasse aqui.— Claro, aceito... — Respondi, sentindo uma tensão crescente entre nós. Ele sorriu, abriu a porta do carro e me fez sinal para entrar.O caminho até o restaurante foi silencioso, mas carregado de uma energia que eu não sabia como explicar. Quando ele estacionou o carro e desligou o motor, ele virou para mim, e o olhar dele já me dizia tudo o que eu estava prestes a sentir.Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele se aproximou, seus lábios encontrando os meus em um beijo ardente. No começo, fui tomada de surpresa, mas logo me entreguei ao momento, deixando a intensidade daquele beijo me envolver. Anthony não estava apressado
Anthony Narrando Saímos do restaurante, e eu fiz questão de segurar a mão dela até o último segundo, sentindo aquele toque quente e delicado que já estava me viciando. Abri a porta do carro para ela entrar, mantendo meus gestos calmos e controlados. Era difícil, mas eu me segurava. Eu sabia que, se deixasse minha obsessão tomar conta, poderia assustá-la, e era a última coisa que eu queria.Entrei no carro e fiquei alguns segundos em silêncio antes de dar partida. O cheiro dela impregnava o espaço fechado, e eu precisei me concentrar para não fazer nenhuma besteira. Eu queria tomá-la para mim, cuidar dela, garantir que ela nunca mais teria que se preocupar com nada. Mas ela ainda estava com os pés presos no passado, e isso me corroía.— Você ainda sente alguma coisa por ele? — soltei de repente, sem nem pensar muito.Ana respirou fundo e passou a mão no rosto, olhando para frente.— Pode falar, eu aguento. — insisti, minha mão apertando o volante.— Amor, eu sei que não. Mas foram mui
Vinícius Narrando O bar tava cheio, a música alta e o cheiro de cigarro misturado com álcool deixava o ambiente mais carregado do que eu precisava. Segurei o copo de uísque com força, os olhos fixos no líquido âmbar enquanto meus pensamentos ferviam.Ana Kelly.Ela sumiu como se nunca tivesse existido, como se a vida ao meu lado fosse um inferno do qual ela precisava escapar. Mas eu sabia que não era bem assim. Ela ainda pensava em mim, ainda sentia minha falta. Era impossível que não sentisse.A mulher no meu colo deslizou a mão pelo meu peito, jogando o cabelo para o lado para chamar minha atenção. Brenda. A ironia do destino. Ela e Ana Kelly eram inseparáveis, e agora era ela quem estava comigo. Na verdade eu sempre estive com as duas.— Vinícius, você tá aéreo. — Ela resmungou, revirando os olhos. — Parece que tá aqui por obrigação.— Tô aqui porque quero. — Respondi, sem paciência.Ela bufou, mas antes que respondesse, um dos meus amigos, Lucas, puxou a cadeira e se sentou ao me
Anthony Narrando Eu tava no banco do passageiro, o olhar perdido na estrada enquanto Estevão dirigia na direção do aeroporto. A reunião no Rio era importante, uma negociação de valores altos, contratos estratégicos… Mas minha cabeça tava em outro lugar. Ou melhor, em outra pessoa. — Que cara é essa? — Estevão perguntou, dando uma olhada rápida pra mim antes de voltar a atenção pra pista. Suspirei, passando a mão no rosto. — Queria que a Ana Kelly tivesse vindo nessa viagem comigo. Chamei ela, mas levei um nó na cara. Ele soltou uma gargalhada, aquela bem debochada. — Não acredito que tu meteu as caras e chamou a mina! Assenti, olhando pro lado de fora. — Claro que chamei. Ela deveria baixar a guarda e vir comigo pro Rio. Ia ser bom pra ela. — Bom pra ela ou pra tu? — Ele riu mais ainda. — Vai se tratar, cara. Revirei os olhos, já arrependido de ter falado qualquer coisa. — Só o final de semana. Já já eu volto. — Aham, sei — ele debochou. — Chega lá, tu esquece Ana Kelly e
Ana Kelly Narrando O despertador tocou, e eu abri os olhos devagar. O sol já entrava pela fresta da cortina, e eu respirei fundo, tentando espantar a preguiça. Depois de um banho quente, me senti um pouco mais disposta. Escolhi uma roupa confortável, prendi o cabelo num coque e fui para a cozinha tomar café.Chegando no café, Karen já estava lá, toda sorridente.— Bom dia, dona do café mais famoso da cidade! — ela brincou.— Bom dia! — sorri, pegando um pão de queijo.Nos sentamos, e logo começamos a conversar sobre os últimos acontecimentos. Karen estava empolgada com Estevão, e eu adorava ver minha amiga feliz.— Ele é muito carinhoso, Ana! Me trata como uma princesa! — ela suspirou.— Fico feliz por você, amiga.Karen me olhou com atenção e franziu a testa.— O que foi?— Sei lá, você tá com uma cara estranha.— Nada, só cansei de ficar parada ouvindo você falar do seu boy.Ela riu.— Sei… — cruzou os braços. — O Anthony ligou pra você?Revirei os olhos.— Ele manda mensagem todo
Anthony Narrando O coração falhou feio, perdeu o compasso quando percebi que aquele jatinho podia decolar comigo dentro, e eu receber a notícia de que fizeram mal pra ela. Eu nunca ia me perdoar. Nunca.Foi jogo rápido. Liguei pro coroa, mandei atrasar a reunião em quarenta minutos. Depois, acionei os caras certos, os que sabiam fazer o serviço do jeito que precisava ser feito. Sem erro. Sem deixar rastro. Sem ela desconfiar. Porque se Ana Kelly soubesse que fui eu, ela jamais viria até mim.Quando arranquei o saco preto da cabeça dela e vi aqueles olhos cheios de lágrima, a cara assustada, o peito subindo e descendo rápido... me deu um aperto. Pensei no desespero que ela deve ter sentido, porque eu acompanhei tudo. Cada segundo.Mas agora ela tava ali, viva, inteira, na minha frente. O cheiro dela, o olhar dela, a respiração pesada de quem ainda tentava entender o que tinha acontecido.E mesmo sabendo o que fiz, não me arrependi. Nem por um caralho.O jatinho estava pronto para deco
Karen Narrando O café ficou em silêncio por alguns segundos depois que a van arrancou levando Ana Kelly. O choque paralisou todo mundo, mas só por um instante. O grito de Marcela foi o estopim para que a confusão começasse.— O QUE FOI ISSO? ALGUÉM CHAMA A POLÍCIA! — ela berrou, as mãos no rosto, completamente desesperada.Eu ainda estava travada na porta, olhando para o nada, tentando entender se aquilo realmente tinha acontecido. Mas assim que minha mente registrou que Ana Kelly tinha sido levada à força, eu explodi.— MEU DEUS! — gritei, colocando as mãos na cabeça. — O que tá acontecendo?! Quem eram aqueles caras?Jéssica veio correndo na minha direção, os olhos arregalados de pânico.— A gente precisa ligar pra ela! — disse, já puxando o celular do bolso.— O telefone dela tá na bolsa! — Marcela interrompeu, já correndo para o armário onde Ana Kelly sempre guardava as coisas.Ela abriu a porta e puxou a bolsa com tanta força que quase rasgou a alça. Mexeu desesperada, jogando tu