MARIA JÚLIARespiro profundamente, levei minhas mãos de encontro a minha face e tratei de enxugar as lágrimas que ainda insistiam em cair. Em passos rápidos, deixei o ambiente, quando passei pelo corredor que Dava acesso a saída, todos os olhares se voltaram em minha direção.Eles me olhavam com raiva, sem ao menos me dar o direito de contar como tudo o que aconteceu. Levantei a cabeça e segui em direção a saída, minha cabeça estava a mil, não conseguia acreditar, como não percebi o verdadeiro jogo daquela cobra e pior ainda, não ter dado a surra que ela merecia, desta forma, pelo menos eu seria expulsa por algo que realmente fiz.Eu fiquei tão distraída que nem percebi quando já estava em frente ao carro de Andrey. O som da voz dele me tirou do estado catatônico que eu me encontrava.— Majú!Assim que levantei a cabeça e ao ouvir minhas palavras a sua expressão logo mudou.— E... eu preciso ir para casa.— Entre!Depois de tudo que aconteceu, eu precisava dizer o que aquela l
ANDREYO som da gargalhada diabólica das duas mulheres ecoava no cômodo. Fechei uma das minhas mãos em punho para controlar a raiva que estava fazendo todo o meu corpo ficar em chamas, a outra mão levei de encontro ao meu celular e ao me certificar que o aparelho ainda estava gravando, joguei o objeto no bolso e dei alguns passos a frente, antes delas notarem a minha presença, a minha voz se fez presente no mesmo instante que comecei a bater palmas.— Será que posso participar da comemoração com as duas pelo plano magnífico?As duas mulheres moveram a cabeça para o lado se concentrando em minha direção. Carolina estava mais branca que um pedaço de papel e Helena Albuquerque, sustentava uma expressão inabalável, como se nada e ninguém fosse capaz de lhe desestruturar, mantendo sempre o ar de soberba estampado em sua face. Com mais algumas passadas me detive na frente delas.Virei na direção de Carolina e olhando bem para seus olhos que estavam arregalados disse:— Em primeiro luga
Maria JúliaNo dia seguinte....Acordei desorientada ao ouvir o barulho do meu celular. Suspiro profundamente, pois somente uma pessoa poderia está me ligando, assim que peguei o aparelho em minhas mãos, tomei um susto ao ver que eram oito horas da manhã. Como eu dormir tanto? Saio do estado catatônico em que me encontrava ao ouvir novamente o som ecoando no ambiente. Levei meu dedo em direção a tecla e em seguida a voz de Andrey ecoou do outro lado da linha.— Bom dia! — Bom dia!— Preciso te ver agora pela parte da manhã. — fiquei estarrecida, pois sabia o que ele queria.— Eu não acho uma boa ideia, o que vou dizer para minha mãe, esqueceu que não vou mais para faculdade. E sem contar que não acredito que você queira transar logo nas primeiras horas da manhã.Uma gargalhada ecoou do outro lado da linha e novamente ele se manifestou.— Isso nem tinha passado pela minha cabeça, mas confesso que adorei a ideia, no entanto, tenho algo que preciso te mostrar.Conhecendo bem o A
Carolina MendonçaNo dia seguinte...Depois de uma noite de sono maravilhosa, eu acordei radiante, só em pensar que aquela infeliz não voltaria a colocar novamente seus pés no mesmo lugar que eu. Uma sensação de alívio e satisfação pairou sobre mim. Horas depois, cheguei na faculdade e logo as minhas amigas vieram ao meu encontro. Todas queriam saber o que tinha acontecido e assim como eu, ficaram em êxtase ao saber que não teríamos que conviver com a maldita. Quando seguimos em direção ao corredor que dava acesso à nossa sala, me deparei com o outro infeliz que deve ser outro morto de fome. Pelo jeito de se vestir, está nítido que é mais um bolsista. Depois de ter o prazer em dizer a ele que sua amiguinha não ia colocar mais os pés imundos aqui, adentramos a sala e minutos depois a aula começou. Hoje sem dúvidas, estava sendo o melhor dia de aula. Sem ter que ouvir a voz irritante daquela coisa, de ouvir os elogios a cada pergunta que era feita e ela como sempre acertava tudo qu
MARIA JÚLIADepois de duas semanas, após ter sido chamada para comparecer a faculdade, onde, Carolina foi obrigada a fazer uma retratação na frente de todos, o que de nada me fez esquecer tudo que aquela víbora fez, todavia, vibrei por dentro ao ver a mulher com ar de soberba tendo que pedir desculpas na frente de todos.Nem o dinheiro e influência da sua família foram capazes de impedir que ela fizesse tal ato. No entanto, esse foi somente um dos acontecimentos que marcaram esses últimos dias, descobri um irmão, e soube que assim como Tobias, sou herdeira de uma grande fortuna, porém, eu tinha algo muito maior pela frente. Contar a Isabel Silva toda verdade não foi fácil, ver a tristeza e a decepção visíveis em seu olhar partiu o meu coração. Não era só o fato de ter omitido tudo que aconteceu e sim por saber que aquele que ela ama como a um filho, também estava envolvido. Saber que o seu menino, como ela sempre diz, se tornou um homem frio e calculista, capaz de tudo para ter o qu
MARIA JÚLIAMeus olhos, foram de encontro a mulher que tinha seu olhar mortal cravado em minha direção. Seus olhos estavam arregalados, assim como os das suas amigas. Respiro fundo, levantei a cabeça ignorando aquela víbora e com passos decididos caminhei pelo longo corredor até chegar no lugar onde sempre me sentei.Minha atenção se voltou em direção a professora, que deu início a aula, os momentos seguintes, a única voz que se ouvia dentro do ambiente era da mulher a nossa frente e quando sua aula acabou, no intervalo entre a troca de professores, uma rápida movimentação aconteceu próximo a Carolina Mendonça, os sussurros logo se fizeram presentes e mesmo tentando disfarçar, estava nítido que o assunto era sobre mim. Não demorou muito, e o professor Rodrigo entrou no ambiente e me deu as boas vidas, logo em seguida iniciou a sua aula.Tudo estava transcorrendo perfeitamente, após o terceiro horário, tivemos o intervalo e todos deixaram o ambiente indo em direção a cantina. Tobias
ANDREYSenti um lateja em minha face, tinha que reconhecer que a mão da mulher a minha frente me causou uma dor terrível. Porém, eu sabia que não seria recebido como antes, ela em seguida ficou petrificada, parecia conter uma raiva que estava visível através do seu olhar de decepção.Depois de minutos em silêncio e parecendo que de alguma forma, aquele tapa fez esvair um pouco da raiva que ela estava sentindo, seus lábios se moveram em seguida e sua voz se fez presente.— O que você veio fazer aqui?Ouvir o tom que suas palavras foram proferidas me causou um forte incômodo. Algo inexplicável pairou sobre mim, ao ver a única pessoa que sempre ficava com um sorriso largo em seu rosto, quando me via e, agora se encontrava com uma expressão fria, como se tivesse diante da pior pessoa que existe na face da terra.— Eu preciso falar com você — repeti.Se tratando de Isabel, mesmo com raiva, ela jamais teria uma atitude que não fosse a que veio em seguida.— Entre!Mesmo correndo o r
ANDREYO sorriso que antes estava visível em minha face desapareceu. Um canto da minha boca elevou-se no mesmo instante que minha respiração ficou pesada. Podia sentir as fortes batidas do meu coração, assim como todo o meu corpo parecia estar em chamas, tamanha era a raiva que tomou conta de mim. Tentei respirar fundo para conter o ódio descomunal que apoderou-se de todo o meu ser, meu olhar estava fixo nos dois a minha frente. Maria Júlia, que até então estava em silêncio resolveu falar.— Andrey!Uma mão enrugada segurou firme na minha e eu sabia que de alguma forma o seu gesto indicava que eu devia me controlar, mas, assim que a boca do homem a minha frente se contorceu e em seguida sua voz se fez presente, ouvir as palavras que foram proferidas por ele, só aumentou a minha raiva, fazendo todos os meus órgãos internos trabalhar no ritmo alucinante.— O que esse infeliz veio fazer aqui?Ele me lançou um olhar frio e, quando Majú tentou segurar em sua mão, o homem movendo-se mu