POV: PATRICKMeu celular tocava incansavelmente até eu adentrar a empresa, onde Heloise e seu irmão, Celdric, me aguardavam na sala de reuniões. A nova assistente, com os olhos arregalados e perdidos, veio em minha direção.— Bom dia, Sr. Morgan, sou Melissa, sua nova assistente, — disse ela, parando ao meu lado e entregando diversos papéis e pastas. — Fui instruída para lhe entregar estes contratos para análise.Mantive meu olhar na sala de vidro de reuniões; ela seguiu meu olhar, estremecendo nervosa.— Peço desculpas, Sr. Morgan, não consegui evitar que eles entrassem; foram bem... Incisivos! — Melissa se remexeu agitada. — O senhor quer que eu chame a segurança?— Sra. Melissa, — falei imparcial, colocando as mãos nos bolsos e a encarando, desejando que em seu lugar estivesse minha doce e ao mesmo tempo ousada Elisabeth. — Duas pessoas entraram em minha empresa exigindo minha presença, sem hora marcada e sem sua verificação sobre quem são, e seu primeiro pensamento foi me ligar e
— E como exatamente pretende fazer isso? — Contrai o maxilar nervoso, vendo-a se divertir com as reações.— Ah, meu amor, eu tenho 50% das ações, lembra? — Sibilou, divertida.— 40% são seus, seu pirralho tem 10%. — Trinquei os dentes, enfurecido, contendo o impulso de avançar em seu pescoço e quebrá-lo.— Sua secretária não te avisou esta manhã? — Colocando a mão na boca fingindo surpresa, ela caminhou até a mesa e sentou-se na ponta, abrindo sutilmente as pernas, deixando a saia social subir um pouco, revelando suas pernas. — Celdric transferiu a parte dele para mim!— Isso não muda nada, não preciso aceitar seu convívio na fusão, temos profissionais mediadores para isso. — Ignorei-a, sentindo meu celular vibrar; na mensagem da minha doce Lis, sorri sutilmente.— Entendi, há alguém em seu coração. — Heloise chamou a atenção, subindo ainda mais a saia com as mãos. — Ela sabe o quão perigoso você é, meu amor?— Pare com os jogos, parece uma cadela no cio. — Revirei os olhos, irritado,
— Sim, estou preparado. — O encarei firme. — Quanto tempo?— Ah, vocês homens de negócios, sempre preocupados com o tempo. — Balançando o dedo, Nathaniel se afastou, voltando a caminhar. — Mais demorado do que deseja e mais rápido do que se imagina.— Isso não responde minha pergunta. — Repliquei.— Você está fazendo as perguntas erradas, meu jovem. — Com veemência, respondeu o monge.Meu celular vibrou, indicando uma nova mensagem de Elisabeth. Abri, feliz com o envio de um arquivo de seu livro, comecei a responder quando o monge parou, voltando-se para mim.— Não permitimos o uso desses aparelhos eletrônicos, corrompem a alma com seus ruídos. — Estreitando os olhos, ele continuou a me encarar até eu guardar o celular. — Excelente, podemos começar?Dias se passaram. Ao final do dia, eu enviava o código por mensagem para Greg, sinalizando que estava bem. Quando ele me ligou, estranhei.— Greg, aconteceu alguma coisa? — Tentei manter o tom neutro.— Você me parece fraco, amigo. Está se
POV: ELISABETHVárias reportagens continuavam a surgir nos jornais, assim como notificações no celular. Aumentei o volume da TV ao ouvir o nome de Patrick:“O renomado e mais jovem CEO Patrick Morgan, empresário e dono da mais respeitada editora de Seattle, a SoundStory Press, se envolveu em uma polêmica que divide opiniões. Uma foto íntima surgiu entre ele e sua ex-esposa, com as saias erguidas, mostrando um ato que claramente não era consentido. A Senhorita Heloise Forbs prestou declarações à imprensa para esclarecer os acontecimentos, chocando o público com suas palavras:— Patrick sempre foi dominador e possessivo, infelizmente sua obsessão por mim não acabou após a separação... Ele tentou tomar o controle da indústria Forbs, me obrigando a desvincular meu nome para não prejudicar meus queridos irmãos. — Ela fez uma pausa, chorando, abanando o rosto para conter as lágrimas. — Meu irmão Celdric e eu fomos até a editora SoundStory confrontar Patrick Morgan, que se aproveitou de um m
Emiti uma nota interna a todos os colaboradores e fornecedores da SoundStory Press:"Prezados parceiros,Ao longo dos anos, o fundador e CEO da SoundStory Press, Patrick Morgan, tem sido um exemplo de liderança, implementando políticas baseadas em respeito, confiança, valorização e desenvolvimento em nossa editora. Sua integridade e dedicação como líder nunca foram questionadas, e muitos profissionais que passaram pela empresa, bem como nossos parceiros fornecedores, tiveram a oportunidade de crescer sob sua orientação, alcançando reconhecimento internacional.Patrick Morgan demonstrou acreditar no talento e potencial de cada um de nós. Neste momento delicado, pedimos que não julguem precipitadamente o recente escândalo envolvendo nosso CEO. Em breve, teremos esclarecimentos sobre os fatos e, até lá, solicitamos gentilmente o benefício da dúvida.Atenciosamente,Elisabeth LisSecretária Executiva Sênior"Após o envio do e-mail interno, recebemos diversos retornos de apoio ao Sr. Morga
Caminhei em direção à piscina com a garrafa de vinho na mão, a noite quente contrastando com a carga de pensamentos pesados em minha mente. Onde ele estaria? Por que não respondia? Patrick não percebera que seu império estava desmoronando? Mordi os lábios nervosamente, sentando-se à beira da piscina enquanto degustava o vinho, perdida em meus pensamentos. Aquele desgraçado havia voltado, trazendo consigo todos os meus traumas e medos. — Patrick, você disse que iria me proteger... Onde está? — Sussurrei para as estrelas, encarando o céu. Colocando a garrafa de lado, decidi mergulhar para relaxar a tensão do corpo, minha mente ansiosa projetando diversas situações que aceleravam meu coração. Boiei, com os olhos fechados, mergulhada em minha mente caótica. Havia tantas perguntas sem respostas. Quem era Gabriel? Por que Heloise estava envolvida em tudo isso? Seria verdade? Conflito após conflito. Por que aquele maldito não tentara me sequestrar? Apenas queria causar medo, esse era o mé
POV: PATRICKPassamos pelos grandes portões rangentes e estacionei o carro no ponto mais alto que consegui, próximo à colina. Descemos do carro, e Lis olhava ao redor, nervosa. Quando me encarou em choque, eu soube que chegara o momento.— O que viemos fazer no cemitério? — Ela perguntava, confusa.— Eu disse que te mostraria minhas feridas e a minha maior dor. — Abaixei a cabeça, sentindo o peito apertado, quando suas mãos quentes tocaram as minhas.— Você não precisa fazer isso, se não estiver preparado. — Elisabeth olhava-me com cumplicidade. Sorri levemente, mais certo sobre minhas escolhas.— Eu quero. — Entrelacei nossas mãos e a guiei até a lápide no topo, onde parei, sentindo meu estômago se revirar. Meu coração doía com tanta intensidade.— Patrick? — Lis estava atenta a mim.— Lis... Conheça Gabriel Forbs Morgan, meu filho. — Disse em meio às lágrimas, caindo de joelhos em frente à lápide e acariciando a foto do meu pequeno.Senti pingos de lágrimas sobre meus ombros e olhei
POV: ELISABETHAfaguei os cabelos de Patrick enquanto absorvia toda aquela história. Como alguém poderia desejar tamanho mal ao próprio filho? Qual seria o nível dos problemas mentais de Heloise?Lágrimas escorriam pelo meu rosto, tomada pela dor do homem que sorria tanto, sem deixar transparecer todo o sofrimento que vivia. Suspirei, olhando novamente para a foto de Biel e depois para o céu estrelado.— Patrick? — Chamei em um sussurro, ainda encarando a imensidão azul. — Quando estava com o meu ex, cheguei a engravidar. Subi as escadas correndo para contar a ele, na esperança de que ficasse feliz e parasse de me ferir... Foi um fio de esperança, sabe?Erguendo a cabeça, ele secou os olhos e me encarou com intensidade.— O que houve? — Perguntou Morgan, com a voz vacilante.— Não saiu como esperado. Ele achou que a criança tomaria meu tempo, meu amor... Foi então que me empurrou da escada. Lembro de acordar horas depois, sobre uma poça de sangue, com muitas dores na barriga e o desgr