Depois do jantar, o motorista de Matt me leva até em casa. Ou melhor, ele me leva até a casa de Amanda. Além de eu saber que não conseguiria entrar em casa com todas aquelas sacolas sem chamar atenção, também seria difícil explicar o fato de estar descendo de um carro chique. Então peço que ele estacione em frente a casa da minha melhor amiga, que fica há apenas cinco minutos de caminhada da minha casa, e aproveito para descarregar todas as compras lá. Fico apenas com a roupa que usarei na manhã seguinte, já que Matt queria me ver novamente, a qual camuflo dentro de sacolas de mercado. O restante das coisas, Amanda iria me levando aos pouquinhos, toda vez que fosse me visitar.
Tento entrar em casa o mais sorrateiramente possível, por mais que pelo horário já fosse para todos estarem dormindo. O problema é que não estavam. Quando entro no meu qua
Fico feliz quando levanto na manhã seguinte e Bianca não está mais no quarto. Eu a tinha ignorado completamente quando ela jogou a cartada do Matt, mas se bem conhecia a minha irmã, sabia que mais cedo ou mais tarde ela voltaria naquele assunto. Ficava feliz que fosse mais tarde.Bianca trabalhava como secretária em uma empresa de advocacia, ela odiava o que fazia. Ainda assim, ela sabia que não podia largar, já que seu salário era uma renda complementar necessária para a nossa família. Ela entrava todo dia às nove horas da manhã, o que significava que tinha que sair de casa, no máximo, às oito. Isso me deu pelo menos uma hora para me arrumar, com a certeza de que não a veria.Quando desço até a cozinha para beber um copo de suco de laranja antes de sair de casa, encontro minha mãe cuidado de Sophia e Giovanna. Meu padrasto também já deve ter saído para trabalhar e Bruno deve estar na venda. Breno ainda deve estar dormindo.- Bonita! – Sophia aponta para mim, provavelmente se referind
- Preciso que finja que é meu chefe – alcanço Matt com alguma vantagem. Bianca vinha caminhando um pouco afastada de mim, apenas observado. Então, consigo ser direta quando o encontro, me esperando em frente ao spa.- Eu não sou?- Não desse jeito. No spa. Não me beija... – o empurro levemente quando ele tenta se aproximar.- O que está acontecendo, Ella?- Minha irmã tá desconfiada de... você sabe. – Faço um gesto com a cabeça na direção que ela estava. – Tá me seguindo.Ele ri.- A gente pode fingir que está junto para a sua família também – ele dá de ombros. – Seria menos problemático para você.- Matt... – É a minha vez de rir. – Você realmente se imagina sentado em uma mesa de plástico em um bairro de subúrbio para o almoço de domingo?- Talvez – ele mente.- Isso nunca daria certo. Por favor, só finja que é meu chefe no spa.- Se você prefere assim – ele indica a entrada com a cabeça. – Tanto faz.Sigo para dentro do spa enquanto vejo Bianca nos observando através da vitrine. Se
Não vou mentir, não foi difícil me adaptar a minha nova rotina. Era como as pessoas costumavam dizer, a gente se acostuma fácil com aquilo que é bom. Matt tinha deixado o motorista a minha disposição, pronto para me levar para onde eu quisesse no horário que eu quisesse. A única coisa que ele exigia era que jantássemos juntos todas as noites, casa vez em um restaurante chique diferente.Sempre aproveitávamos aqueles momentos para nos conhecer melhor, contar histórias do passado, falar sobre nossos traumas, ou nossos sonhos. Nossas conversas acabavam fluindo tão bem que vez ou outra eu me pegava pensando que em outra realidade realmente poderíamos ser amigos. Isso, é claro, se todo o nosso relacionamento não fosse pautado em cima de um contrato, muito dinheiro e dois mundos completamente diferentes colidindo.A parte ruim de tudo aquilo eram os segredos que eu precisava guardar da minha família. Bianca tinha se tornado bem mais tolerável quando cedi a sua chantagem e a coloquei de rece
- Matt... Eu não acho... Eu não acho que isso seja uma boa... uma boa ideia... – Era difícil falar ou mesmo formular frases enquanto suas mãos e seus lábios percorriam meu corpo de maneira hábil.- É? – Ele provoca, levando dois dedos aos meus lábios para que eu me calasse – Sabe o que me parece uma excelente ideia...? – Ele ia abrindo os botões da minha blusa lentamente enquanto falava. – Cair de boca nesses seus peitos gostosos... chupar sua boceta até você explodir de tesão... e depois te colocar de quatro e meter com força, até suas pernas não aguentarem mais te sustentar...O magnetismo de Matt era tanto que eu acreditava que era capaz de gozar em antecipação apenas de continuar ouvindo o que ele queria fazer comigo. Meu clitóris latejava e eu estava completamente molhada, pronta para recebê-lo.- Então, Ella, se você realmente acha que isso é uma má ideia... – Ele agora brincava com meu mamilo direito, preso entre seus dedos indicador e médio, que faziam movimento de vai e vem,
- Então... vocês transaram? – Amanda tinha um sorriso gigante no rosto, enquanto eu lhe contatava.- Isso foi tudo o que você captou da história? – Reviro os olhos.- Tá, tá, Bianca, blá, blá, blá... Mas vocês transaram?- Não exatamente, mais ou menos.- Tão ruim assim? – Seu sorriso morreu.- Não! – Protesto, me atirando de costas na cama dela. – Ninguém nunca fez comigo o que aquele homem fez... – suspiro, tendo uma breve lembrança da sua língua em mim. – Só que... fomos interrompidos pela Bianca. Esse é o ponto. – Suspiro novamente. - Ele me defendeu de um jeito!- Ella... – Amanda para de tirar coisas do seu guarda-roupas e vem se sentar ao meu lado. – Corta essa!- Essa o quê?- De ficar apaixonadinha. Eu te avisei desde o começo.- Eu não tô apaixonadinha.- Você tá sim! Porque você associa sexo com amor e você acha que o fato dele querer te comer é porque ele gosta de você. Ele não gosta, Ella! Ele tá vendo uma puta de uma mulher gostosa que ele quer foder, e só. - Fico calada
Na segunda-feira, quando chego no spa, estou prestes a passar direto pela minha irmã na recepção e me isolara na minha sala, como vinha fazendo, mas algo me chama atenção. Ou melhor, alguém.Aquela loira de olhos azuis e porte de modelo, parada no balcão como se fosse uma estátua de cera, rouba minha atenção. E isso não acontece apenas pelo fato de ela ser uma mulher linda – muitos dos clientes que aqui frequentava, eram – mas sim por eu achar que a conhecia de algum lugar.- ... mas Lilly me garantiu que você poderia me conseguir um encaixe. Prometo me programar melhor da próxima vez – ela ia falando com Bianca.- Boa tarde! – Me aproximo, ao ouvir o nome de Lilly. – Posso te ajudar?- Ella! – Ela me puxa para perto, dando dois beijinhos em meu rosto. Como se fossemos amigas de longa data. Mas apesar da sensação de conhecê-la, não conseguia me lembrar de onde. – Talvez você não se lembre de mim, mas eu sou a Yasmim. Amiga do Matt e da Lilly.Mas é claro! Era a ex-namorada de Matt que
- Você saiu mais cedo hoje – constato, quando Matt entra na minha salinha no spa. Normalmente quando ele chegava, eu já estava fechando o caixa, mas hoje nós nem tínhamos terminado o expediente ainda.- Quero te levar em um lugar – ele diz, ocupando a cadeira vazia diante da minha mesa.- Achei que hoje eu ia te levar em um lugar – respondo.- Verdade – ele diz, abrindo um sorriso. – Fiquei curioso com a sua mensagem pedindo para escolher o restaurante hoje. Conseguiu uma reserva?- Er... claro – minto. Não precisaríamos de uma reserva no lugar no qual iríamos. – Não vamos ter problemas com isso.- Certo – ele diz, me parecendo um pouco tenso demais. Isso me traz um déjà-vu da última vez que tentei fazê-lo relaxar, que me deixa tensa demais também. – Mas quero te levar em um lugar antes de irmos para esse nosso jantar misterioso. É um presente de Dia dos Namorados adiantado.- Ôh! – Me pego sem palavras.Nem tinha passado pela minha cabeça o fato de trocarmos presentes de Dia dos Namo
A ideia de levar Matt para jantar em um boteco pareceu ainda mais idiota depois de sairmos da Lennox. Eu tinha tirado as joias, é claro, e elas estavam sendo mantidas seguras no carro dele. Ainda assim, o contrates de ambientes era tão gritante.- O que estamos fazendo, Ella?Matt está grudado às minhas costas quando adentramos no ambiente lotado e barulhento. Um grupo de pagode toca ao vivo em um palco improvisado, fazendo com que todos precisem falar alto para serem ouvidos e causando uma cacofonia desagradável. Encontro uma mesa vazia no centro da confusão e me dirijo para lá. Só respondo Matt quando já estamos sentados.- Tratamento de choque.- Como? – Ele pergunta, dando uma risadinha.- Você disse que queria fingir para a minha família que estamos juntos. Esse é o tipo de ambiente que a minha família frequenta, Matt, não restaurantes chiques. E eu duvido que você sobreviva até o final dessa noite.- Ah, você duvida? – Matt ri, enquanto desabotoa o blazer e o tira, pendurando no