Capítulo 57

Controlo minha respiração, tentando manter a calma diante dele, mas minha mente está em ebulição. Encaro Cadu brevemente, apenas o suficiente para não demonstrar o turbilhão de sentimentos dentro de mim, e volto minha atenção para a farmacêutica que me atende. O ambiente da farmácia parece pequeno, abafado, e tudo ao meu redor perde o foco. Só ele ocupa meus pensamentos.

— Muito obrigada, tenha um bom domingo — agradeço, tentando manter a voz firme, enquanto pego a medicação. Dou meia-volta, determinada a ir embora, ignorando-o completamente.

— Ei! — A voz dele me para, firme, e antes que eu perceba, sinto a mão de Cadu segurando meu braço. Aquele simples toque faz meu coração dar um salto. — Não vai falar comigo? — Ele está sério agora, os olhos fixos nos meus, me despindo de qualquer defesa que eu tente colocar entre nós.

— Estou com pressa — digo, sem emoção, puxando meu braço de volta, como se aquele toque tivesse queimado minha pele. Caminho em direção à saída, mas não resisto a
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