Assim que minha pequena saiu do quarto com a tia, Emily fechou a porta e me encarou, não hesitei em perguntar:— E nós? O que vai ser de nós agora?Ela caminhou lentamente até a cômoda, apoiando as costas no móvel com um suspiro pesado. Seus braços se cruzaram de forma defensiva, enquanto seus olhos, sérios, me encaravam com uma mistura de incerteza e determinação.— Acho que o melhor seria não nos envolvermos, Cadu. — Ela disse com a voz firme, mas algo em seu tom entregava a hesitação.Levantei de imediato, incrédulo. Cada passo meu em direção a ela era carregado de frustração e confusão.— Não nos envolvermos? — Parei diante dela, meu olhar buscando respostas. — Você está com medo de quê? — Minha voz soou mais trêmula do que eu pretendia.Ela me observou por um momento, parecia estar escolhendo cuidadosamente as palavras.— Tenho medo de nos magoarmos, de fazermos escolhas erradas e a Sophia pagar por isso.Eu ri de leve, um riso nervoso e cheio de incredulidade.— Você realmente a
Se meu corpo já tremia de desejo só por estar perto dela, imagine o que senti ao ver aquele corpo divino, completamente exposto, entregue a mim. Maravilhosa! Emily era a personificação da perfeição, cada curva do seu corpo me deixava mais faminto, e eu podia sentir minha boca salivar, desejando provar cada pedacinho de sua pele.Quando nossos lábios se encontraram, foi como uma colisão de mundos. O beijo era feroz, uma mistura de desejo reprimido e necessidade urgente. O gosto dela me enlouquecia, reacendendo a memória vívida do quanto o corpo dela era feito para se encaixar no meu. O desejo que sentia era devastador, possessivo, algo que nunca havia experimentado antes. Emily havia tomado conta dos meus pensamentos de forma avassaladora, e eu estava dominado, rendido a esse furacão que ela provocava em mim.Minha boca deslizou lentamente pelo seu queixo, descendo pelo pescoço quente e macio, enquanto ela inclinava a cabeça, entregando-se, facilitando meu caminho. Quando finalmente al
Minha respiração ainda estava descompassada, o coração disparado, e minha boca seca. Tudo que eu queria naquele momento era ficar ali, junto a ele, prolongando aquela sensação de satisfação e plenitude. Cadu me encarava com um olhar que me fascinava. Havia algo em seus olhos que me prendia; uma mistura de desejo e curiosidade que fazia meu corpo vibrar. A atração entre nós era inegável, quase palpável, e nossas bocas pareciam feitas para se encaixar, assim como nossos corpos.Ficamos ali, naquele silêncio confortável, apenas nos olhando, sem necessidade de palavras. Nossos olhares se comunicavam, revelando tudo o que estava dentro de nós. Após alguns instantes, meus lábios buscaram os dele novamente, num beijo calmo, doce, porém intenso. Cada toque dele me fazia arrepiar, e suas mãos, que acariciavam meu rosto com tanta delicadeza, me envolviam numa bolha de paz. Por minutos, ficamos assim, nos conectando de uma maneira que eu nunca havia experimentado antes.O clima entre nós era mág
Depois de um breve silêncio, Cadu tocou em um assunto delicado, rompendo a tranquilidade do momento.— Fiquei pensando... como foi sua conversa com o seu ex? — Ele afastou uma mecha de cabelo do meu rosto, ajeitando-a delicadamente atrás da minha orelha. Seu toque era suave, mas a preocupação em sua voz era palpável.— Não foi fácil, mas pelo menos está acabado — respondi, tentando manter a calma, embora o desconforto fosse evidente.— Se está acabado, por que ele ainda continua te ligando? — Ele perguntou, curioso, enquanto suas mãos acariciavam minha cabeça de maneira reconfortante.Suspirei, sentindo o peso da situação. — Ele não aceita o fim. Está tentando complicar minha vida de todas as maneiras.— Você tem medo dele? — Cadu perguntou, sua voz agora carregada de preocupação. Eu acariciei seu abdômen, buscando consolo, e soltei um suspiro cansado.— Eu prefiro não falar sobre ele agora, por favor — pedi suavemente. Cadu, no entanto, segurou meu queixo com firmeza, erguendo meu r
Seguimos para a sala, onde a família de Emily estava reunida, e a atmosfera era de pura animação. Elas riam e conversavam, mas logo perceberam nossa aproximação. Uma senhora simpática, com um sorriso caloroso, se adiantou para nos cumprimentar.— Boa tarde! Eu sou Roberta, mãe da Emi. Tudo bem com você? — disse ela, estendendo a mão de maneira acolhedora.Eu sorri e apertei sua mão com firmeza.— Boa tarde! Sou Carlos, mas pode me chamar de Cadu. E tudo ótimo, obrigado! E com você?— Ah, eu estou ótima! Mas nada de “senhora”, me chame de Roberta — disse, soltando uma risada leve.— Desculpe, Roberta. Farei isso — respondi, rindo junto.Ela logo continuou:— Fico muito feliz que você e minha filha estejam se entendendo. Sophia merece crescer com o pai presente. É muito importante que vocês dois estejam ao lado dela.Antes que eu pudesse responder, Emily se apressou em intervir.— Mãe, Cadu e eu somos amigos — disse ela, em um tom ligeiramente embaraçado. Lancei um rápido olhar para Emil
Assim que a revelação saiu da minha boca, senti a tensão no ar. O olhar de Bia queimava. Ela não demorou a explodir, e sua voz ecoou pela sala, carregada de fúria.— Sua o quê? Ficou louco? — Ela avançou, os olhos fixos em mim, quase desafiando.Eu mantive a calma. Respirei fundo e olhei para Sophia, que brincava inocentemente, alheia ao caos. — Minha filha, Bia — repeti, tentando manter o controle.Ela gargalhou, mas não era um riso leve. Era amargo, corrosivo. Todos os olhos estavam nela agora. Meus pais, que sempre foram equilibrados, observavam com cautela. César, animado como sempre, olhava de um lado para o outro, sem saber como reagir direito. — Só pode estar de brincadeira! O que é, hein, Cadu? Quer tanto essa mulher que está disposto a assumir até a filha dela? — O veneno nas palavras dela me irritava, mas decidi não responder. Continuei brincando Sophia, ignorando-a.— Deixe de ser idiota! Essa mulher nem vale tanto esforço! — insistiu Bia.— Bia, se comporte — minha mãe i
Dias DepoisMinha convivência com Sophia e Emily se fortalece a cada dia, e, ainda assim, me surpreendo com o quanto me sinto pleno ao lado delas. Sophia é uma menina carinhosa, esperta, e cada momento que passo com ela só reforça o quanto me apeguei à ideia de ser pai. Brincar com minha filha se tornou o ponto alto do meu dia, e já não consigo imaginar minha vida sem ela.Com Emily, a conexão é algo que nunca vivi antes. Ela parece ter entrado na minha vida para preencher espaços que eu nem sabia que estavam vazios. Tudo com ela é simples, leve e, ao mesmo tempo, intenso. Não precisamos de rótulos, mas é evidente o quanto estamos envolvidos. A cumplicidade entre nós é palpável, e isso tem incomodado muita gente — especialmente Bia e o ex-namorado de Emily, Bernardo, que insiste em assombrar sua vida.Por conta das burocracias da semana passada, o processo para registrar Sophia com meu sobrenome, e a correria da empresa, acabei adiando a conversa que pretendia ter com Bernardo. Mas nã
Esperar por Emily fazia meu coração bater mais rápido, a ansiedade dominava meus pensamentos, transformando os minutos em eternidade. A ideia de permanecer no meu apartamento como combinado tornou-se impossível, e, sem hesitar, fui até a casa dela. Surpreendê-la era a única coisa em que eu conseguia pensar.Quando ela abriu a porta, a visão dela, tão linda e radiante, arrancou de mim um sorriso que eu não conseguia conter. — Boa noite, princesa — disse, com uma empolgação que transbordava. — Você está deliciosa — as palavras escaparam antes que eu pudesse pensar, mas logo corrigi com uma risada leve. — Quer dizer, maravilhosa.Emily me olhou com uma expressão divertida, balançando a cabeça em reprovação suave, mas seus olhos brilhavam. — Muito obrigada, mas o que está fazendo aqui? — perguntou, surpresa, enquanto eu a puxava pela cintura, colando nossos corpos e deixando nossos lábios se encontrarem em um beijo quente.— Não aguentei esperar — confessei, os lábios roçando os dela. — E