O Arrependimento do Alfa: Reclamando Minha Companheira Humana
O Arrependimento do Alfa: Reclamando Minha Companheira Humana
Por: TS
Capítulo 1
Ponto de Vista de Talia

— Pare! Não! O que você está fazendo?! — Dois homens me empurraram para dentro de uma sala escura e me amarraram.

De repente, uma luz ofuscante brilhou, iluminando-me diretamente. Foi então que percebi que estava presa dentro de uma caixa de vidro, girando como uma caixinha de música.

Sentados ao meu redor, havia um grupo de homens. Não conseguia dizer se eram lobisomens ou humanos comuns, talvez ambos. Mas, independentemente da raça deles, todos me observavam com olhares lascivos, predatórios.

Eu os encarava com terror, compreendendo muito bem o que estava prestes a acontecer. O desespero se espalhou pelo meu coração.

— Mulheres grávidas realmente têm um fascínio único. Olhem para o peito dela, está enorme. — Disse um dos homens, com a voz carregada de vulgaridade, enquanto me observava, apoiando o queixo na mão.

Olhei para mim mesma. Meu vestido branco e fino mal cobria meus seios voluptuosos. Queria me cobrir, mas minhas mãos amarradas me deixavam indefesa.

— Que vergonha. Essa barriga está enorme e ela ainda está aqui se oferecendo. Quão desesperada ela deve estar?

— Já consigo sentir o cheiro dela entre as pernas.

— O rosto dela é bonito, mas é só uma humana frágil. Provavelmente não vai durar muito sendo usada como brinquedo.

...

Nunca imaginei que, com quatro meses de gravidez, me tornaria um objeto a ser leiloado.

Lágrimas ardiam nos meus olhos, a humilhação e a impotência me dominando.

Mas os homens continuavam com suas observações vulgares, indiferentes ao meu medo e às minhas lágrimas.

Aquela mulher, Kelly, tinha me garantido que isso era apenas uma sessão de fotos para gestantes. Então, como eu acabei nessa situação?

A mesa giratória sob mim girava lentamente, me deixando tonta, e minha visão se turvava.

Mas, antes que eu pudesse me perder completamente, um cheiro familiar, uma mistura de almíscar e fumaça, atingiu minhas narinas. E, através da névoa, vi um rosto imponente e gelado.

— Damon? — Sussurrei, minha voz trêmula.

Deve ser um sonho. Não havia como ele estar aqui.

Enquanto me recriminava mentalmente, a mesa parou de girar, e a voz gelada de Damon cortou o ar.

— Filhote de quem é esse?

— Damon, é realmente você? — Estendi a mão para ele, como uma pessoa que se afoga agarrando uma tábua de salvação, mas fui puxada de volta pela corrente ao redor do meu pescoço.

— Vou te perguntar mais uma vez. Filhote de quem você está carregando? — Rugiu ele.

— Como você pode dizer isso? Esse é o seu filho, Damon! — Gritei, com a garganta apertada.

— Meu?

Os olhos de Damon se tornaram vermelhos, um sinal de que a fúria de um lobisomem estava prestes a se desencadear.

Ele levantou um teste de paternidade na minha frente. O papel mostrava que o bebê que eu carregava não era dele, mas de Carson.

Carson era meu colega de faculdade, que já havia me cortejado. Mas, naquela época, eu já era a companheira de Damon.

— Não, isso não pode ser verdade. — Gaguejei. — Isso deve ser um erro! Esse é o seu filho! Carson e eu somos apenas amigos...

Antes que Damon pudesse responder, um homem ao seu lado falou:

— Alfa Damon, o leilão está prestes a começar. Se tiver algo a dizer, pode fazer isso depois do leilão.

Leilão?

Kelly tinha me garantido que isso era apenas uma sessão de fotos.

— Onde está a Kelly? Quero vê-la. Fui enganada!

Eu me debatia desesperadamente, as cordas cravando em meus pulsos até sangrarem.

— Talia, você já está se vendendo. Para que fingir? — Damon zombou.

— O que você está dizendo?! — Gritei.

— Hmph. Você mesma assinou o contrato. Pode negar o quanto quiser! Mas a Abby estava certa. Você não passa de uma miserável caçadora de ouro.

— Eu nunca assinei contrato nenhum! — Protestei, com voz firme.

Abby, a Beta de Damon, estava ao seu lado, olhando-me com desprezo. Ela era uma das raras guerreiras lobisomens e a confidente mais confiável de Damon.

— Alfa Damon... — O leiloeiro interveio novamente.

Damon acenou com a cabeça e se dirigiu até o assento VIP, bem em frente a mim.

— Lance inicial: 200.000. Cada aumento de no mínimo 100.000. Comecem.

O anúncio do leiloeiro inflamou a multidão.

— 200.000...

— 300.000...

— 1 milhão...

...

— 3 milhões...

O valor subia rapidamente, e cada número crescente cortava mais fundo em minha alma.

Enquanto o leiloeiro chamava.

— 3 milhões uma vez, 3 milhões duas vezes...

Um homem calvo, com a barriga redonda e o rosto gorduroso, levantou a mão.

— 5 milhões...

A náusea subiu em mim, e eu quase vomitei.

A sala caiu em silêncio, mas, naquele momento, a voz de Damon ecoou de repente.

Olhei para ele com uma faísca de esperança. Fomos companheiros uma vez. Certamente, ele não poderia suportar me machucar.

Mas suas próximas palavras me afundaram ainda mais na desesperança.

— 6 milhões. Eu a compro... e deixo todos aqui se divertirem.
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