Capítulo 5
Ponto de Vista de Talia

Um dia se passou, depois dois dias, depois três dias, e no quarto dia, Damon finalmente chegou.

Eu deveria odiá-lo, odiá-lo tanto que o simples pensamento dele fazia meus dentes rangerem.

Mas, pelo bem da criança, ainda assim o convidei para vir.

— Fale. Por que queria me ver? — Ele estava firme e imponente à minha frente, seus olhos gelados me penetrando.

— Damon, eu sei que, não importa o quanto eu explique, você não vai acreditar em mim. Mas tenho algo a te pedir. — Comecei, minha voz tremia. — Damon, eu fui sua companheira, e você me amou uma vez, certo? Então, se eu morrer, você poderia, por favor, criar um fundo fiduciário para o meu filho? Apenas o suficiente para ele sobreviver e tenha uma educação. Isso é tudo o que eu quero agora, por favor. — Implorei, sincera e humilde.

Os lábios de Damon se curvaram para cima.

— Talia, parece que eu te mimei demais no passado. Você realmente quer que eu cuide do filho bastardo de você e de outro homem? Por que não pede isso ao Carson?

— O filho não é do Carson!

— Você ainda está tentando dizer que o filho é meu? — Damon zombou friamente.

Eu balancei a cabeça, impotente, meu coração sangrando.

— Eu não quero provar nada, Damon! Tudo o que eu quero é garantir o futuro do meu filho e, para isso, faço qualquer coisa que você pedir.

— Ah, é? Então me faça um favor. — Damon disse, pegando meu pescoço e se aproximando para sussurrar em meu ouvido.

Depois, ele pegou minha mão e a colocou sobre ele. Através de uma camada de tecido, eu pude sentir claramente sua excitação.

Embora não houvesse mais nada entre nós além de ódio, minhas bochechas também coraram. Além disso, o cheiro e o calor do corpo dele pareciam aliviar o vazio e a solidão que eu carregava há tanto tempo.

— Se eu te agradar, você vai concordar em cuidar do meu filho? — Perguntei, olhando em seus olhos.

— Sim. — Damon sussurrou, mordendo meu pescoço no mesmo lugar onde ele havia me marcado.

Velhas memórias invadiram minha mente. Ele me carregara até um penhasco. Naquele lugar isolado e distante, eu me entregara completamente a ele. Ele me marcou, e a dor aguda, junto com um calor estranho, se espalhou por mim. Eu não podia ver o vínculo, mas sabia que, a partir daquele momento, nossos destinos estavam entrelaçados.

Mas por quê? Por que acabamos assim?

Eu lentamente desabotoei sua camisa e acariciei suavemente seus músculos esculpidos. E, quando estava prestes a beijar seus lábios, ele se afastou.

Eu me arranquei das velhas memórias.

Não, Talia, isso é apenas uma transação. Não somos mais os mesmos de antes.

De uma só vez, ajoelhei-me e desabotoei seu cinto, tirando-o dele.

— Damon, você não pode voltar atrás. — Disse eu, olhando para cima, para ele.

— Diga, "você é minha”.. — Damon de repente puxou meu cabelo com força e me aproximou de sua virilidade.

— Damon, eu sou sua.

— Diga que você é uma v*dia.

— Eu... eu sou uma v*dia. — Lágrimas escorreram pelas minhas bochechas.

— Talia, você fingia tão bem! Só agora posso ver claramente, você não é nada além de uma cachorra.

Eu não respondi e coloquei minha boca no trabalho.

Quando ele se despediu, Damon saiu sem dizer uma palavra.

Eu nunca tinha visto esse lado de Damon antes; era mais bestial do que um animal selvagem.

No passado, por eu ser uma humana comum, Damon costumava ser muito gentil e carinhoso comigo. Cada vez que fazíamos amor, ele sempre perguntava suavemente:

— Isso dói? Está confortável?

Mas hoje, ele me tratou como se eu não fosse nada mais do que uma válvula de escape para o seu prazer.

A única coisa que eu ainda apreciava nele era que ele não machucava meus filhos. E também acreditava que ele cumpriria sua promessa.

Afinal, durante o ano em que estivemos juntos, ele nunca quebrou sua palavra, não só para mim, mas para todos na sua alcateia também.

Os dias depois que encontrei Damon trouxeram mudanças também na prisão. A comida foi melhorando cada vez mais.

Os guardas até trouxeram alguns livros sobre cuidados com bebês.

Li-os curiosamente e segui os métodos e exercícios mencionados neles. O tempo passou rápido e, antes que eu percebesse, já haviam se passado cinco meses.

Os movimentos dos bebês ficaram mais fortes.

Minha barriga estava tão grande que mal conseguia me deitar para dormir.

Eu estava esperando trigêmeos, então, desde o começo, minha barriga estava muito maior do que a de uma mulher grávida normal.

Os ginecologistas na prisão também aumentaram em número. Eu não sabia se isso tinha sido arranjado por Damon. Não tinha ouvido mais nada dele desde aquele dia.
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