Parte 3...MatteoEu até já sinto meu coração disparar, só de me aproximar da casa. Sentia saudade daqui, mas voltar depois de tanto tempo me traz muitas recordações. Passei muito tempo querendo vir aqui e sempre deixava para depois. Agora me sinto errado. Deveria ter vindo antes e não ter que voltar para mostrar o lugar a Ana, para que ela me entenda nesse processo do testamento.E como sempre está tudo bonito, tudo verde em vários tons e as árvores centenárias de pé, balançando com o vento. Até as que eu plantei com meu avô já estão dando sombra. Isso é muito bom. Segui com o carro pela estrada ladeada de árvores e parei em frente ao casarão antigo.Na verdade, a propriedade tem três grandes casas centrais e mais duas de visitas, além das casas mais abaixo, onde vivem os funcionários. Alguns estão aqui há mais tempo até do que eu tenho de vida.Desci do carro e ouvi a porta grande se abrindo. Ajudei Ana a descer também. Dá para sentir o aroma das flores que estão plantadas no jardim
Parte 4... Ana Eu nem sei o que pensar dessa viagem e da noite que estou tendo com Matteo. O dia passou até rápido, entre a viagem de carro até aqui, conhecer os funcionários do lugar, o modo como eles tratam Matteo, que até parece outra pessoa aqui. Mais calmo, mais relaxado. A noite está muito gostosa. Uma brisa suave balança as folhas das oliveiras que Matteo me disse serem centenárias. Fiquei impressionada com os detalhes que ele me contou. Uma mesa de madeira antiga foi colocada no terraço de pedra e algumas lanternas de ferro forjado lançam sua luz dourada sobre nós, clareando os detalhes delicados da toalha e realçando os arranjos de flores silvestres que Maria arrumou com cuidado. Tudo eles que fizeram para que eu tivesse uma boa chegada aqui e estou gostando muito desse carinho deles. Realmente, pra mim é algo novo. Eu escolhi um lindo vestido vermelho que foi colocado em minha mala e que se destacava contra a paisagem toscana, cheia de verde e o piso claro. Acho que M
Parte 5... Matteo É engraçado como as coisas mudam sem que a gente perceba. Essa invenção de meu avô Pietro, de me forçar a estar casado para receber o que já me pertencia pela ordem natural das coisas, só me deu raiva e indignação no começo, mas agora me vejo em uma situação diferente e que está me deixando mais vívido do que antes. Com certeza essa situação forçada adicionou um tempero à minha vida que está sendo bem interessante de provar e acho que no final, vou ficar bem satisfeito. Apesar de nunca ter feito tal coisa, eu precisei me manter calmo com relação a Ana e ao que ela sente sobre esse plano. Mas depois de conversamos muito, acho que estamos em um situação de confiança que nos permite dar esse passo adiante. Até mesmo porque, eu que não vou ficar sem sexo por tanto tempo, apenas por causa dos caprichos de Pietro. Ah, mas não vou mesmo. Eu sei que ela está nervosa, mesmo dizendo que também quer dar esse passo. Falamos sobre proteção, mas infelizmente, nesse momento,
Parte 6... Matteo... Esse momento está sendo único para mim. Meu coração está batendo tão forte que até parece que vai sair do peito e levantar voo se eu não fechar a boca. E sei que Ana está esperando muito de mim agora. Eu pedi algumas das flores que Nicolete espalha pela casa para decorar e tirei as pétalas, espalhando pela cama. É uma bobagem, eu sei, mas me deu vontade de fazer isso e eu fiz. Não tenho que ficar me preocupando com o que vão pensar. E Ana espera uma primeira vez que ela não esqueça. Enquanto ela estava conversando com Alberto e Tereza, eu aproveitei e espalhei as pétalas e até encontrei duas velas aromáticas e trouxe para o quarto. Peguei meu celular e deixei na posição certa de uma playlist que gosto de ouvir de vez em quando. Acho que o jantar, o passeio e o quarto vão me ajudar a dar uma boa impressão a ela. Pelo menos ela pode acreditar que eu realmente pensei nela para nossa primeira vez. — Nossa, Matteo... - ela andou até a cama — Você mandou que fi
Parte 7... Peguei a mão pequena de dedos finos dela e depositei um leve beijo na palma. Ela estremeceu. Puxei sua mão até minha ereção e a fiz me sentir, me apalpar. Ana ficou muito corada. Eu sorri. Ela me apertou um pouco e eu chiei entre os dentes. Ela pareceu se assustar e retirou a mão depressa. — Desculpe... Eu machuquei você? Eu fiz que não com a cabeça e segurei sua mão de novo. Minha voz saiu rouca. — Não fez nada de errado... Eu gostei muito... Não pare - a fiz repetir o gesto novamente — E você tem culpa por eu estar duro assim, Ana. É você que me excita. Ela ficou vermelha quase como um tomate. — Ok... E-eu entendo - me olhou de modo tímido e eu achei fofo — V-você quer fazer coisas em mim. — Não - balancei a cabeça — Eu quero fazer coisas com você. Nós dois, Ana... Só nós dois - estou me segurando — Quero dar e receber prazer ao seu lado - segurei um palavrão — É nossa primeira vez. O que você sente eu também sinto, Ana - ela aumentou os olhos — Também sinto ver
Parte 8... Matteo... Eu nem pensei em mais nada, antes que por qualquer motivo, ela acabasse desistindo de continuar nosso momento. E eu quis que fosse aqui porque unia as duas coisas. Nem demorei um minuto para me livrar da calça e jogar no chão junto com a cueca. Vi os olhos dela correrem direto para meu genital, crescerem, acho que por espanto, assim espero e depois voltarem ao meu rosto. Ela está bem corada e não pude deixar de rir. — Não ria de mim, Matteo - ela reclamou. — Não estou rindo de você - segurei seu queixo — Estou rindo com você. Está parecendo um tomate. Ela apertou os lábios e riu também. — Desculpe... Falta de prática. — Não se desculpe, eu até acho bonitinho. Voltei a beijá-la para que se distraísse um pouco. Eu nunca parei para analisar o que uma mulher poderia pensar ou sentir ao ver um homem com ereção pela primeira vez. Seria feio? Esquisito? Talvez assustador? Não sei realmente e sem querer fingir modéstia, eu sei que sou bem dotado nesse quesito. J
Parte 9...Matteo...Depois de uns minutos, estávamos suados, a música da playlist já se repetia e a janela aberta mostrava que a lua já sumia da paisagem. Por mais que eu estivesse gostando muito de nossa primeira vez, eu tenho um limite de controle.E não dava mais. Empurrei fundo e gemi o nome dela, jogando a cabeça para trás. Acho que senti um efeito parecido com voar. Foi incrível. E pela resposta do corpo dela, acho que Ana também conseguiu ter um vislumbre desse voo comigo. Me derramei dentro dela e deixei o corpo descer sobre o dela, abraçados.** ** ** ** ** ** **Ana...Meu Deus... O que eu fiz?Minha cabeça está tão cheia quanto meu coração. Estou cheia de dúvidas, mas ao mesmo tempo, de certezas. Acho que estou perdida, essa é a verdade. Penso uma coisa e eu mesma respondo, analiso e julgo. Nossa, como é difícil não ter um apoio para conversar.Meu coração está desacelerando. Ou talvez seja o dele, em cima de mim. Estamos abraçados tão grudados que se alguém nos vir agora,
Parte 1... Matteo Hoje cedo quando acordei fiquei observando Ana que ainda dormia. Eu realmente suguei a energia dela durante a noite. Mas acho que valeu a pena. Foi uma experiência muito diferente, pra nós dois. E eu confesso que pra mim foi muito bom. No início achei que seria uma ideia ridícula de Sandro e Otávio, mas até que tenho que dar o braço a torcer, porque eles sabiam mais sobre ela do que eu e juntar nós dois está sendo uma boa coisa. Acho que todos estão mesmo certos de que existe uma relação de verdade entre nós e não um contrato com tempo determinado. — Ana! - balancei a mão para o alto para chamar sua atenção — Vem... Vamos comer algo! Ela acena lá de baixo. Está com uma das funcionárias e Nicolete, pegando flores no novo jardim. É engraçado, mas acho que ela combina com essa paisagem. Está de um jeito que eu jamais a veria, se continuasse apenas como minha secretária. E não é que eu não gostasse dela antes, eu nem mesmo a via realmente. Entrava apressado e ficav