Parte 4... Ana Depois de mais algumas bobagens ditas por Matteo, decidimos levantar e começar o dia. Eu tinha que ir ver como está a Acácia e quero aproveitar também para fazer uma pesquisa por uma ou duas imobiliárias. Claro, sem que ninguém saiba, porque isso pode acabar craindo boatos ruins. Peguei uma toalha e segui para o banheiro. Como não quero demorar muito, não pretendo lavar meu cabelo agora logo cedo. Vejo Matteo atrás de mim. — O que quer agora, Matteo? Eu vou tomar banho - balancei a toalha. — Eu sei, eu também vou. — Então use o outro banheiro do quarto. — Eu não - ele fez uma expressão irônica — E porque? Tem um chuveiro muito bom aqui. Vou tomar aqui mesmo, é mais rápido. — Então vai logo - abanei a mão. Eu pensei que ele foss
Parte 5... Matteo Entrei no box na frente da Ana, mas acho que fui meio seco depois de termos feito amor duas vezes e disfarcei, a puxando para tomar banho comigo também, embora ela reclamasse um pouco no começo, mas fiz piada com a ideia sem noção dela e acabou cedendo. — Se eu já vi você nua mais de uma vez - ri enquanto me ensaboava — Inclusive estive dentro de você agora a pouco - ela ficou vermelha e eu ri mais ainda — Qual é o problema em tomar banho junto comigo, Ana? — Ah, sei lá, Matteo - ela pegou o sabão líquido e a esponja colorida — Eu nunca tomei banho com outra pessoa e menos ainda com um homem. Eu ri alto e a puxei, ensaboando seu corpo com a minha espoja já cheia de sabonete. — Não tem problema, somos casados agora, esqueceu? — Verdade - ela olhou a aliança no dedo — Eu vou sair daqui a pouco para ver a Acácia. — Conte a novidade a ela. Vai ser bom que ela converse com as enfermeiras e espalhe a boa notícia. — Será que vão saber que já somos casados? — Quem?
Parte 6... Matteo Ouço a porta da cozinha se abrir. A Patty chegou para começar a limpeza. Não queria que ela visse que Ana está aborrecida comigo, mas acho que não tem muito jeito de evitar. Tenho que inventar algo. — Bom dia, Patty! - entrei na cozinha. — Ah, bom dia! -ela deixa a sacola em cima de uma cadeira — Ainda não saiu para o trabalho? - olhou para o relógio de pulso — Que milagre - sorriu. — Não é bem um milagre - peguei uma garrafinha de água na geladeira — Na verdade eu estava conversando com a Ana sobre nossa viagem de lua de mel. — Lua de mel? - ela ficou de lado me olhando — Já marcou o casamento? — Na verdade, nos casamos ontem - revelei. — Nossa, que coisa boa... E rápida - ela riu franzindo a testa — Bem, meus parabéns. A Ana já acordou? — Já sim, ela está se arrumando - bebi um gole grande da água — Patty, o que você aconselha para um marido que fala demais? - forcei um sorriso apertado. — Matteo - ela colocou as mãos na cintura — O que você disse? — Nad
Parte 7... Ana Quando cheguei na clínica, Acácia estava no quarto dela. Achei estranho porque geralmente ela gosta de ficar no jardim. Entrei e ela estava deitada de lado, olhando para fora, pela janela aberta. — Oi! - entrei animada — Bom dia, querida. Vim te ver - deixei a bolsa em cima de uma cadeira ao lado da pequena cômoda branca. As cortinas estavam abertas e os raios ainda suaves do sol da manhã entravam no quarto. Fiquei um pouco preocupada ao ver Acácia assim, parecendo pensativa, o olhar distante, mirando o lado de fora do quarto. O rosto dela embora fosse marcado pela idade e pela doença que apagou um pouco sua vivacidade, ainda mostrava que ela tinha sido uma mulher bonita, de beleza suave. Seus cabelos grisalhos refletiam seus anos de sabedoria. Era uma mulher que sempre tinha algo de bom para oferecer ao outro, mesmo que fosse pouco. Eu sempre achei bonito isso dela e aprendi. Agora que estou mais segura de que poderei ter uma vida mais tranquila, começo a pensar
Parte 8...MatteoEu estava me preparando para mais um dia de trabalho na empresa, quando, ao chegar na entrada, notei uma agitação incomum. Havia um pequeno grupo de paparazzos aglomerados perto do portão, todos ansiosos para me abordar. Franzi a testa, preocupado com o que poderia estar acontecendo.Assim que desci do carro e me aproximei da entrada da empresa, os paparazzos se aproximaram com suas câmeras prontas e microfones estendidos. Eu fiquei até perplexo e um tanto desagradado de ver tanta gente assim logo cedo, querendo apenas criar mais uma matéria que era só uma fofoca para dar vizualização e pronto. Queria entender porque eles estavam ali.— Pode nos dar uma palavra, Matteo? - um repórter exclamou, empurrando um microfone em direção a mim, quase batendo em meu rosto.—
Parte 9... Matteo A tarde estava quente, quase sufocante. O trânsito da cidade estava horrível e mesmo aqui de cima, está ecoando lá embaixo. Não encontrei Ana na sala ou cozinha, então ela só pode estar no nosso quarto. Entrei e fui direto para a varanda e lá estava ela. Sentada em uma cadeira de vime, vestindo uma blusa leve de seda que realçava sua delicadeza. Eu não sei como nunca havia reparado nisso. Ela estava relaxada e balançava os pés descalços preguiçosamente, enquanto folheava um livro, que eu acho ser de poesias. E estava usando óculos de aro fino pendurados no pescoço. Me aproxiei dela, o calor lá de baixo até contrastava com a fresca gostosa aqui em cima na varanda. Me abaixei e sorri, a pegando de surpresa. Lhe dei um beijo suave na testa e ainda bem que ela aceitou meu gesto com graça. Nossos olhares se encontraram. — Eu não sabia que usava óculos - toquei na armação de plástico
Parte 10...AnaNossa, eu estou surpresa com o que vejo. O fim de tarde se desenhava no horizonte, pintando o céu com tons suaves de laranja e rosa, à medida que Matteo se aproximava da entrada do hotel que eu nem imaginava ser tão luxuoso assim.Eu nunca havia experimentado algo assim antes, e até sinto uma admiração diante da grandiosidade e beleza desse lugar. As palmeiras balançavam suavemente ao sabor da brisa marinha, criando uma atmosfera de tranquilidade que contrastava com a agitação que eu costumava enfrentar em minha vida.O hotel se erguia majestoso, a arquitetura moderna e elegante parecendo desafiar a própria natureza que o cercava. E o que eu mais gostei. À minha frente se estendia o mar, uma vastidão de azul profundo que se encontrava com o céu no horizonte. O som das ondas quebrando na praia era uma melodia suave que preenchia o ar.Nossa, eu me senti até mais leve, se é que isso é possível. Estava sorrindo de orelha a orelha, enquanto caminhava com Matteo de mãos dad
Parte 1...MatteoO dia hoje coeçou bem bonito e isso é bom para aliviar o pensamento sobre o que vem. Tinha duas mensagens de Lucas no celular, mas eu não quis ouvir. Não quero ter nada que me aborreça agora. Quero curtir esse dia lindo e sem responsabilidade nenhuma. Não é sempre que eu posso fazer isso.O sol estava brilhando intensamente sobre a praia, tingindo o céu de um azul profundo. As areias douradas estendiam-se até o mar, onde as ondas preguiçosas dançavam suavemente na costa. A água era morna e clara, me convidando a mergulhar em suas profundezas refrescantes. E eu vou fazer isso.Andei tão rápido que deixei a Ana um pouco para trás. Me virei para ela e agitei os braços a chamando com entusiasmo, para quem sabe assim, ela perder o receio de entrar na água.— Ana, você tem que vir para cá! A água está perfeita! Você não vai se arrepender! - eu gritei sorrindo.Ela me olhou meio de lado, fazendo uma cara de dúvida. Ana estava encantadora com um maiô azul escuro e mesmo com