Insaciavelmente. Gozei ali. Embaixo ele. Nos dedos dele. Dessa vez sem grito, de um jeito silencioso, mas avassalador.Ele me segurou com força, o queixo encostado no meu ombro, o peito subindo e descendo de desejo contido. Ainda estava vestido, mas a tensão em seu corpo era como uma corda prestes a arrebentar. Ficamos ali, presos um no outro, por alguns segundos eternos.E então ouvimos.— Que coisa mais linda de se ver. — o sotaque era arrastadoA voz não veio como um susto. Era leve, quase musical. Me virei devagar, ainda sentada sobre o Tristan, os dedos dele finalmente se afastando de mim, mas seu olhar permanecendo fixo no meu rosto, como se ainda não quisesse me soltar.Ivana estava de pé, na areia, com os braços cruzados e um sorriso curioso nos lábios. Não parecia constrangida. Nem desconfortável. Pelo contrário, parecia… genuinamente encantada. A primeira coisa que senti não foi vergonha. Foi surpresa.Eu não esperava ser vista. Muito menos por ela. Mas também não
Houve um momento breve em que seus olhos pareceram sinceros. Um lampejo de algo verdadeiro, quase humano, brilhou ali — e por um segundo me peguei acreditando. Mas Stevan nunca deixava a máscara cair por muito tempo.— Tão bem quanto uma criança pode estar quando a mãe é obrigada a espionagem por causa de um desgraçado que ameaça o próprio filho — retruquei, a voz dura e baixa.Ele fingiu ofensa, levantando as sobrancelhas.— Nossa… que agressiva. Achei que você ficaria feliz em me ver. Faz tempo que a gente não se encontra assim… pessoalmente.— Eu prefiro morrer do que te ver “assim”. — Minha voz falhou de leve, mas me mantive firme.Ele cruzou os braços e se recostou de forma teatral no banco, como se estivesse apenas aproveitando o sol da manhã.— Só queria ver o andamento das coisas. Tô esperando há um tempo, você sabe. E, sinceramente, tá demorando mais do que eu gostaria.— Eu vou conseguir — respondi. — Mas não no seu tempo. Vai ser no meu.Ele me encarou com aquele so
Ivana e eu estávamos perto de uma das janelas de vidro que se abria para o jardim iluminado. Taças de champanhe nas mãos, sorrisos bem ensaiados nos rostos. Meu vestido preto longo, de costas nuas, parecia desenhado para aquela noite. Cabelo preso com descuido calculado, a maquiagem leve, os olhos marcados — eu estava pronta. Ou fingia estar.Fingia que aquela era só mais uma noite elegante. Fingia que eu não carregava um segredo no bolso do vestido. Que não estava ali com um propósito escondido. Fingia que o olhar de Tristan não queimava cada vez que nos cruzávamos, como se nosso corpo ainda soubesse se reconhecer no meio de qualquer multidão.Ele parecia um rei no meio de seu império. Um terno escuro perfeitamente ajustado, a postura calma, os gestos precisos. Usava óculos — aqueles mesmos óculos que sempre foram sua assinatura, desde os nossos dias em vídeo granulado. Aquilo doía. E encantava. E enfraquecia minhas pernas de um jeito perigoso.Quando passou por mim, esbarrou leve
— Olha como está linda essa boceta. — ele geme ainda me chupando. — Tristan… — eu gemi, os dedos no cabelo dele, puxando, guiando. Ele me respondeu com um gemido baixo e vibrou contra mim. Meu corpo tremia. Tínhamos acabado de começar e eu já estava tão perto. Ele desviou os lábios, mordeu minha coxa depois lambeu, me deixou superando pesadamente. Eu gemia o seu nome e ele suspirava me dando oque eu precisava. — Deus! Você é mais doce doque eu me lembrava. — ele abre mais minhas pernas, a ponto de quase dor, e ele literalmente me devora. .Eu estou temendo, sua língua é imbatível. Quero pedir para ele parar, pretendo gozar enquanto monto como uma putinha em seu pau. Quero dizer a ele para parar, mas meu corpo já está se debatendo com um orgasmo intenso e muito atrasado. — Oh, Deus!Grito quando meu corpo estremece sob sua língua, o que não parece querer parar. Ainda estou tremendo com os tremores secundários do orgasmo quando sinto um dedo grosso deslizar na minha abertura molha
Acordo com a sensação de que ainda estou dentro de um sonho. A brisa suave que entra pelas janelas entreabertas acaricia minha pele nua como dedos invisíveis, e a primeira coisa que percebo é o calor do corpo dele ao meu lado. Meu peito se aperta devagar, num misto de ansiedade e ternura. Minha perna está jogada sobre ele, nossos corpos entrelaçados em um descanso íntimo, quase inocente, depois do furacão da noite anterior.O sol invade o quarto com uma luz dourada, pálida, que suaviza tudo o que toca, como se o mundo lá fora também respeitasse esse momento.Na noite anterior, com o quarto escuro, eu não me preocupei. Mas agora, instintivamente, puxei o lençol até a cintura, cobrindo a cicatriz. Embora a minha posição, me favorecesse. Eu estava escondendo meu ventre não por vergonha. Mas porque ele ainda não sabe. E se visse… talvez começasse a fazer perguntas para as quais eu ainda não tenho respostas.Mas ainda assim, Não me mexo. Não ouso. Meu rosto está virado para ele e fico ap
Ele me pressiona contra a parede e envolve minhas pernas em volta de sua cintura. Seus olhos heterocromados observam meus lábios e sua boca fica aberta. — Oh Deus. – Meus olhos se fecham com a sensação avassaladora de sua reivindicação. Ele bate em mim e me levanta para frente e para trás sobre ele. Suas mãos, sobre minha bunda, me levantando sobre o seu pau grande. — Ahh, sim! — Choro.Ele dilata minha carne e acho que me sinto rasgar.— Vamos esclarecer uma coisa, Cat. — Ele bombeia com força. — Você não toca mais no passado. Você é minha! – Ele me bate de novo e fico tonta com a força de Tristan. — Não! — resmungo, enquanto o beijo, com um beijo agressivo.Ele segura meu pescoço, me enforcando, enquanto sussurra em meu ouvido.— Eu também posso fazer isso, se você me quebrou. — ele solta algo como um rosnado. — Eu não te fiz nada. Eu te amei. — Porra, — ele suspira, — você foi a melhor coisa que me aconteceu. — Ele rosna, as veias em seu peito e ombros bombeiam co
E mesmo com tudo que eu escondia… eu quis acreditar nele. Nem que fosse só por um instante.*Saí do banheiro com a pele quente e os cabelos ainda pingando, a toalha branca apertada contra o corpo. O quarto estava silencioso, exceto pelo som abafado do meu celular vibrando sobre a cômoda. Assim que a tela acendeu, uma enxurrada de notificações tomou conta — mensagens não lidas, áudios, fotos, chamadas perdidas. Respirei fundo, sem coragem de ver tudo de uma vez. Mas então, uma nova chamada entrou. E meu coração derreteu ao ver o nome.— Oi, meu amor…— Mamãe! Você tá bem?— Tô sim, meu bem… Tava pensando em você.— eu também meu amor, eu deveria ter voltado para casa ontem à noite. Você sabe que eu não gosto de dormir longe de você. Mas aconteceu um imprevistoDeitei de lado, relaxando sobre os lençóis. A toalha subiu um pouco na coxa, mas nem notei. Fechei os olhos e me entreguei àquele som tão familiar.— Dormi com sua blusa… Aquela que tem seu cheiro.— Ai, meu amor… Você n
O som da chuva batendo nas janelas era quase reconfortante. O céu desabava lá fora, mas aqui dentro havia paz. Meus pés descalços deslizavam pelo chão frio enquanto eu cantarolava baixinho, ajeitando algumas coisas que estavam espalhadas pela sala — um livro esquecido sobre o braço do sofá, uma manta caída, algumas folhas soltas do meu caderno. Eu já estava de pijama, o cabelo preso de qualquer jeito, e uma xícara de chá pela metade repousava na mesa de centro.Olhei para o corredor. Silêncio.Tristan — meu filho — já dormia. Aos dez anos, ele ainda fazia questão de que eu apagasse a luz do quarto, contasse alguma história boba ou simplesmente o abraçasse até ele adormecer. Hoje, ele tinha caído no sono rápido. Devia estar exausto depois do dia cheio.Enquanto recolhia uma almofada, meus olhos repousaram sobre um desenho feito por ele. Era de nós dois. Mãe e filho. Com sorrisos enormes e braços desproporcionais, como se ele quisesse abraçar o mundo inteiro com aqueles traços. Sorri