P.V. CHRISTIAN HILLQuase.Eu estava tão perto. A gente estava em uma sintonia tão boa. Quase beijei a Mayra, mas ela foi a primeira a desviar e se afastar de mim. Não é possível que ela não tenha sentido alguma coisa naquele momento. Se ela aceitasse casar comigo teria arrastado na mesma hora para algum cartório. Balanço minha cabeça de um lado para o outro, sorrindo. Estou nas nuvens com aquele pequeno momento que tivemos ontem. Mexeu com ela e ela não conseguiu disfarçar o resto da noite.Ouvi duas batidas na porta e pedi para a pessoa entrar. Mayra está perfeitamente vestida com a sua saia lápis preta, e a camisa branca social. Alguns botões estão abertos, nada que sensualize. Ela está concentrada nos papéis em suas mãos e quando me olhou seu sorriso era bem grande.— Notícias boas?— Maravilhosas! Já preparei a festa de confraternização separada dos funcionários que estão na construção do Shopping. Os bônus já estão preparados para todos os que precisaram viajar para obras distan
P.V. CHRISTIAN HILL— Viu?! Se a gente tivesse saído naquela hora que falei, não estaríamos enfrentando esse trânsito e essa chuva.O trânsito está horrível e essa chuva repentina piorou tudo.— Que culpa tenho se você tem uma empresa e precisa trabalhar? — Mayra tentou olhar pela janela. — Não vamos conseguir chegar na sua casa tão cedo.— Não mesmo. — Consegui uma brecha e virei à direita fazendo o retorno.— O que você vai fazer?— Vamos ficar em um hotel mais próximo e esperar essa chuva passar. Pelo menos passar o suficiente para conseguir dirigir com segurança.Essa chuva está forte demais e pode ocorrer acidentes. Isso é se não tiver acontecido algum acidente, o trânsito está muito lento. Infelizmente não foi um dos meus hotéis favoritos e nada luxuoso, primeiro que não tem estacionamento, então precisamos sair na chuva para conseguir entrar no estabelecimento. Segurei o meu casaco e coloquei por cima de mim e da Mayra para tentar evitar pegar chuva. Foi uma tentativa falha, n
P.V. MAYRA REIS— Chegamos! — Entrei na casa do Christian sentindo o cheirinho da comida.Christian estava logo atrás de mim. Quando seus pais vieram em nossa direção, ele passou direto indo para a cozinha, mas parei vendo as expressões em seus rostos.— Onde vocês estavam? — Miranda perguntou para mim.— Por que pergunta a mulher se a gente já, sabe? — Jordan cruzou os seus braços. — Menina se prepara para surtar e acho que o seu relacionamento pode ser afetado.— Surtar? — Olhei para eles sem entender. — Relacionamento? Que relacionamento?— Tentamos ligar para você e para Christian, mas ninguém atendia. — Miranda falou. — Talvez seja melhor você ligar para o seu namorado primeiro e explicar a situação…— Que situação? — Continuava sem entender e esqueci que eles não sabiam que não estou mais com Marcos. — E… não estou namorando mais.— Ah, menos mal! — Jordan deu de ombros.— Jordan!— O quê? Sabemos que poderia acabar ferrando o relacionamento dela, mas como não está mais namorand
P.V. CHRISTIAN HILLJustin havia demitido Marcos e arruinado sua carreira aqui em Nova York. Marcos precisou voltar para Moscou, porque sua ficha aqui está feia e não conseguiria nenhum trabalho. Marcos conseguiu manter o seu trabalho em Moscou, parece que ele apenas tinha sido emprestado ao Justin e ficaria um período aqui em Nova York.Para Mayra, ele havia dado a certeza que estava em Nova York e aqui seria sua nova morada. Contei por alto o motivo da Mayra e Marcos não estarem mais juntos.— Você vai fazer a casa da família Baykov? — Meu pai perguntou. — Eles são amigos próximos do dono da empresa onde esse Marcos trabalha. Poderiam fazer esse favorzinho e o seu nome não estaria nas manchetes. — Jordan sugeriu.— Como ficou sabendo sobre a casa?— Eles me ligaram com a intenção de convencer você. — dá de ombros. — Eu sabia que não ia adiantar nada e falei para que entrasse em contato com a Mayra.Acabei sorrindo.— Já aceitou que a Mayra que escolhe os trabalhos?Ele bufou.— Essa
P.V. MAYRA Faz um dia que estamos em Los Angeles. Ficaremos o resto da semana aqui, participar do evento de entrega do Shopping e vamos para o Brasil. Até agora tudo está ocorrendo conforme o plano. Depois das notícias desagradáveis que saíram sobre mim e Christian, os olhares atravessados em minha direção aumentam. Venho ignorando o máximo possível algumas pessoas, principalmente aqueles que fazem piadinha com o assunto. Claro que vão fazendo essas piadinhas quando o Christian não está por perto. Não dou ibope e ignoro, deixando eles com raiva. Bater boca com eles não fará ganhar mais dinheiro. Dessa vez fiquei em um quarto e Christian no outro, nesse hotel não tinha a versão do duplex. Com o tablet na mão, olho a agenda para garantir que está tudo certo para a viagem. E é bom estar senão Christian ficará falando no meu ouvido. Já avisei a minha família sobre a viagem repentina. O plano era passar o natal e o ano novo, mas devido as últimas coisas que vem acontecendo resolvemos ad
Férias!Pisar em solo brasileiro é outra coisa, eu estava com tanta saudade desse lugar. Gosto da minha vida em Nova York, mas pelo menos uma vez no ano preciso vir para o Brasil. E é claro que o meu grude vem atrás, pegamos nossas malas e fomos para a entrada do aeroporto. Meus primos iriam vir buscar a gente. Christian colocou os óculos escuros na cabeça e pegou o seu celular do bolso ligando. A gente aproveitou para dormir o máximo possível durante o voo.— Priminha, a cada dia que te vejo você fica mais linda. — Olhei na direção daquela voz que reconheceria em qualquer lugar.Maicon vinha em nossa direção com um grande sorriso no rosto. Logo atrás vinha o Mateus, ambos são mais altos do que eu. Maicon tem um cabelo até a altura do ombro e é personal trainer, eu sofri demais com ele quando ia à academia do qual ele é dono. Mateus é irmão mais novo do Maicon, diferente do irmão, seu cabelo é baixo como um corte militar. Ele é dono de uma loja de roupa masculina. Maicon me abraçou m
P.V. CHRISTIAN HILLA única parte ruim quando estou no Brasil com a Mayra é que a gente não divide o quarto. Acho melhor nem tentar nada por aqui, mas sinto falta de dormir com ela. Nesses últimos dias em Los Angeles, cada um estava em seu quarto e agora no Brasil não seria diferente. Como sempre fui bem recebido e acho que exagerei um pouco na cerveja ontem. Estou com uma leve dor de cabeça, mas continuo sendo ruim no forró.Tomei um banho demorado para ver se a dor de cabeça passava um pouco. Com certeza estou pronto para outra, dessa vez me controlando mais porque ficarei olhando a Mayra. Sei que estamos com a família dela e nada de ruim acontecerá caso fique bêbada. Tem muitos olhos, mas tenho que fazer isso. É a minha Mayra. Aqui no Brasil fico mais de boa. Gosto de estar com a família dela, eles são bem animados e aproveito bastante disso, porque aqui consigo ficar completamente à vontade e não falamos em momento algum sobre o trabalho. Uma vez ou outra ajudo eles em relação ao
P.V. MAYRA REISEu não sabia que minhas primas andavam dando em cima do Christian, principalmente a Gabriela. Ele deveria ter me contado. É estranho demais. Com certeza daria confusão na família e ainda bem que ele não ficou com ninguém. Amizade apenas e nada, além disso. Tenho só amizade, por que elas estão querendo algo a mais? — Filha, a Gabriela foi para cozinha pegar alguns pratos para o almoço. — Minha mãe falou para mim. — Você pode ajudar ela. Não esqueça de trazer a maionese também.— Tá bom.Fiz o que a minha mãe pediu e seria uma oportunidade perfeita para poder conversar com a Gabriela. Conheço a prima que tenho e não quero me estressar futuramente, eu vim para descansar e não acabar matando alguém da minha família. Na cozinha, Gabriela tirava alguns pratos de dentro da geladeira e colocava em cima da mesa.— Ah, prima. Até que enfim alguém veio me ajudar. — Ela sorriu aliviada.Quando o assunto é comida, a minha família arrasa. Acaba exagerando na quantidade mesmo tendo