P.V. CHRISTIAN HILLJustin havia demitido Marcos e arruinado sua carreira aqui em Nova York. Marcos precisou voltar para Moscou, porque sua ficha aqui está feia e não conseguiria nenhum trabalho. Marcos conseguiu manter o seu trabalho em Moscou, parece que ele apenas tinha sido emprestado ao Justin e ficaria um período aqui em Nova York.Para Mayra, ele havia dado a certeza que estava em Nova York e aqui seria sua nova morada. Contei por alto o motivo da Mayra e Marcos não estarem mais juntos.— Você vai fazer a casa da família Baykov? — Meu pai perguntou. — Eles são amigos próximos do dono da empresa onde esse Marcos trabalha. Poderiam fazer esse favorzinho e o seu nome não estaria nas manchetes. — Jordan sugeriu.— Como ficou sabendo sobre a casa?— Eles me ligaram com a intenção de convencer você. — dá de ombros. — Eu sabia que não ia adiantar nada e falei para que entrasse em contato com a Mayra.Acabei sorrindo.— Já aceitou que a Mayra que escolhe os trabalhos?Ele bufou.— Essa
P.V. MAYRA Faz um dia que estamos em Los Angeles. Ficaremos o resto da semana aqui, participar do evento de entrega do Shopping e vamos para o Brasil. Até agora tudo está ocorrendo conforme o plano. Depois das notícias desagradáveis que saíram sobre mim e Christian, os olhares atravessados em minha direção aumentam. Venho ignorando o máximo possível algumas pessoas, principalmente aqueles que fazem piadinha com o assunto. Claro que vão fazendo essas piadinhas quando o Christian não está por perto. Não dou ibope e ignoro, deixando eles com raiva. Bater boca com eles não fará ganhar mais dinheiro. Dessa vez fiquei em um quarto e Christian no outro, nesse hotel não tinha a versão do duplex. Com o tablet na mão, olho a agenda para garantir que está tudo certo para a viagem. E é bom estar senão Christian ficará falando no meu ouvido. Já avisei a minha família sobre a viagem repentina. O plano era passar o natal e o ano novo, mas devido as últimas coisas que vem acontecendo resolvemos ad
Férias!Pisar em solo brasileiro é outra coisa, eu estava com tanta saudade desse lugar. Gosto da minha vida em Nova York, mas pelo menos uma vez no ano preciso vir para o Brasil. E é claro que o meu grude vem atrás, pegamos nossas malas e fomos para a entrada do aeroporto. Meus primos iriam vir buscar a gente. Christian colocou os óculos escuros na cabeça e pegou o seu celular do bolso ligando. A gente aproveitou para dormir o máximo possível durante o voo.— Priminha, a cada dia que te vejo você fica mais linda. — Olhei na direção daquela voz que reconheceria em qualquer lugar.Maicon vinha em nossa direção com um grande sorriso no rosto. Logo atrás vinha o Mateus, ambos são mais altos do que eu. Maicon tem um cabelo até a altura do ombro e é personal trainer, eu sofri demais com ele quando ia à academia do qual ele é dono. Mateus é irmão mais novo do Maicon, diferente do irmão, seu cabelo é baixo como um corte militar. Ele é dono de uma loja de roupa masculina. Maicon me abraçou m
P.V. CHRISTIAN HILLA única parte ruim quando estou no Brasil com a Mayra é que a gente não divide o quarto. Acho melhor nem tentar nada por aqui, mas sinto falta de dormir com ela. Nesses últimos dias em Los Angeles, cada um estava em seu quarto e agora no Brasil não seria diferente. Como sempre fui bem recebido e acho que exagerei um pouco na cerveja ontem. Estou com uma leve dor de cabeça, mas continuo sendo ruim no forró.Tomei um banho demorado para ver se a dor de cabeça passava um pouco. Com certeza estou pronto para outra, dessa vez me controlando mais porque ficarei olhando a Mayra. Sei que estamos com a família dela e nada de ruim acontecerá caso fique bêbada. Tem muitos olhos, mas tenho que fazer isso. É a minha Mayra. Aqui no Brasil fico mais de boa. Gosto de estar com a família dela, eles são bem animados e aproveito bastante disso, porque aqui consigo ficar completamente à vontade e não falamos em momento algum sobre o trabalho. Uma vez ou outra ajudo eles em relação ao
P.V. MAYRA REISEu não sabia que minhas primas andavam dando em cima do Christian, principalmente a Gabriela. Ele deveria ter me contado. É estranho demais. Com certeza daria confusão na família e ainda bem que ele não ficou com ninguém. Amizade apenas e nada, além disso. Tenho só amizade, por que elas estão querendo algo a mais? — Filha, a Gabriela foi para cozinha pegar alguns pratos para o almoço. — Minha mãe falou para mim. — Você pode ajudar ela. Não esqueça de trazer a maionese também.— Tá bom.Fiz o que a minha mãe pediu e seria uma oportunidade perfeita para poder conversar com a Gabriela. Conheço a prima que tenho e não quero me estressar futuramente, eu vim para descansar e não acabar matando alguém da minha família. Na cozinha, Gabriela tirava alguns pratos de dentro da geladeira e colocava em cima da mesa.— Ah, prima. Até que enfim alguém veio me ajudar. — Ela sorriu aliviada.Quando o assunto é comida, a minha família arrasa. Acaba exagerando na quantidade mesmo tendo
P.V. CHRISTIANDessa vez está sendo mais difícil ficar perto da Mayra. Percebi sua mudança de humor quando ofereci a minha ajuda e a prima dela apareceu, quando Mayra saiu com Maicon fiquei tentado a ir junto. Queria ter certeza se realmente está bem. O pai da Mayra estava bem empolgado hoje juntamente com seu tio, o padrasto dela ria de cada besteira que aqueles dois faziam. Era contagiante a risada.Todos conseguiram se dar tão bem juntos.Avó da Mayra se aproximou e me abraçou de lado, ela é uma senhora baixinha e muito engraçada. De ontem para cá ela apertou a minha bunda umas dez vezes, estou sendo assediado, mas acho que Mayra não vai se importar com isso. Dançando forró com ela mais uma vez, era a única pessoa na qual não pisava no pé ou ela fazia acreditar que estava dançando super bem. Maria se aproximou me oferecendo mais cerveja.— Quando você está no Brasil parece mais brasileiro do que a gente. — falou em um perfeito inglês.— Aqui é muito bom, vocês são muito animados e
P.V. MAYRA REISNo dia seguinte fiz questão de acordar cedo para poder me despedir da minha mãe e do meu padrasto. Queria ter todo mundo aqui de novo, mas eles precisavam continuar com seus afazeres. Combinei no meio da semana que iria com Christian na casa dela, minha mãe insistiu novamente perguntando se a gente não queria ficar lá que já é perto da cidade e da praia. Eu neguei.Sem gritarias, sem barulhos de carros e sem o estresse do dia a dia. Esse condomínio é muito bom, sai de casa e colocar o pé na grama e respirar fundo. É algo que eu estava precisando demais. Tenho certeza que Christian seria o primeiro a negar se a minha mãe pedisse. Com muita dificuldade, mas ele iria negar.— Se cuidem! Já notei todos os números necessários para vocês e está colado na geladeira, tem os números de emergência também. — Minha mãe falou novamente.— Pode ficar tranquila mãe. — Abracei ela novamente. — Tomem cuidado na estrada.Me despedir do meu padrasto enquanto minha mãe foi se despedir do
Fiz uma maquiagem leve a fim de melhorar um pouco a minha imagem. Por mim não passaria maquiagem nenhuma, mas não quero assustar ninguém. Christian que aguente a minha versão desarrumada nestas férias. Porém, não ficarei na presença de outros. Sobre o jantar, Maicon conversou apenas com o Christian, queria entender esse grude tão repentino.Ouvir o barulho do carro, Maicon e a sua namorada devem ter chegado. Ajeitei o vestido em meu corpo, saindo do meu quarto. Meu cabelo está preso em um rabo de cavalo alto e frouxo. Christian havia aberto o portão para eles. Encontrei com eles na varanda, a namorada de Maicon é um pouco mais alta do que eu. Ela tinha uma pele linda e muito bem cuidada, pele que gostaria de ter, aquela pele avermelhada igual de índio e dona de um cabelo cacheado cheio. Ainda bem que no mínimo passei uma maquiagem no rosto. Meu pai é negro, mas puxei mais para minha mãe. Então sai mais clarinha.— É uma honra finalmente te conhecer, meu nome é Juliana. — veio até mim