P.V. MAYRA REISEu não sabia que minhas primas andavam dando em cima do Christian, principalmente a Gabriela. Ele deveria ter me contado. É estranho demais. Com certeza daria confusão na família e ainda bem que ele não ficou com ninguém. Amizade apenas e nada, além disso. Tenho só amizade, por que elas estão querendo algo a mais? — Filha, a Gabriela foi para cozinha pegar alguns pratos para o almoço. — Minha mãe falou para mim. — Você pode ajudar ela. Não esqueça de trazer a maionese também.— Tá bom.Fiz o que a minha mãe pediu e seria uma oportunidade perfeita para poder conversar com a Gabriela. Conheço a prima que tenho e não quero me estressar futuramente, eu vim para descansar e não acabar matando alguém da minha família. Na cozinha, Gabriela tirava alguns pratos de dentro da geladeira e colocava em cima da mesa.— Ah, prima. Até que enfim alguém veio me ajudar. — Ela sorriu aliviada.Quando o assunto é comida, a minha família arrasa. Acaba exagerando na quantidade mesmo tendo
P.V. CHRISTIANDessa vez está sendo mais difícil ficar perto da Mayra. Percebi sua mudança de humor quando ofereci a minha ajuda e a prima dela apareceu, quando Mayra saiu com Maicon fiquei tentado a ir junto. Queria ter certeza se realmente está bem. O pai da Mayra estava bem empolgado hoje juntamente com seu tio, o padrasto dela ria de cada besteira que aqueles dois faziam. Era contagiante a risada.Todos conseguiram se dar tão bem juntos.Avó da Mayra se aproximou e me abraçou de lado, ela é uma senhora baixinha e muito engraçada. De ontem para cá ela apertou a minha bunda umas dez vezes, estou sendo assediado, mas acho que Mayra não vai se importar com isso. Dançando forró com ela mais uma vez, era a única pessoa na qual não pisava no pé ou ela fazia acreditar que estava dançando super bem. Maria se aproximou me oferecendo mais cerveja.— Quando você está no Brasil parece mais brasileiro do que a gente. — falou em um perfeito inglês.— Aqui é muito bom, vocês são muito animados e
P.V. MAYRA REISNo dia seguinte fiz questão de acordar cedo para poder me despedir da minha mãe e do meu padrasto. Queria ter todo mundo aqui de novo, mas eles precisavam continuar com seus afazeres. Combinei no meio da semana que iria com Christian na casa dela, minha mãe insistiu novamente perguntando se a gente não queria ficar lá que já é perto da cidade e da praia. Eu neguei.Sem gritarias, sem barulhos de carros e sem o estresse do dia a dia. Esse condomínio é muito bom, sai de casa e colocar o pé na grama e respirar fundo. É algo que eu estava precisando demais. Tenho certeza que Christian seria o primeiro a negar se a minha mãe pedisse. Com muita dificuldade, mas ele iria negar.— Se cuidem! Já notei todos os números necessários para vocês e está colado na geladeira, tem os números de emergência também. — Minha mãe falou novamente.— Pode ficar tranquila mãe. — Abracei ela novamente. — Tomem cuidado na estrada.Me despedir do meu padrasto enquanto minha mãe foi se despedir do
Fiz uma maquiagem leve a fim de melhorar um pouco a minha imagem. Por mim não passaria maquiagem nenhuma, mas não quero assustar ninguém. Christian que aguente a minha versão desarrumada nestas férias. Porém, não ficarei na presença de outros. Sobre o jantar, Maicon conversou apenas com o Christian, queria entender esse grude tão repentino.Ouvir o barulho do carro, Maicon e a sua namorada devem ter chegado. Ajeitei o vestido em meu corpo, saindo do meu quarto. Meu cabelo está preso em um rabo de cavalo alto e frouxo. Christian havia aberto o portão para eles. Encontrei com eles na varanda, a namorada de Maicon é um pouco mais alta do que eu. Ela tinha uma pele linda e muito bem cuidada, pele que gostaria de ter, aquela pele avermelhada igual de índio e dona de um cabelo cacheado cheio. Ainda bem que no mínimo passei uma maquiagem no rosto. Meu pai é negro, mas puxei mais para minha mãe. Então sai mais clarinha.— É uma honra finalmente te conhecer, meu nome é Juliana. — veio até mim
— O que tem nesse vidro vai deixar a bebida mais gostosa? — perguntei irônica.— Não sei do que você está falando. — Gabriela colocou o pequeno vidro de volta no bolso, evitando me olhar.— Não estou surpresa de que você tenha descido a esse nível. Apenas não dá para evitar a tristeza. Você faz parte da família, mas não costumamos conquistar nossas coisas desse jeito…— Ah, lição de moral a essa hora, Mayra? — Ela riu e pegou a garrafa fechando novamente.Quando Gabriela iria passar por mim, segurei o seu braço e empurrei para trás fazendo ela voltar.— Você acha mesmo que vou deixar voltar para a mesa fingindo que nada aconteceu? — Olhei ela séria. — Quer ir embora agora e manter escondido essa sua imagem de puta ou quer que seu irmão lide com isso?!— Não sou criança! Desculpa não ser tão perfeitinha como você. Agora saia da minha frente!Ergui a sobrancelha surpresa com tamanho autoridade e ordenou que saísse da sua frente. Essa garota está pensando que é quem? Gabriela nunca havia
— Christian! Vem logo deixo você aí. — Gritei. Estou no carro.Christian correu. Ele sabia que é bem capaz de deixá-lo para trás, Christian é chato com atrasos e agora ele quer atrasar?— Não posso ir sem o meu protetor solar. — Revirei os olhos. — Tinha o meu óculos também que não estava achando e também…— Chris, a gente só vai à praia e logo volta.Hoje a gente resolveu ir à praia cedo. Vamos em Copacabana, foi preciso ir cedo para conseguir achar uma vaga. É dia de semana, mas não quero ter dor de cabeça. Christian está querendo entrar para minha lista de estresse. Ele se atrasou e agora a gente está saindo dez horas, queria ter saído no máximo oito horas. Até para ir à praia esse homem se atrasa. Saímos do condomínio em direção ao nosso próximo destino.— Você está muito ranzinza hoje. — Christian começou a passar o seu protetor solar. — Eu deveria ter chamado Maicon.— Eu deveria ter chamado Maicon. — Imitei ele. — Então leva Maicon para Nova York também no meu lugar.— Já conhe
P.V. CHRISTIAN HILL Que vista, senhores. Maravilhosa vista que tive. Com certeza terei sonhos maravilhosos essa noite com aqueles peitos. Não pude deixar de sorrir quando deitei na minha espreguiçadeira depois de ser expulso pela Mayra. Fechei os meus olhos para poder guardar aquela imagem por mais tempo. É a primeira vez que fico tão perto assim.Após todo esse incidente, Mayra ficou sem graça e meu amigo precisava se acalmar, então fui para o mar. Nós dois estávamos precisando ficar a sós, mas por motivos diferentes. Parece que tudo está acontecendo a meu favor. No dia que Juliana e Maicon foram para chácaras e pulamos na piscina, quando Mayra e eu subimos para o quarto consegui ter uma aproximação a mais com ela. O clima esquentou. Achei que aquela hora seria o momento certo para tentar beijá-la, Mayra correu para o banheiro.Mergulhei novamente tentando distrair a cabeça. Essa mulher vai me deixar maluco antes mesmo da gente voltar para Nova York. Olhei para o céu.— Como faço pa
P.V. MAYRA REISNa volta para casa foi bem tranquilo. Christian não quis voltar para a praia, mesmo que tenha insistido. Estávamos ali perto mesmo, eu poderia ficar mais um tempo. Meu pé não doía tanto quanto eu dizia e ele sabe disso. Seguimos direto para a chácara e nem passamos no mercado, aquele lado do cuidadoso do Christian estava falando mais alto.Como estou para ficar naqueles dias. É nesse momento que eu mais gosto do lado protetor do Christian. Ele me mima tanto que sortuda será a mulher que casar com esse homem. Enquanto eu subi para tomar um banho, Christian fez o pedido de algumas coisas no iFood. Depois do meu banho troquei o esparadrapo do meu pé e fui no guarda-roupa pegar uma roupa para mim. Não demorei para vestir a minha roupa e sair do quarto indo procurar o Christian.Ouvi um barulho vindo do quarto dele e me aproximei da porta que está um pouco aberta. Christian estava vestida apenas de sunga branca e estava de costas para mim olhando para o espelho, ele estava