P.V. MAYRA REISFiquei assustada com os gritos de repente. Não entendi bem o que estava acontecendo, mas sei que Christian estava bem alterado. Mal dava para ouvir a sua voz perto da voz de uma mulher. Quem está com ele lá embaixo? Será que alguma vizinha entrou para tentar ajudar?Saiu do meu quarto às pressas tateando a parede tentando me localizar. Conheço bem a casa, só não me agradava ter que andar no escuro. Ouvi um som de tapas e me assustei mais ainda, quase caí na escada, mas consegui descer sem me machucar.— Se você não me quer, então vou acabar com a sua vida. — Ouvi a voz da Gabriela.— Gabriela? — Christian virou a lanterna do celular na minha direção. Fiquei algumas vezes devido à luz. — O que você está fazendo aqui?Não consegui entender porque a Gabriela estaria aqui. Ela me olhou nervosa, mas logo o seu olhar mudou para determinação.— A culpa é sua! — Assim que ela terminou de falar começou a bater em si.Ela dava tapas fortes no próprio rosto, gritando e pedindo so
Assim que chegamos na delegacia, fui separada do Christian. Não deixaram a gente falar nada um com o outro e fui praticamente jogada na sala. Não consegui chegar até o canto da sala onde tem uma cama ou parecia ser uma cama. Sentei no chão mesmo e fechei meus olhos, respirando fundo. Estou presa.Estou em uma delegacia.Minhas mãos tremiam sem parar e o meu coração batia rapidamente. O que pesava mais não era o fato de estar na cadeia e sim o motivo de estar aqui. Eu não esperava isso da Gabriela e não parece ser a primeira vez que ela faz isso. Levantei a cabeça para o alto, e respirei profundamente, é uma das técnicas que aprendi para aliviar a ansiedade.Com a cabeça baixa a sensação de falta de ar é maior. Eu não consegui tirar da cabeça a Gabriela se batendo, ela pegou um pedaço de vidro e se cortando. Gabriela fez careta na hora que enfiou o caco de vidro na sua pele, mas ela continuou. Naquele momento ela não foi burra suficiente para se machucar a ponto de morrer. Gabriela qu
Sentamos de frente ao delegado e começamos a contar tudo o que havia acontecido. Não consegui terminar uma reação quando Christian contou que Gabriela havia causado a queda de luxo, ela estava tentando ficar com ele. Ele descreveu a cena, principalmente quando ela beijou ele e arranhou sua barriga. Christian levantou a blusa e mostrou, olhei para os meus braços vendo estarem arranhados.Estava bem dolorido. Terei que usar blusa de manga longa por um tempo.Christian falou que o único momento que bateu nela foi quando ela tentou abrir o zíper da sua bermuda. Ele bateu na mão dela. Gabriela não estava esperando essa reação dele e ele aproveitou para se afastar. Christian começou a contar que a Gabriela começou a se bater por conta própria e dizer que ia acabar com a vida dele, porque ele não queria ela. As imagens surgiram rapidamente na minha cabeça.Gabriela precisa de ajuda rapidamente. Fico tão triste por ela e, ao mesmo tempo, com tanta raiva, entendo tudo o que ela fez e não é de
— Aposto um beijo que você ainda não dormiu. — Christian falou fechando a porta do quarto atrás dele.— Apostaria um beliscão, mas parece que passou uns 10 caminhão por cima de mim. — Estou deitada com a coberta até a altura da cintura.Acho que consegui até perder alguns quilos nessa briga com a Gabriela. Mas me fez lembrar o quanto sou sedentária. Ok, não chego a ponto de ser sedentária porque tenho uma vida bem agitada e estou sempre em movimento, mas também agora estou sentindo dor em cada canto do meu corpo.Meus braços são os que mais dói devido à unhada que ela me deu. Christian passou pelo banheiro para escovar o dente e quando terminou veio para cama.— Andei pesquisando alguns lugares para a gente ir. — Christian ficou mexendo nos meus dedos, ele estava deitado de lado. — Em Angra dos Reis tem praias ótima. Como a sua família está quase se desfazendo pelo ocorrido…— Christian!Ele riu.— Estou brincando. Mas não acho que o clima ficará bom ainda nessas férias. Concorda?Sus
Capítulo 43P.V. CHRISTIAN HILL— O motivo do desmaio dela foi o excesso de estresse. — O médico falou. — A partir de hoje, Mayra precisa de repouso absoluto. O nível de estresse dela está muito alto. Estando no período menstrual…— Fala mais alto que acho que o resto do hospital ainda não te ouviu. — Mayra respondeu com grosseria ao médico.— Mayra! — Maria repreendeu ela. — Não fala desse jeito.— Desculpa. — Me desculpei para o médico. — May não é muito acessível nesse período.Ele suspirou não evitando a sua irritação. Para um senhor de idade, ele deve estar achando Mayra uma mulher muito mal educada. Ele falava inglês fluentemente e foi mais fácil conversar com ele quando a gente saiu da sala. Era melhor sair ou a Mayra ia continuar dando patada no doutor. Ela nunca ficou tão estressada como hoje, também nunca teve esses acontecimentos recentemente na sua vida. O médico me explicou que Mayra precisa de repouso ou poderá ocasionar coisas piores na sua saúde. E tendo esses desmaio
P.V. CHRISTIAN HILL— Como assim vocês já voltaram do Brasil? — Jordan está sem acreditar. — Vocês sempre demoram para voltar. E agora volta com uma semana de viagem? O que aconteceu por lá?— Fui presa Sr. Hill. — Mayra gritou ao meu lado.Estou em uma ligação com meu pai. Havíamos acabado de chegar em casa quando recebi sua ligação.— Como assim Mayra foi presa?! — Jordan perguntou preocupado.— É uma longa história pai, mas está tudo bem agora. Está precisando de alguma coisa? Está tudo bem com a minha mãe? — Fiz um sinal de cabeça para o meu motorista e o outro empregado para deixar as malas no canto da sala mesmo.Mayra já tinha subido para o andar de cima.— Vou querer saber mesmo. Sua mãe está bem e sim preciso de algo…— Pai, se for trabalho…— É pior, meu filho. O assunto é sobre família, a sua prima Lúcia casará com aquele cara de 50 anos.— O que?Ele riu.— Aquele homem que ela conheceu em Miami, lembra? Então ela disse que está completamente apaixonada e o casamento já fo
P.V. MAYRA REIS— Christian, acho que vou para casa, já estou te dando muito trabalho. Não queria ir embora, mas reconheço que estou ficando muito chata. A parte de não se estressar está sendo bem mais fácil aqui em Nova York. Christian tem estado comigo todos esses dias. Só passaram dois dias. Para completar, um ciclo menstrual veio bem mais forte do que o normal neste mês. Então dá para imaginar que o meu humor está mais do que péssimo.Christian não tem que ficar passando por isso.— May, volta a deitar. — Christian resmungou. — Falta pouco para meia-noite. Você não vai a lugar nenhum nessa hora.Voltei a deitar.— Já que você insiste.Ele riu. Christian está deitado de costas para mim.— Você já escolheu o vestido para o casamento?O vestido para o casamento da Lúcia. Ainda não estou acreditando que ela vá se casar, Lúcia troca mais de namorado do que de roupa. Aceitei fingir ser a namorada do Christian no dia do casamento da Lúcia com o tal empresário. Estou imaginando uma cena
— Chifruda não sou, mas como é saber que nunca terá o Christian? — Cruzei os meus braços. — Vocês acabaram de citar uma modelo e uma atriz americana, olhando para vocês não se enquadrem em nenhuma dessas opções.A loira me olhou ofendida.— Sou modelo…— Você é modelo da marca da sua família e nenhuma outra. Se essa é uma das opções para poder se enquadrar. Ah, querida. Eu já fiz fotos quando era pequena para um comercial. — Rebati. — É melhor vocês pensarem bem antes de falar. Vocês não estão falando com nenhuma bobinha não…— Oi, meninas. — Jordan apareceu. — É um prazer vê-las novamente. — As duas deram um sorriso tão grande para Jordan.— Ele é casado! — Abracei Jordan de lado e deitei a minha cabeça no seu peito. Elas não poderiam fazer isso! — E é o meu sogro!As duas olham-me dê um jeito que era capaz de me matar ali mesmo. Jordan achou melhor me tirar dali quanto antes. Ele segurou no meu braço discretamente e me puxou para sairmos. Não muito longe da gente estava Miranda e Ch