- Oi Ivete, algum recado importante?- Gerard retorna do almoço. -Não há nada por enquanto; mas ...a Dione quer lhe ver. -Estranho, ela não atendeu as minhas chamadas. -Pode ter sido por causa da reunião, ela nem almoçou hoje. -Okay Ivete, falarei com ela; qualquer coisa me liga. -Está bem Gerard. Gerard chega a sala da Dione a encontrando agitada...-Oi Di, morri de te ligar lá do restaurante.-ele a beija na boca sem ser correspondido. -Ah, foi? -Que houve? -Vou ser curta e grossa. -ela abre o vídeo no celular. -Lembrou-se de mim nesse momento? -Mas o que significa isso? Não... não me recordo de era visto ninguém gravar minha imagem. -Não reconhece essa voz de gralha? Por acaso não viu sua ex futura candidata a namoradinha? Ah Gerard, tira essa máscara de bom moço, já não lhe cai bem. -Mas...que está insinuando!? Calma Di. -Calma um cacete. Estou farta de ver você se esquivando e sempre escorrega na desmilinguido. Qual é a de vocês afinal?? -Estou tão perplexo quanto voc
Bairro das Laranjeiras, Rio de janeiro Dione amanhece indisposta, ela não vai para a empresa seguindo direto para casa dos pais. -Oi Mamãe, desculpa não ter avisado, posso ficar hoje quietinha no meu quarto? -Meu amor, isso é pergunta que se faça, a casa é sua. -Risos- Ando tendo problemas de estômago, tenho me alimentado mal, tudo desse embrulhado; estou estressada com umas coisas na Moya. -Hum... estômago embrulhado pode ser muitas coisas. Anda se alimentando mal, nervosa. Podíamos ver a dra. Natasha, ela sempre cuidou bem da nossa nutrição. -A Natacha vai me dar um puxão de orelha. Eu ganhei 3 kilos, estou descuidada. -Não notei filha. Esses kilos devem estar distribuídos nas pernas -Risos -É sério mamãe. Me descuidei de tudo. O Gerard está me deixando louca. -Senta aqui bebê. Toma essa vitamina de banana que acabei de fazer, você sempre gostou. -Aaaii, não desce! Está com achocolatado? -Claro que não! -Não quero mamãe, prefiro comer um kakí. -Não temos kakí filha, pos
-Minha nossa, como esta casa está cheirando bem! O que temos aqui nesta panela?-Meu bem, que bom veio almoçar, pensei que fosse ficar no Moya hoje.-Decidi vir para casa após uma certa conversa com Gerard minha flor. Ele e Dione andam estremecidos.-Ah Joaquim, sua filha sempre foi temperamental já não sabe! Está cismada com uma velha amiga do Gerard.-Ciúmes, só pode ser!-Segundo ela é mais que isso. Acha até que estão tendo um caso.-Quem, o Gerard? Só rindo.-Ele ri maneando a cabeça.-É, também acho o mesmo; mas eles é que precisam decidir. -Vou tomar um banho e venho. Onde ela está?-No quarto. Pediu pra ficar sozinha um pouco. Traga-a para mesa quando descer .Joaquim toma seu banho, segue para o quarto da Dione que está com a porta encostada. Ela está na sacada da varanda, ele vai em sua direção.-Bonita visão não é filha?Me Lembro nitidamente de você brincando neste jardim.-Oi papai- Ela o envolve num abraço. -Sinto sua falta.-Seu velho pai sempre estará aqui até quando De
Moya Esportivo-Bom dia Ivete, seu chefe já chegou?-Dione a encontra no elevador.-Bom dia Dione, ele disse que viria mais tarde. -Assim que ele aparecer me avisa, mas não fala nada pra ele.-Entendo. Pode deixar.-Dione segue para sua sala encontrando Alice no corredor.- Alice, você por aqui tão cedo?-Oi Dione, Bom dia! O casting me chamou para uns testes. Tomara que tudo dê certo desta vez.-E quando foi que deu errado? -Dione cruza os braços.- Pelo que me lembro; você deu crise por não pousar nas externas. -Crise, eu? Ah Dione, não sou uma mimizeira, mas tenho pavor de expor minha pele ao sol escaldante.-Bem, você que sabe; tudo tem um preço.- Nem me fale! Você é persistente, para não dizer, uma heroína.-O que eu tenho haver com isso?-Não vai me dizer que esperar um homem por mais de vinte anos não é um preço a ser pago duramente?-Dione engole em seco.-Ainda mais tentar dia a dia apagar a memória da falecida. Eu te invejo. -Não entendi?? Falecida, memória...o que quer dizer
Gerard marcou um almoço com seus sogros num restaurante. Dione não foi convidada; era o assunto no qual a deixava bastante aborrecida. Joaquim e Dolores estavam preparados para o que viria deste encontro. Gerard não apareceu na Empresa neste dia deixando Ivete com a responsabilidade de avisar a Dione. No Restaurante -Meus sogros; que bom aceitaram meu convite; se é que ainda posso lhes chamar assim. -Meu genro, fica tranquilo. Não viemos aqui como inquisidores.-Joaquim o abraça. -Gerard, como se eu não te conhecesse. Sei de sua índole, estamos aqui como seus sogros, sim.-Dolores o beija na fronte. -Nossa, sinto um certo alívio. Não saberia como iniciar essa conversa. -Pelo começo. Você não deve nada a ninguém. Sua vida passada não tem influência no presente. Relaxe. -Bem sabemos minha sogra, que nem tudo está ao nosso controle. -o que houve no passado terá que vir à tona; -Gerard os encara.- Eu tive sim uma vida de casado um tanto atípica confesso, mas nunca foi minha intençã
Moya Esportivos-Seja bem vindo Antoine. -Joaquim o recebe na empresa.-Olá meu amigo, não sabe como me sinto aliviado de estar aqui.-Venha, vou lhe mostrar sua sala. Espero que goste. Mandei organizar com tudo que precisa.-Eu agradeço, mas não precisava .-Como não? Terá mais privacidade para criação. Sua secretária é uma funcionária antiga da empresa, pessoa distinta que lhe auxiliará no que for preciso.Os amigos finalmente trabalharão juntos novamente. A diferença é que Joaquim só comparecia na Moya alguns dias na semana; com o possível afastamento do Gerard as coisas se estreitariam ainda mais. Joaquim convida Antoine para almoçarem fora da empresa deixando-lhe ciente dos fatos ocorrido entre seu filho e Dione.-Meu amigo, a que situação chegamos! Meu filho pedir demissão. Logo agora que entrei na empresa. -Calma, vamos tentar reverter essa situação ele ainda não oficializou; está afastado temporariamente. Dione está dando uma de durona. Mas logo mudará de idéia.-Gerard me c
Gerard continuava embaixo da ducha como se alí estivera protegido dos questionamentos, das dúvidas. Ele só desejava que o chão se abrisse e o engolisse. Se a Dione estivesse em silêncio, era sinal de fumaça em breve. Ele desliga a ducha permanecendo com aa mãos posta no azulejo do banheiro pensativo. Sua cabeça dava voltas, não sabia mais o que diria para convencer Dione ou qualquer um que sua vida lhe pertencia, que era falível e essa idéia do ser perfeito era utopia. Ele estava farto de toda manipulação em nome do amor que viveu na adolescência com as cobranças da sua mãe. Diante da sua condição seria um a menos a jogar-lhe pedras. Gerard é surpreendido com a porta do Blindex ser aberta: Dione lhe entrega seu roupão e uma toalha. Ele se sente confortado pelo gesto. Ela o olha com serenidade nós profundos olhos azuis que demonstrava tristeza. Dione tem ímpeto de beija-lo, abraça -lo, talvez o fizesse sentir-se menos culpado de uma situação ultrapassada e sem mais sentido. Ela perceb
ZimbábueDois meses depois...-Vamos mamãe, não quero chegar atrasada no aeroporto.-Calma Dione, falta muito tempo. Deixa de agonia que isso não é bom para a bebê.-Minha filha não tem frescuras, ela vai puxar a mim. Uma mulher com sangue nas veias. -Hahaha, que tolinha. Nunca ouviu dizer que as meninas puxam geneticamente aos pais? Veja você, saiu a cara e personalidade do seu avô paterno.-Meu avô era um homem forte, bonito; não é atoa que saí com olhos engatinhados -risos. -Misericórdia da minha netinha, se sair com esse sangue esquentado, o pobre do Gerard não vai aguentar a dose dupla.-Minha Safira será uma negra linda, poderosa e autêntica como a mãezinha dela.-Deixa o pai ouvir isso. Até parece que ele não tem direito que sua filha tenha suas características.-Estou farta mamãe de ver mães negras serem chamadas de babás dos póprios filhos .-Mas toda mãe é babá mesmo- risos. Deixe de preconceito bobo. -Aah, vamos embora. Gerard e os outros já devem estar lá nos esperando.