Hugh Mikhail
Depois que o advogado me deixou no centro da Califórnia, me despedi da minha madrinha e comecei a procurar um hotel mais simples para fazer check-in. Ela me obrigou a aceitar um pouco de dinheiro, mas eu dei a ela a condição de aceitar minha devolução depois. Encontrei um prédio mais ou menos quase na entrada da cidade. Consegui um quarto e subi para arrumar as pouquíssimas coisas que me restava.
Até o dia seguinte eu teria de conseguir o dinheiro da diária de alguma forma. Eu não tinha nada comigo, todo o dinheiro que eu havia conseguido, entreguei nas mãos de Freddie e ele estava morto. Mas eu sempre dava um jeito, esse era o menor dos meus problemas.
Tomei um longo banho, me vesti e sai para fazer uma coisa mais que importante. Antes de arriscar ir atrás da Diana, eu precisava ver o meu pai. Fui caminhando até o endereço do hospital
Hugh MikhailDiana ficou olhando para mim em silêncio com uma expressão de choque na face. Dei um passo em sua direção, mas ela me impediu levantando suas mãos, então parei imediatamente. Em seguida ela se virou e saiu da cafeteria, correndo.O olhar que vi no rosto dela fez meu coração se afundar no peito. Não foi assim que eu tinha imaginado nosso reencontro, mas que merda eu esperava? Pulos de alegria? Eu a magoei, porra! Ela estava com toda a razão.Mas eu não estava disposto a deixá-la ir tão longe, sai correndo atrás dela pela rua, encontrando-a na próxima esquina pronta para entrar dentro de um BMW preto.— Princesa! Espera! — gritei.Ela então me olhou com os olhos vermelhos. Estava chorando muito.— Não se aproxime de mim. O que você está fazendo?— Me ou&c
Hugh MikhailNo dia seguinte, acordei mais cedo e fui para a academia. Eu não parava de pensar no meu filho e na Diana, de repente quem não tinha nada, já tinha uma razão para continuar vivendo. Na noite anterior, antes de ir embora ela me passou seu número de telefone para que eu entrasse em contato somente quando fosse ver o menino.Eu sabia que ela continuaria me evitando, então minha abordagem precisava ser mais intensa. Trabalhei das seis às onze da manhã, conversei com Hunter sobre meu horário e ele me deu a flexibilidade de mudar sempre que eu precisasse, mas que antes eu deveria cumprir toda a agenda de treino com o pessoal agendado.Sai de lá e fui para minha casa, tomei um banho, troquei de roupa e liguei para o telefone que Diana tinha me dado. Era hora de conhecer meu garoto. Tomado pela ansiedade, minhas mãos estavam trêmulas quando ela atendeu.<
Hugh MikhailMeu coração batia forte. Diana fechou os olhos e colocando a mão no rosto para esconder as lágrimas, soluçou. Me senti mais ferrado do que já estava, queria abraçá-la e dizer que tudo ficaria bem, mas nada era tão fácil.Charlie deu indícios de que iria acordar, mas balancei ele com cuidado e fiz carinho até que ele dormisse novamente. Quando olhei para Diana, ela estava nos olhando com os olhos inundados por lágrimas.— Eu sinto muito por você ter passado por isso tudo, sinto muito pelo seu pai também. — ela disse finalmente depois de um tempo.— Eu também sinto... — sussurrei olhando dentro dos seus olhos.— Sabe o quanto eu me esforcei para tentar te esquecer? Para tentar viver sem você mesmo tendo uma lembrança viva idêntica a você? — se re
Hugh MikhailAssim que chegamos em casa, levei Charlie para assistir tv comigo no sofá. Rick disse que tinha que resolver algumas coisas e não me acompanhou. Coloquei meu filho no chão e comecei a observá-lo enquanto ele caminhava pela sala falando palavras emboladas e mexendo em algumas coisas.Em um certo momento ele caminhou até mim parando nas minhas pernas e olhando para o meu rosto, sorriu. Eu quase explodi de amor, como podia ser tão perfeito? Sorri de volta para ele, acariciando-lhe os cabelos.— Olha, filho. O papai tem que dizer algo muito importante para você. — falei e ele deu um novo sorriso.—Papai.— arregalei os olhos. Caralho. Ele falou papai. Porra. Ele falou papai!!!Quase surtei.Meus olhos se encheram de lágrimas de emoção, peguei então Charlie no colo e comecei a beijá-lo
Hugh Mikhail— Vou repetir a minha pergunta. Eu ainda tenho chance? Cheguei tarde demais?Nos olhávamos intensamente bem dentro dos olhos um do outro, Deus, como eu queria aquela mulher. Diana se aproximou de mim e levantando uma mão, tocou meu rosto. Eu não havia tocado numa mulher desde a última vez que estive com ela, então, quando ela subiu a mão passando os dedos pelo meu cabelo, a sensação foi inigualável.A respiração dela estava irregular e a minha falhou. Cada toque dela em mim, parecia ir direto para o meu pau. Estar tão perto assim me deixou desesperado por prová-la. Eu não estava muito longe de agarrá-la e fazer amor com ela por horas matando toda nossa saudade. Eu só precisava ouvir de sua boca que ela queria.— Eu não posso te fazer esquecer, mas posso te compensar princesa. Seus mo
Hugh MikhailEu estava sentado no sofá olhando para o nada, apoiei minhas mãos nos joelhos após quase arrancar meus cabelos. Que porra, princesa. Peguei meu celular algumas vezes querendo ligar mas não o fiz. Havíamos conversado, fizemos amor, dormimos juntos para no dia seguinte eu acordar e ela ter ido embora sem se despedir.Por mais que o orgulho não fosse algo bom, amar sozinho era complicado. Você lutar por uma pessoa o tempo inteiro e na primeira oportunidade ela fugir, era foda pra caralho. Eu me sentia frustrado e irritado, até que para minha surpresa a porta da minha casa se abriu e ela entrou com Charlie andando ao seu lado e duas sacolas cheias nas mãos.Apressadamente corri até ela, ficamos parados frente a frente como se estivéssemos em um primeiro encontro. Ela parecia estar confusa em relação a minha atitude, apenas me observou pegar Charlie
Hugh MikhailNo meio do caminho resolvi ligar para Hunter e pedir para que Rick fosse me encontrar em algum bar ali perto e que ele levasse dinheiro porque eu ainda não tinha nada. Depois pagaria ele ou talvez ele nem cobrasse.Minutos depois ele chegou, me encontrou sentado no balcão debruçado sobre quatro copos de vodka. Nos minutos seguintes contei a ele tudo que aconteceu.— Puta que pariu. Será que essa mulher não está te enrolando não, cara?— Eu não sei, porra. É um inferno viver assim. Merda, eu pensei que tínhamos nos acertado e agora ela vem com um papo de que não quer magoar o Caleb? — eu estava com muita raiva.— E os seus sentimentos? Você pode ser magoado e o outro não? Acorda pra vida, você não pode ficar correndo atrás dela para sempre, se ela não quer, não adianta voc&e
Hugh MikhailJá fazia uma hora que eu estava no jardim da casa da Diana brincando com Charlie. As luzes não deixava ficar escuro, por isso o ambiente estava bem agradável.Inevitavelmente comecei a pensar em algumas coisas, talvez eu tenha agido errado em pressioná-la já que eu mesmo disse no dia em que contei tudo a ela, que esperaria o tempo que fosse necessário. O ciúme e a raiva não me deixavam enxergar o óbvio, que se ela ficou comigo, passou a noite comigo, era porque queria estar ao meu lado.Se Caleb fosse mais importante do que eu para ela, Diana jamais teria ficado em meus braços quando nunca esteve nos dele. Eu estava começando a ser mais racional quanto a isso, foram dois anos. Ela sofreu por mim e Caleb estava lá para ela, estava lá para o Charlie e de repente eu volto, eu quem a fiz sofrer tanto e ela me escolheu.A empatia fez-me colo