Vittorio Moretti
Dorsoduro, Itália.
Covo mafioso [07:15 a.m]
O cheiro do café invade minhas narinas, estamos todos reunidos aguardando apenas dois líderes que faltam. Observo suas feições inconformadas por terem sido convocados tão cedo, eu não me importo, afinal quando acontece alguma merda no país deles, não hesito em mandar reforços ou livrar o rabo de cada um desses filhos da puta. A máfia do Japão é a única que evito a presença, mas eles fazem questão de comparecer.
— ¿A qué debo el honor de ser reclamado tan pronto mi querido Don, Vittorio Moretti? {A que devo a honra de ser reivindicado t&a
Depois da reunião com os líderes das principais máfias, tudo deveria ser colocado em prática. Luca já tinha providenciado o documento que comprova a união entre Vittorio e Serena. Documentos digitais e físicos legitimam a união, sem deixar nenhuma falha ou rastro de alteração, esse era um dos benefícios em ser o Don, agora era o momento de conversar com a ruiva.Vittorio se dirigiu, junto com seus amigos, para o apartamento da mulher. Sabia que o filho não estava em casa, um de seus capangas já seguia os passos do menor a distância. Não vacilaria deixando o garoto à mercê de seus inimigos, logo agora que tinha cortado laços com a tríade, não podia arriscar.Não podia mentir, mas ficar novament
Vittorio saiu do apartamento seguido por Luca, deixando atrás de si um rastro de tensão que parecia pesar no ar. Alonso caminhou calmamente até o sofá e sentou-se, indicando com um gesto que Serena se juntasse a ele. Com movimentos tranquilos, tirou um cigarro do bolso do paletó, acendeu e deu uma tragada, enquanto seus olhos avaliavam a ruiva à sua frente. Serena hesitou, mas logo sentou-se ao lado dele, encarando-o com um misto de desconfiança e impaciência.— Por favor, peço que não fume na minha casa — disse ela, com firmeza.Alonso ergueu a sobrancelha, surpreso e um sorriso irônico brincou em seus lábios antes que ele apagasse o cigarro sem protestar.— Obrigada. — disse ela, tentando esconde
Jogo PerigosoA sala é elegantemente decorada, com estantes repletas de livros antigos e uma mesa de madeira escura, polida e bem arrumada. A única fonte de luz vem de um abajur que emite uma luz suave, projetando sombras longas nas paredes. O ambiente é silencioso, em contraste com o interior do homem poderoso e frio que se encontrava barulhento.Don Vitório Moretti está sentado atrás de sua mesa, a expressão do rosto marcada pelo desgaste emocional. Os traços de seu rosto, antes firmes e decididos, agora revelam um homem atormentado. Ele fecha os olhos e recorda os últimos acontecimentos, a imagem de Serena está vivida em sua memória e no seu coração, a mulher que um dia foi seu grande amor, como era possível? Ela estava mais linda do que ele lembrava, sua língua afiada o tirava do sério. Era incrível como uma simples garota era capaz de fazer tanto barulho dentro dele. — Seis anos… Seis malditos anos que você saiu da minha vida e me destruiu… Agora, você volta e ainda traz cons
— Na…não é nada. Na verdade, precisava de algumas documentações, mas como ele é o seu filho, está tudo certo — a mulher falou sorrindo, mas por dentro estremecia.— Qualquer coisa sobre o meu filho, entre em contato com a minha mulher ou comigo. A diretora da escola já tem as informações que precisa — Vittorio concluiu.A mulher apenas concordou e abaixou a cabeça. Serena olhou a cena espantada, das duas uma - ou as pessoas temiam demais Vittorio ou o respeitavam. Ela tinha certeza que era a primeira opção. SurpresasTodos olharam para o menino que corou de imediato.— Filha, o que conversamos sobre bater? — disse Violet envergonhada.— Eu bati porque ele disse que o Matteo era um bobo que não tinha pai. Bati e bato de novo se ele tratar o meu irmãozinho mal — a menina colocou as mãos sob a cintura e olhou para Giuseppe com raiva.— Eu não disse que ele era bobo, só falei que ele se escondia atrás de você — retrucou GiusepCAPÍTULO L
— Nosso? Deus… — Serena sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Por que aquela palavra mexia tanto com ela? Seu coração parecia tamborilar dentro do peito ao som daquela voz grossa e rouca.— Si… sim… o quarto é… agradável — ela se amaldiçoou por ter gaguejado.Vittorio esboçou um sorriso de canto e se aproximou devagar. Seus dedos longos afastaram os fios ruivos que caíam sobre o rosto dela, um gesto tão íntimo e familiar que Serena quase prendeu a respiração.—
A porta se abriu, e por ela entraram Vittorio e Luca.O ar pareceu desaparecer da sala. Serena prendeu a respiração ao vê-lo coberto de sangue. Um frio percorreu sua espinha enquanto seus olhos registravam cada detalhe daquele homem que parecia saído de uma cena de guerra.Levantou-se apressada, sem se importar com quem estava ao redor e se aproximou com cuidado, sentindo seu coração bater contra o peito.— Vii… Vittorio… vo… você está bem? — sua voz saiu trêmula, quase um sussurro.Ele arregalou os olhos e a encarou. Os intensos olhos azuis fixaram-se nos dela e, por
Serena SmithA campainha tocou e meu coração deu um salto. Desci as escadas sentindo cada degrau pesar como uma sentença, um pressentimento incômodo latejava na nuca. Ravena já estava na porta. Quando ela abriu, o mundo pareceu parar.A mulher que entrou era a personificação do poder - alta, postura impecável e um olhar frio como aço. Ela usava um vestido de corte preciso, não era apenas elegante, mas uma declaração de superioridade. Seus olhos me atravessaram com um desdém que queimava.— Essa é a mulher de Don Vittorio? — a voz dela saiu baixa, mas cada palavra soava como uma lâmina afiada.