— Dios mio Carla, que susto. — Raquel saiu do quarto e se deparou comigo em sua sala.
— Desculpa, não queria te assustar. — Eu que estava de frente para sua janela, viro para encara-la. — A porta não estava trancada então entrei, vi que você ainda estava dormindo não quis te acordar.
— Digamos que eu não consegui dormir muito durante a noite.
— Pois eu nem dormi. — Falo caminhando em direção ao seu sofá onde me sento. — Me desculpa por ter preferido ficar sozinha ontem.
Ela me olha um tanto que surpresa com o que escuta e só balança a cabeça em sinal de confirmação.
— Que cara é essa Raquel? — Pergunto. — A não, você não está achando que vou voltar atrás não é?
— Carla para falar a verdade eu nem sei o que pensar. &
Cancelamos todos os nosso compromissos de ontem e ficamos em minha cama quase o dia todo, e enquanto eu dormia, Raquel permanecia acordada velando o meu sono, sem sair do meu lado nem um segundo se quer, acordei algumas vezes ainda assustada devido ao que tinha acontecido, e acabava involuntariamente voltando a chorar, então Raquel me consolava e reafirmava que estava ali comigo, mas ela também não me parecia muito bem, só que devido ao estado em que eu estava, preferiu parecer forte.— Você foi na delegacia? — Raquel me pergunta assim que entra em seu apartamento, eu preferia ficar lá agora.Ela estava voltando das gravações depois que eu muito insisti que fosse, já tinha se ausentado ontem, não podia ficar faltando assim, ainda mais por minha causa.— Não. — Respondo esperando o sermão que eu ia receber.— Você não foi? Eu no acr
O tão esperado sábado finalmente chegou, Raquel não podia estar mais animada, e eu estava extremamente ansiosa, ela não me deu nem uma dica de onde iriamos, me torturou a semana toda com seu segredo, e no caminho do "tal lugar" eu ainda tentava descobrir.— Você não vai mesmo me contar aonde estamos indo? — Pergunto no carro.— Não. — Ela responde rindo.— Não acredito. — Estava agitada. — É muito longe? — Eu parecia uma criança ansiosa para a viagem de férias.— Um pouco. — Responde sem dar muita explicação.Pouco que nada, demorou foi muito, e ela se divertia com a minha inquietação. Bom mas enfim chegamos, era uma casa, uma casa grande e antiga, um pouco afastada do centro.— É aqui? — Pergunto assim que ela estaciona o carro.— Sim, vem. —
— Obrigada, muito obrigada. — Rodava a festa agradecendo a presença das pessoas. — Algum problema Raquel? — Vou até ela, não me parecia muito a vontade.— Não. — Responde no automático.— Eu sei quando você está mentindo. — Insisto.— Não é nada Carla.— Fala. — Peço.— É que... a gente acabou de... Começar a namorar.— Ela fala pausando. — Não é bem o jeito que eu queria comemorar. — Ela fala olhando em volta, depois foca o olhar malicioso sobre mim.— Olho para ela dando risada. — Entendi o recado. — Falo.— Mas é o seu momento. — Ela fala.— É o nosso momento. — Sorrio. — E parte mais importante já passou mesmo, já cumprimentei quase todos, acho que não teria p
Alguns dias depois.O relógio marcava 20:32 quando entro no elevador do meu prédio,— Finalmente sexta-feira. — Penso.Eu achei que a pior parte já tinha passado, que a preparação para a inauguração da escola seria o mais difícil, que nada, me enganei feio, agora que a escola está aberta é que tudo complicou.Saio cedo e chego em casa tarde, quase não durmo, quase não tenho tempo de comer, estou trabalhando mais do que provavelmente deveria, é tanta coisa para resolver, tanta.Acho que quando eu pensei em fundar a escola sozinha, não pensei que eu teria que fazer praticamente tudo, também sozinha.Virei empresária, e a administração do local eu também não confiei a ninguém, sendo que tudo o que eu queria, tudo o que eu amo é dar aulas e é o que eu m
Dias Depois — Essa é linda.— Não gostei.— Como não gostou Carla é a sua cara. — Rir.— Não é nada. — Rio junto.Eu e Raquel estávamos deitadas na cama em seu quarto, que agora seria nosso, com o notebook aberto, escolhendo algumas decorações, o apartamento de Raquel já é perfeito na minha opinião, mas ela insiste que eu devo mudar algo para ficar mais a minha cara, ou melhor a nossa cara.— Olha o que eu achei aqui.— O que? — Ela me pergunta.— " Raquel Sánchez a chefe jurada do programa Perfect Kitchen assume namoro com a ex bailarina famosa Carla Adriana Martins,— A matéria já saiu. — Raquel fala com a boca entre aberta.— que veio para o Brasil depois de anos morando fora, para abrir a a sua própr
— Tem certeza que ela é a sua namorada?Foi como se tudo acontecesse em câmera lenta, a festa tivesse parado, e só existisse elas duas ali, pelo menos era só elas que eu enxergava naquele momento, eu nem penso em responder o Hernando, eu nem se quer titubeio a cabeça para encara-lo, toda a minha atenção estava naquela mulher agarrada ao corpo da Raquel.E tudo o que eu queria agora era que a Raquel a empurrasse, gritasse, perguntasse de quem se tratava ou até mesmo chamasse os seguranças, mas isso não acontece, as mãos de Raquel que até então estavam paradas no alto, na direção de sua cabeça, tamanho o susto que levou, desce lentamente e para nas costas da mulher, aceitando o abraço da mesma, e logo em seguida ela olha para mim, o olhar da Raquel dessa vez foi indecifrável, mas o meu ela com certeza entendeu.— Atrapalho? &mdas
— Em Lola, vamos? Recordar os velhos tempos que tal?De repente me deu uma vontade imensa de quebrar todos aqueles dentes da boca dela que insistiam em aparecer.— Lola? — Pergunto.— Sim, esse é jeito que as nonas da Raquel chama ela, um dia você vai conhece-las...— Eu já as conheço. — A interrompo e olho para a Raquel. — A Raquel me levou para conhece-las. — Sorrio.Nem tive a chance de agradecer ou dizer para Raquel o quanto aquele dia foi especial para mim, eu estou sozinha a muito tempo, e tinha me esquecido como é ter uma família, esqueci como é ter pessoas te amando, querendo me entupir de comida, preocupados com a minha saúde, me convidando para o natal e coisas do tipo, abro um sorriso mentalmente só de lembrar.—
Seguro as mãos dela e as levo para o alto da sua cabeça, coloco a minha perna agora no meio das suas, e pressiono meu joelho sobre seu sexo, dessa vez vez Raquel não resiste, rompe o contato dos nossos lábios e se livra de um gemido já preso a tempo, arqueando o corpo e jogando a cabeça para trás, dessa vez não reclamo, até sorrio ao observa-la.— Você não consegue mesmo ficar quieta não é meu amor? — Sussurro em seu ouvido.— Acaba logo com isso Carla. — Fala com a respiração já descompassada.— Está com pressa? — Sorrio.Minhas mãos soltam as suas, e resvala por todo a lateral dos seus braços e desce pelo seu corpo até o quadril, e uma das minhas mãos se atreve a pousar sobre a sua calcinha, começando a estimula-la, com movimentos de sobe e desce ainda sobre a pe&cced