Andando logo atrás de dona Lena, Melissa e Luana, a seguiram até dentro do café. Ao entrarem, deram de cara com Cíntia que já se preparava para ir embora. Atordoada ou ver as duas pessoas que ela acabou de demitir, acompanhada da mãe do dono do café, Cíntia perguntou em um tom calmo por conta da senhora à sua frente:—" Dona Madalena, o que a senhora está fazendo por aqui, não me diga que essas duas foram lá incomodar?"Sem querer conversar, dona Lena a respondeu de forma rude:—" Ninguém veio me incomodar a não ser você mocinha, me dê um bom motivo para você ter demitido essas duas jovens?"Cíntia parecia atordoada quando olhou para Melissa, que tinha um semblante limpo, sem demonstrar expressão e de Luana que tinha um sorriso triunfante no rosto. Sentindo-se ansiosa, ela respondeu:—" Dona Lena essas duas causaram grandes problemas logo cedo, e faltaram com respeito tanto com um cliente, quando comigo." Apontando para Luana, ela continuou a explicar:—" Essa aí foi muito desbocada
Sem demonstrar nenhuma piedade, dona Madalena respondeu:—" Ah que bom que você consegue ver as coisas com mais clareza agora mocinha, mas já que chegamos até aqui você vai ficar aí esperando meu filho chegar e vai arcar com as consequências de suas atitudes e palavras."A testa de Cíntia se encheu de suor, pouco se sabia sobre o senhor Village, mas o que ela já havia ouvido falar era o suficiente para temer-lo. Muitos diziam que ele não era muito amigável e era um homem frio e prático, com toda certeza aquela conversa não seria nada agradável para ela. A única vontade de Cíntia naquele momento era que abrisse uma rachadura no chão para que ela pudesse se enfiar e sumir daquele café.Melissa sentiu-se feliz em ver que ela podia contar com pessoas que gostavam dela e estavam dispostas a lhe ajudar, como Luana e dona Lena. Pensando na situação de Fernando, ela se aproximou dele que estava sério e distante e sussurrou gentilmente:—" Feh, obrigada por ter falado a verdade na frente de do
Só de escutar o nome daquela mulher da noite passada do hotel, as lembranças do corpo pequeno e delicado dela sobre aquela cama vieram à mente de Otávio. A sensação de tocá-la, sentir o seu calor, suas extremidades úmidas e apertadas, o exato momento em que a fez mulher, os gemidos finos e abafados pelos seus beijos.Todos aqueles momentos eram bem vividos em sua mente, o que fazia ele querer mais daquela mulher que o enfeitiçou. Escutar seu primo falar dela, causava uma sensação desagradável em seu peito, e só fazia com que ele quisesse que Leandro calasse a boca.Vendo que Otávio não estava para conversar, Leandro foi o restante do caminho em silêncio, se segurando para não voltar a falar, mas ele conhecia bem o temperamento do primo. Em questão de meia hora, os dois estavam em frente ao café. Alinhando o terno, e olhando para a fachada, Otávio respirou fundo, e entrou rodeado de sua áurea fria e dominante. Leandro foi logo atrás, com um semblante preguiça e desinteresse.Ao entrar
Otávio desviou o olhar para Melissa e a encarou, em seguida ele olhou friamente para Cíntia e respondeu:-"Não sei o que você ainda está fazendo aqui na frente, se sua intenção é aborrecer minha mãe, você estará me deixando zangado também, e posso fazer pior do que simplesmente te demitir ou fazer com que você nunca mais arrume um emprego na sua vida." Dando uma pausa e comprimindo os lábios mostrando sua raiva, ele continuou dizendo, lentamente:-" Posso fazer você não ter vida para saber o dia de amanhã. Mãe é algo sagrado e acredito muito nisso."Assustada, Cíntia engoliu seco e sentiu suas pernas quase fraquejarem. Respirando com dificuldade tomada pelo nervosismo e ansiedade, ela respondeu:-" Eu... Eu... Eu já estou indo, não... Não precisa dizer duas vezes..."Dizendo isso ela correu rapidamente do estabelecimento segurando sua bolsa. Ítalo havia falado a ela que seria fácil e não daria nenhum problema. Disse também que eles só iriam fazer a caveira da prima dele, fazendo com q
Ela franziu as sobrancelhas e o repreendeu dizendo:—" Melissa não é para o seu bico, ela é uma boa moça e não é do tipo que você tem uma noite só e pronto como você está acostumada. E Luana, bom, ela conseguiria te colocar no seu lugar facilmente, não tenho dúvidas, mas é muito difícil você conseguir uma mulher como essas." Luana sorriu e acenou confirmando, em seguida comentou:—" Verdade dona Lena, não costumo cair em papo de homem galinha."Melissa estava escutando tudo com um doce sorriso de alívio no rosto, e um pouco corada ao escutar as palavras afetuosas da senhora que ela tanti gostava e admirava. Agradecida, ela respondeu o comentário da senhorinha:—" Obrigada dona Lena, a senhora é muito gentil." Dona Madalena segurou no braço da jovem e a puxou dizendo:—" Não seja tímida, meu filho quer conversar com você um pouco, te conhecer."Inconscientemente Melissa olhou surpresa para Otávio e desviou o olhar quando percebeu que ele a olhava com o semblante calmo e neutro, sem diz
Sem assunto, Otávio ficou encarando Melissa, ele não era uma pessoa muito comunicativa e na maioria das vezes gostava de ficar em silêncio, o que tornava difícil puxar assunto. Melissa também não sabia o que falar, ela nem ao menos se acostumou com a vergonha que estava sentindo.Inconsequente, ele se aproximou dela, sem cessar o contato visual. Era como se uma força maior os puxasse para perto um do outro. Quando Melissa menos esperava, a mão dele estava se segurando em sua cintura. Ela sentiu uma onde choque percorrer por todo seu corpo, aquele toque a fez sentir uma sensação boa percorrer em seu corpo. Vendo ele se inclinar para beijá-la novamente, ela se afastou e disse atordoada:—" Acho melhor não, podemos ser pegos e isso não é certo." Ele sorriu maliciosamente e respondeu:—" Se formos pego, minha mãe vai pular de alegria, mas você está certa, acho melhor que ninguém saiba."Otávio não queria que seu primo soubesse, ele não sabia qual seria a reação, mesmo sabendo que Leandro
Insatisfeito com a atitude do primo, atrapalhando seu os planos, Leandro respondeu:—" Vou esperar por elas, para dar-lhes uma carona de volta a casa." Franzindo o cenho, Otávio questionou:—" Que carro, se você veio comigo?" Leandro respondeu:—" Vou ligar para meu motorista para trazer o meu carro." Quando escutou o que ele disse, Luana se adiantou e comentou:—" Não se preocupe com a gente, não precisamos de carona, viemos de carro, então Sr. Leandro, obrigada pela preocupação, mas dispensamos sua carona."Após dizer isso, deu-lhe um sorriso irônico, se divertindo com a cara dele. Dona ao perceber a atitude repentina do filho, sorriu animada, ela conhecia bem o filho e tinha bons olhos, era visível que ele havia se agradado com Melissa e não queria que seu primo ficasse azarando ela. Dona Madalena não pode deixar de sorrir ao pensar 'ciumento meu oto'.Com o semblante amarrado, Leandro disse para as duas jovens:—" Já que não precisam de mim, vou indo, mas qualquer coisa me liguem.
Vendo que o primo não respondia, Leandro voltou a falar:—" Me escuta cara, você tem que esquecer isso e viver sua vida, não se bloqueie por conta do seu pai, se não conhecer ela é o problema, você pode tentar conhecer, ir com calma, e depois ver no que vai dar."Sem querer falar sobre aquilo, Otávio respondeu:—" Você ainda está falando sobre isso, Leandro, ok, não é sobre a menina do café, é sobre mim, não me sinto confortável para conhecer ninguém."Dando de ombros e pensando que aquela conversa estava sendo em vão, Leandro deu de ombros e comentou:—" Tudo bem, já que não é sobre Melissa, então quer dizer que ela está livre, bom saber."Otávio quase rosnou em resposta e sua vontade era de jogar Leandro de dentro do carro em movimento. Como o primo não está em clima para conversar, Leandro decidiu ir ao restante do caminho em silêncio.Após chegar na empresa, Otávio seguiu direto para sua sala, sem trocar nenhuma palavra com o primo, que não deu importância e seguiu para sua própri