Caio disse: — Marta ligou para mim esta manhã. Ela disse que terminou de pintar seu retrato e perguntou se você tem tempo para ir vê-la, pois ela não tem seu contato, por isso, me ligou. Marina rapidamente se afastou dele, dizendo: — Você poderia se comportar, por favor? Caio, obediente, sorriu e disse: — Tudo bem, não vou tocar em você. Vou trabalhar agora. Você quer vir comigo para ver o seu retrato? Marta passou a noite pintando e deve estar exausta. Você não pensa em comprar algo para compensá-la? De fato, Marina não pôde resistir a essa tentação. Marta era colega de Éder e tão adorável e sensata o que fazia com que Marina gostasse muito dela. Marina também queria ver seu próprio retrato. Então, sem hesitar, ela respondeu: — Vou subir para trocar de roupa. Depois de dizer isso, ela se virou e subiu as escadas. Naomi, ao ver a interação íntima entre Marina e Caio, ficou furiosa, apertando os punhos tão fortemente que suas unhas quase penetraram em sua pele, mas seu
Marta sentia que, desde pequena, era ela e sua mãe que enfrentavam todas as adversidades. Naquele momento, ela pensou que, se tivesse um irmão, talvez seus dias não fossem tão difíceis, um irmão que poderia protegê-las. Ela sabia muito bem que Caio só se preocupava com ela por causa de Éder e Mari. Mas ela realmente queria chamar Caio de irmão, mesmo que fosse por um instante, para sentir que neste mundo ainda tinha um irmão para protegê-las. Ao ouvir seu pedido, Caio não pôde evitar que seus olhos se enchessem de lágrimas, e com uma mão grande, acariciou a cabeça de Marta, dizendo suavemente: — Se você quiser, por mim está tudo bem. Marta olhou para cima, com os olhos cheios de lágrimas, e com a voz embargada disse: — Obrigado por sua ajuda, irmão. Esse "irmão" chamado por Marta fez o coração de Caio doer. Parecia que ele havia voltado à infância, quando sua irmã ainda não havia desaparecido. Toda vez que ele ia para a escola com sua mochila, sua irmã ficava na por
Paloma parou por um momento e continuou falando: — Mas, ao longo destes anos, descobri que Marta parece não ter sido adotada do orfanato, mas sim ganhada em uma aposta, como se ele a tivesse recebido de outra pessoa. Por isso, ele sempre me diz que, se eu me divorciar dele, ele vai levar a Marta e eu nunca mais a verei. Caio franzia a testa levemente e perguntou: — Isso é ilegal, ele não sabe disso? — Eu também não tenho provas, e mesmo que tivesse, eu não quero processá-lo. Os pais que podem dar seus próprios filhos biológicos como pagamento de dívidas de jogo são extremamente cruéis. Espero que Marta nunca descubra isso. Ouvindo ela dizer isso, Caio não perguntou mais nada. Marta, sendo uma criança tão frágil e bondosa, se soubesse que tem pais assim, provavelmente não aguentaria. Caio pediu para Francisco levar Paloma à Mansão dos Dias e deu mais algumas instruções, pedindo a ele que cuidasse de Paloma. Então Caio voltou ao hospital. Marta estava desenhando com um lá
Francisco imediatamente explicou: — Foi o Sr. Caio que organizou, e ele me pediu para cuidar especialmente dela. Ao ouvir isso, Naomi mordeu os dentes furiosamente, Caio era muito mais atencioso com qualquer outra pessoa do que com ela. "Marta é apenas uma paciente desconhecida, ele precisa ajudá-la tantas vezes?" Só de pensar na cena que viu de Marta e Caio saindo juntos naquele dia, Naomi ficou tão irritada que não conseguiu se conter e ordenou a Paloma: — Venha aqui e me ajude a massagear as pernas. Paloma, obediente, se aproximou e se ajoelhou para massageá-la suavemente. Naomi olhou para ela com um olhar frio e disse: — Use mais força, você não comeu? Paloma imediatamente aumentou a pressão de suas mãos. Após alguns movimentos, Naomi chutou seu estômago e gritou: — Você está tentando me matar? Você sabe como trabalhar? Se não sabe, é melhor se demitir agora. Paloma assustada, prontamente se desculpou, baixando a cabeça e dizendo: — Desculpe, Srta. Naomi,
Após um intenso abraço, a pele de Joey emanava um suave tom rosado.Heitor Duarte envolveu ela em seus braços, com seus dedos longos e definidos desenhando os contornos de seu rosto.Nos olhos profundos e amendoados do homem, brilhava um afeto nunca antes visto.Aurora, embora tivesse sido intensamente consumida, se sentia profundamente amada naquele momento.Contudo, antes que seu desejo tivesse tempo de se dissipar, o celular de Heitor começou a tocar.Ao ver o número da chamada, o coração de Aurora estremeceu.Ela apertou o braço de Heitor com mais força, olhando com esperança para ele.- Podemos não atender?A chamada era de Sarah Cruz, a obsessão de Heitor.Desde que retornou ao país, havia menos de um mês, ela já havia tentado o suicídio várias vezes.Aurora sabia muito bem que Sarah fez isso propositalmente.Mas Heitor parecia desconsiderar seus sentimentos.Ele a empurrou bruscamente, sem a delicadeza de momentos antes, e atendeu a chamada ansiosamente.Aurora não pôde ouvir o
Ao ouvir essas palavras, a expressão de Heitor imediatamente se fechou. Seus olhos negros e profundos se fixaram em Aurora.- Eu já te disse que não me casarei. Se não pudia lidar com isso, não deveria ter aceitado desde o início.Os olhos de Aurora estavam marejados, as pontas tingidas de vermelho.- Porque no início éramos dois, e agora somos três.- Ela não tem como te ameaçar.Aurora riu de si mesma, carregada de sarcasmo.- Ela só precisa fazer uma ligação para você me deixar para trás, sem se importar se eu viva ou morra. Heitor, me diga, o que se qualifica como uma ameaça?A raiva era palpável no olhar de Heitor.- Aurora, uma dor de menstruação é motivo para tanto drama?- E se eu estivesse grávida?- Não tente usar uma criança como argumento. Sempre tomei precauções!A voz de Heitor era gélida, sem vestígios de hesitação. Se a criança ainda estivesse aqui, ele provavelmente tentaria se desvencilhar dela também.O último vislumbre de esperança no coração de Aurora foi completa
Heitor segurava a taça de vinho com firmeza, cada vez mais apertada.Seu coração também foi perfurado naquele instante.No dia em que Sarah cometeu suicídio, Aurora, atormentada por cólicas menstruais, ligou para ele diversas vezes. A princípio, ele atendeu, mas depois, irritado, desligou o telefone diretamente.Ela não terminaria tudo por isso, terminaria?Heitor baixou os olhos, ouvindo Kauan e Caio amaldiçoarem aquele marido desprezível, e nem percebeu quando a ponta do cigarro queimou o dorso de sua mão.Durante toda a noite, ele Estava inquieto.Normalmente, se não voltasse para casa àquela hora, Aurora já teria ligado, preocupada.Mas agora, já passava da uma da manhã, e ele não havia sequer recebido uma mensagem.Subitamente, um mau pressentimento o tomou.Imediatamente, apagou o cigarro e pegou seu celular antes de sair.Assim que deixou o bar, viu uma menina pequena com uma cesta de flores caminhando em sua direção.Sorridente, a menina perguntou:- Senhor, gostaria de compra
O beijo de Heitor sempre se mostrou dominador e imperativo, não deixando à Aurora qualquer chance de libertação.Ele a pressionou contra a mesa do escritório, segurando seu queixo com uma mão, enquanto com a outra apertava firmemente sua cintura.O toque, macio e doce, estimulava cada nervo de seu corpo.A fera, presa em seu interior, batia incessantemente contra a jaula, buscando se libertar.Os dias passados com Aurora foram de harmonia.Não importava o quanto ele desejasse, Aurora sempre sucumbia a seus desejos.Mesmo estando exausta a ponto de desfalecer, não emitia queixas.Mas agora, a mulher sob ele resistia ferozmente, lutando até o último instante.Lágrimas ardentes escorriam pelo canto de seus olhos.Heitor não prosseguiu.Seus dedos longos e cuidados enxugaram gentilmente as lágrimas no canto dos olhos de Aurora.Sua voz, rouca de um desejo não saciado.- Aurora, o jogo entre nós só termina quando eu disser que terminou! Entendeu?Aurora, com lágrimas nos olhos, o encarou, s