Na manhã seguinte Helena teve alta e pode enfim ir para casa, a mãe dela a acompanhou e ficou com ela, Felipe aproveitou para ir na casa da mãe dele. — O que faz aqui? Veio brigar com a sua mãe, por causa daquela mulher?— Eu não vou perder o meu tempo brigando com a senhora. — Felipe a olha e pensa se ela não fosse a sua mãe seria capaz de dizer tudo o que estava preso na sua garganta. — Só quero lhe dizer uma coisa, se mantenha longe de Helena, não se aproxime dela em hipótese alguma. – Essa mulherzinha virou a sua cabeça. — Ela foi algo bom que aconteceu em minha vida, Helena me amou, mesmo eu sendo um traste. — Hummmm agora você é diferente? — Letícia ri debochando — Pouco me importa o que a senhora pensa, só faça o que eu estou dizendo. Felipe lhe vira as costas e sai sem ao menos dizer tchau, ele tinha que falar com outra pessoa. — Alô! — O meu pai está com você? — Felipe não queria ligar para Bruna, mas não viu outra opção, ele não estava conseguindo falar com o seu pai
Helena mesmo de repouso, uma vez por semana ela ia na empresa, isso depois de instituir por dias com Felipe, pois, ela tinha onde descansar, afinal ele mandou preparar uma suíte para ela, desde quando soube da gravidez, portanto não lhe faltava um lugar para fazer repouso quando necessário. Eles não souberam mais notícias de Letícia, e Felipe estava aliviado por não ter notícias, tudo o que ele queria era que a mãe se mantivesse longe deles. Helena estava em sua mesa quando Felipe entra em sua sala. — Como você está? — Pergunta preocupado, ele praticamente não trabalhava quando ela estava na empresa, toda hora ele ia até ela, para saber como estava se sentindo. — Eu estou bem e o nosso rapazinho também. — Eles estavam felizes por saber que teriam um menino. — Não fique muito tempo sentada, vá descansar um pouco — Felipe faz um carinho em sua barriga — Eu já pedi o nosso almoço, você não pode ficar muito tempo sem se alimentar.— Eu comi frutas — Ela sorri com a preocupação dele —
Bruna já estava providenciando a babá, não seria ela a andar carregando uma criança, só iria mesmo dar a luz, não se via cuidando de um recém nascido, era demais para ela.Ao sair do consultório ela não vê Everton, o seu segurança, mas sim alguém que não desejava. Como ela ficou sabendo que ela estaria ali, Bruna se pergunta. .— O que faz aqui? — Bruna pergunta olhando para os lados, a procura de Everton, o seu segurança.— Venha comigo e não grite, se pedir socorro eu te mato aqui mesmo. — E se eu for com você eu irei morrer do mesmo jeito — Bruna olha para Letícia com ódio — Você destruiu a minha vida, me fazendo acreditar que uma gravidez seria a solução para Felipe ficar comigo, não entendo o motivo para tanta raiva de mim, já que, foi você quem fracassou no seu plano ridículo.— Você continua tentando me desafiar? — Letícia pega Bruna pelo braço a puxando. — Me solta, ou eu vou gritar, sua louca. — Bruna tenta se desvencilhar das mãos de Letícia que parassem garras afiadas em
Augusto a leva para o quarto, e ela parece está realmente esgotada pois, não acorda nem mesmo quqndo ele a colica na cama. Augusto a deixa com a roupa que ela estava usando, apenas a cobre com uma coberta quentinha e decide tomar um banho no outro quarto. Depois do banho se deita, não iria deixa-la sozinha, mesmo em quartos separados, ele dormiria ali, ela poderia passar mal sozinha no apartamento. Na manhã seguinte Augusto vai até o quarto de Bruna e ela ainda estava dormindo e ele estranha.— Bruna! — Ela não responde e Augusto fica preocupado. — Bruna, fala comigo. Augusto não perde tempo tentando acordá-la, ele a pega nos braços e corre para o hospital, que a levam direto para a sala de parto. Toda a confusão do dia anterior fez o bebê se antecipar, e por pouco não houve complicações maiores, alguns minutos a mais, Augusto poderia ter perdido os dois, pois a bolsa já havia estourado e a pressão arterial de Bruna estava alta, o que poderia ter levado ela ter eclampsia.Felipe es
Felipe fica sem saber o que fazer, nunca pensou está passando por uma situação como aquela. Se fosse antes de conhecer Helena, com certeza, mandaria todos se ferrar, que cada um cuidasse dos seus próprios problemas, mas Helena o havia transformado, e agora, ele jamais teria coragem de virar as costas para uma criança indefesa. Seu único dilema, era como resolver aquela situação, como falaria com Helena sobre o assunto? Felipe se pergunta sem obter resposta. Quando Helena liga para ele, ele apenas diz que está com o pai, mas que está tudo bem, ele não gosta da ideia de mentir para ela, mas ele ainda não sabia o que fazer, ele soube que Bruna tinha tido complicações, e os médicos não podiam prever quando ela acordaria. Não sabia ao certo qual era o problema, mas a sua cabeça já estava fervilhando muito para tentar entender o que havia acontecido com Bruna. Quando ele pensou que a situação não podia piorar ele recebe uma ligação que o deixou paralisado, era como se o chão te faltasse
Felipe depois se um banho e comer alguma coisa, já que ele passou o dia inteiro sem comer, ele volta para o hospital, os pais de Helena ficaram com ela. Thiago ainda estava o esperando, e quando ele chega eles enfim conseguem conversar. — Parece que a ficha não caiu ainda — Felipe fala desanimado — Eu nunca esperei que os meus pais, que pareciam ser tão centrados, fossem capazes de tamanha confusão, ao ponto de minha mãe perder a própria vida — Felipe sente uma lágrima rolar — Minha mãe, eu sei que ela tinha inúmeros defeitos, mas era a minha mãe.— Você contou a Helena?— Não, eu preferi dizer que ela estava em estado grave, mas eu disse a verdade ao pai dela, e ele irá falar com ela de manhã — Felipe olha para o amigo — Confesso que eu estou preocupado é com a reação de Helena quando souber sobre a criança. Não sei como ela vai reagir. — Você vai mesmo, assumir essa criança como se fosse seu filho? — Sinceramente eu não tenho certeza se essa é a melhor decisão, mas não vejo outro
Felipe olha para Helena e tenta se aproximar, mas ela o afasta com as mãos e continua olhando para a criança que chora.— Amor, eu preciso conversar com você...— O que ele faz aqui Felipe?— Meu pai foi embora, dizendo que não assumiria o próprio filho, Bruna está em coma...— Mas ele não é seu filho, ele tem os avós dele — Helena responde sem se comover com o choro da criança — Leve ele para os avós dele. Helena volta para dentro de casa, e Felipe apenas tira o bebê do carro e também entra em casa, sabendo que não tem para onde levar aquela criança. Ele encontra a sogra na sala que o olha com com os lábios presos, por saber que aquela criança é de Bruna, a mulher que causou sofrimento para a sua filha.— O que está acontecendo Felipe? — Ela pergunta pegando a criança que chorava — Meu Deus, um recém nascido já passando por tudo isso — Diana tenta acalmar a criança que não para de chorar — Eu vou fazer uma mamadeira para dar a ele, com certeza, está chorando por estar com fome— As
Quando Felipe chega em casa, depois de enterrar a mãe, ele segue direto para o quarto e encontra Helena dormindo com Gustavo ao seu lado. Ele não sabia o que tinha acontecido, mas ver os dois juntos o encheu de esperança, quando ele ligou para ela mais cedo, ela não o atendeu, mas ele mandou uma mensagem " Você sempre será a minha prioridade, foi você quem me ensinou a olhar para os outros e enxergá-los. Fiz o que eu achava ser o certo e espero que me perdoe pelo que fiz. Eu te Amo, e também ao nosso filho", por ela não ter respondido a mensagem, ele não esperava que ela estivesse cuidando de Gustavo.Mas o que Felipe nao sabia, é que quando ele saiu Diana foi procurar a filha, levando Gustavo com ela. Diana encontra a filha chorando e ao ver a mãe com a criança no colo, Helena chora ainda mais. — O que ele faz aqui? — Helena pergunta evitando olhar para o bebê no colo da mãe dela. — Filha, esse bebê jamais irá roubar o amor de Felipe como pai ou o nosso como avós. Mas ele precisa de