Lázzaro já havia chegado em casa, estava andando de um lado para o outro sentindo como se sua mente e seu coração estivessem contra ele. De repente não tinha mais controle sobre ele mesmo? Era inaceitável, porém um fato.
Foi até a mesinha de canto e serviu-se de mais um copo com uísque, já havia bebido mais de seis. Encostou-se na mesa e levou o copo até a testa sem saber o que fazer. Sabia que gostava dela, teve certeza quando sentiu muito ciúmes ao vê-la junto a Hayden mais uma vez, também sabia que estava sendo egoísta. Já que ele não podia, ninguém mais podia? Era isso que ele se perguntava a todo instante.
Voltou a si ouvindo o barulho de alguém batendo na porta. Foi até lá e abriu-a, vendo o belo rosto de Lia desfeito em tristeza. Doeu muito nele vê-la daquele jeito, foi o mesmo olhar que viu nela quando a encontr
Fazia cinco dias desde que Lia fora embora. As rotinas não muito diferentes desde então, Lázzaro vivia trancafiado dentro do escritório resolvendo pendências de suas empresas e quando não era isso, estava dentro do quarto vendo filmes e bebendo até dormir.Mesmo inconformado com a partida dela, o homem orgulhoso não foi atrás. Era melhor assim, afinal não era isso que ele queria? Afastá-la? Por fim conseguiu e não iria deixar seus sentimentos insignificantes atrapalhar a vida de uma moça cheia de sonhos e com um futuro brilhante pela frente.Não queria ser egoísta.A jovem estava gostando muito de morar com Magdalena, a senhora também estava muito feliz, talvez até mais que a menina. Sempre acostumada a viver sozinha pois nunca tivera filhos, tinha agora alguém para conversar e quase chegava perto de uma família, Mag já amava
O dia estava começando a esfriar, aquele calor da manhã e início de tarde começava a se esvair, o sol ainda estava lá, mas não mais sua quentura. O céu estava extremamente azul ainda, faltava pouco para o anoitecer, era por volta das três horas.— Como tem passado todos esses dias? — Lia perguntou a Lázzaro sentando-se em um banco estofado na lancha.— Bem. — mentiu secamente — E você?— Bem também. — também mentiu.— Quer conhecer lá dentro? — o homem apontou para a pequena cabine branca.— Sim, nunca estive em uma lancha. É o máximo toda essa vista. — revelou animada.Havia um pequeno buraco perto da entrada para o cubículo, Lázzaro o fez para que quando chovesse não ficasse água parada correndo risco de criar mofo ou mosquitos transmissores de d
Lia HamiltonFoi por um triz. O que estava acontecendo ali? Parecia que estávamos dentro de uma bolha só nossa, como se nada nem ninguém ao redor existisse, somente nós dois. Olhei bem para o rosto de Lázzaro mais uma vez, percebendo seu maxilar enrijecido e seu aperto na minha cintura ser um pouco mais forte antes de me soltar de vez.Meu corpo estremeceu. Por tudo que senti.Os lábios começaram a soltar palavrões baixos, antes de se afastar ainda pude sentir a respiração acariciando minha pele. Os mesmos lábios que pensei que iriam encostar nos meus, agora já não estavam mais tão perto.Eu estava tão pronta para que ele me beijasse, pensava como seria ter ele assim. Será que eu conseguiria atender suas expectativas? Um beijo com ele seria lento ou mais agressivo? Quase chorando de frustração eu me afastei também, observand
Lázzaro tomou os lábios de Lia calmamente, de início. Beijaram-se e provaram-se profundamente. A língua do homem sedento adentrou na boca macia e saborosa da garota encontrando o sabor delicioso como ela. Há anos ele não provava algo assim, tão gostoso e intenso.Lia estava nervosa, assim como Lázzaro, o corpo tremendo querendo cada vez mais o que estava por vir. Mas ao mesmo tempo temerosa com as consequências daquela noite. O homem ficou duro rapidamente, pressionou o corpo no dela mostrando o que ela estava fazendo com ele, soltando um gemido Lia arfou sentindo a pressão da rigidez.Sem pensar em mais nada, Lázzaro pegou-a no colo com um braço só e subiu as escadas em destino ao quarto sem nunca abandonar sua boca. Quando entraram no cômodo grande e confortável, o ar gelado bateu nos corpos fazendo Lia parar o beijo.Assim que colocou a moça no ch&ati
Embora os dois estivessem nas nuvens com o prazer de seus corpos colidindo suavemente um com o outro, restava ainda alguns mínimos resquícios de medo dodepois.— Lia, eu quero que saiba que, pelo menos só por esta noite, somos um do outro, eu sou seu e você é minha, sem medo do futuro ou até mesmo do passado. Quero aproveitar nossa única noite para fazer tudo que queremos, seja por impulso ou carência. Quero saber que eu te dei o que você queria assim como você também me deu. Eu só preciso tê-la esta noite, somente por esta, porque não poderá haver outras. — Pronunciou as palavras em forma de sussurro enquanto não parava segundo se quer de se movimentar dentro dela.Lázzaro sentiu a intensidade do seu prazer crescer aumentando assim o ritmo das estocadas dentro da garota que gemia de forma manhosa, as respiraçõ
Lázzaro prendeu Lia em seus braços e movimentando-se estava no meio das pernas da jovem, um impulso apenas e estaria dentro dela novamente. Mas não iria fazê-lo por enquanto, precisavam cumprir um para o outro a promessa de amar-se incondicionalmente naquela noite.Enquanto beijava os lábios rosados, o homem sentia vontade de voltar a experimentar o gosto doce e único da boceta pequena dela. E ele iria fazer isso, necessitava sentir esse sabor mais uma vez e se deleitar como se não houvesse amanhã.Talvez agora ele entendesse ela, quando disse que flores sem cuidados murcham. Os dois estavam murchos de sentimentos pela ausência de carinho e atenção, mas naquela noite, a mais irracional da vida deles, poderia voltar a cultivar-se por algumas horas.O beijo estava ficando cada vez mais erótico e sensual, palavras de elogios a ela também estavam sendo ditas. Lentamente as l&iac
Concentrada em seu novo trabalho, Lia estava desde que começara, há uma semana. Como era iniciante, foi incumbida de dar banho nos animais de segunda à sexta-feira e passear com alguns cachorros duas vezes por semana. Era um ótimo trabalho para ela, entrava às dez da manhã e saia às cinco da tarde. Estava amando pois os animais eram boas companhias e certas vezes pareciam querer se comunicar com ela a todo custo.Quando recebesse seu primeiro salário, ela iria voltar no abrigo de animais em que deixou seus três gatinhos e implorar Magdalena para pegá-los de volta, pois teria como comprar ração para eles.— Lia, tem uma pessoa esperando por você na recepção. — a recepcionista passou rapidamente para avisá-la.— Obrigada, já estou indo. — a menina terminou de secar um cachorrinho poodle preto e foi até lá ver qu
Lia HamiltonA noite estava fria e eu não conseguia dormir, me virava a cada cinco segundos na cama. O quarto no qual eu dormia, na verdade era o sótão da casa, mas nada feio, muito pelo contrário, era lindo e muito arrumado, já tinha uma cama que Magdalena dizia ser para visitas que nunca vinham de sua família.As paredes bem cuidadas, tudo em seu devido lugar. Minha chegada nada abalou, apenas minhas roupas foram colocadas no guarda roupa embutido na parede. Ela parecia feliz e eu também em poder ter alguém que sentisse afeto por mim, Mag me lembrava bastante mamãe, as vezes eu quase soltava essa palavra para ela mas me segurava quando percebia o que iria dizer.Mesmo com o frio da madrugada meu corpo estava ardente, as lembranças do encontro com Lázzaro mais cedo me deixaram acesa e impossibilitada de pensar em outra coisa como de costume, ainda adicionando o fato de que ouvi coisas