~Pov. Eris~
A madrugada teria sido muito fria se Victor não estivesse aqui, embora não tivesse nada inflamável por perto ele aqueceu o próprio corpo com o intuito de fornecer calor para mim e para o Luiz. Estavamos sentados escondidos por trás das motos, eu estava entre os dois com os pensamentos embaralhados e perdidos.
Ooh, ooh, ooh, ooh
Been wishin' for youOoh, oohTryna do what lovers do (ooh)Quando escutei Luiz cantarolando comecei a rir, Victor me encarou como se eu fosse uma louca e por isso tentei disfarçar colocando a mão na boca e puxando as pernas em direção ao busto. Luiz sabia que eu estava rindo dele e continuou de propósito enquanto ria de mim.
Tell me, tell me if you love me or not
Love me or not, love me or notI bet the house on you~Pov. Antony ~No centro da cidade estava um completo vazio, parecia que as pessoas tinham se isolado em algum lugar por um motivo estranho. Felipe não ousou me seguir e eu acabei me perdendo em pensamentos enquanto andava, o autocontrole fugindo entre meus dedos a cada minuto.Sem achar uma alma se quer por ali me arrisquei em tentar entrar na casa do líder que diferente de quando viemos não tinha ninguém na porta. Quando entrei o coração disparou em alarte, Leticia estava inconsciente sobre uma cadeira e varios móveis revirados, o estalo da trava de uma pistola me deixou travado.- Olha só quem resolveu aparecer. Bom amanhecer, Antony. - eu não conhecia a voz mas o fato de saber meu nome denunciava que era próximo.- Traidor, está entregando seu próprio povo para a forca. - era um dos soldados que vigiavam os muros, e por vezes fazia ronda na academia, eu o reconheci assim que vir
~Pov. Erion~- Acho que posso conviver com você. - essa foi a frase mais sensível que eu pude dizer para a Bella enquanto estivemos juntos.- Eu não sou a Dawn, sinto muito. - de fato ela não era, mas eu não podia mudar o que estava acontecendo, eu estava me apaixonando por uma garota estranha com longos cabelos castanhos e olhos verdes marcantes. Precisei voltar com urgência para Oncep, os Elementais que mandamos tinham dado problema para nosso exército. Eu sempre fui apaixonado por nossa cidade, cada canto de Oncep foi minimamente projetado para ser lindo. Branco e azul eram as cores que prevaleciam em todos os lugares aqui, as casas sempre muito bem padronizadas e as pessoas sempre sorridentes, era tudo perfeito.Doi saber que nem sempre foi assim, que tentamos conviver com Elementais e sem números mas eles tinham a maldade enrolada ao seu
~Pov. Eris~Minha paciência para essaviagem estava chegando ao fim, ver o amanhecer daqui era de fato muito bonito mas o sono estava lutando contra o meu corpo. Ficar sem dormir por muito tempo não era um hábito meu, eu normalmente dormir em qualquer lugar que pudesse me encostar.O barulho das motos que antes era ensurdecedor para mim agora parecem apenas pequenas sinfonias, as costas quentes de Victor parecia me convidar para um cochilo e lutar contra isso estava sendo dificil. O aperto em sua cintura afrouxou quando o sono me bateu com força e os olhos quase não abriram mais.- Victor, para a moto. - escutei a voz de Luiz um pouco distante e despertei quando a moto freou e eu precisei me segurar para não cair.- Eris, você está bem? - ele percebeu o meu susto quando agarrei sua blusa sem jeito, sorri vomo uma criança travessa que esconde suas burradas.
~Pov. Eris~A velocidade da moto estava diminuindo, Luiz esbravejou alguns palavrões para o vento e forçava o acelerador. Já fazia alguns minutos que haviamos deixado Victor para trás, minha mente o procurava em todos os locais que conseguia mas nada encontrava, tentei me agarrar as palavras de Luiz e prestar atenção no nosso problema.- O que está acontecendo? - perguntei sentindo sua respiração pesada, ele freou olhando para todos os lados com atenção, não podiamos ser um alvo fácil.- Eu não sei, essa moto não é minha. - ele desceu me ajudando a descer também, fiquei de "guarda" enquanto Luiz verificava o problema da moto. Meu pensamento indo e vindo para Victor.- Acho que o motor deve ter esquentado. - dei de ombros ao ver sua expressão de preocupação, aparentemente não tinha nada de errado com a moto.- E desde quando entende de motores? - e
~Pov. Antony~Quando Leticia acordou quase matou o Eduardo afogado, seria engraçado se não precisássemos dele para escapar, ela estava assustada porque foi atacada enquanto lutava. Deixei que Gabriel explicasse a ela tudo que aconteceu e como iriamos sair daqui, o mapa estava a minha frente e eu analisava cada espaço devagar para ter certeza sobre as rotas que tomaríamos.- Você fica fofo concentrado. - ergui o meu olhar para ela que mantinha um sorriso doce nos labios carnudos, retribuí e empurrei o óculos contra o rosto novamente. - São as rotas?- São, a mais fácil é sair pelos fundos e seguir a floresta mas, estariamos distante da estrada para o Ponto de Encontro. - suspirei focando no mapa, o mais fácil nem sempre é o melhor.- A mais difícil é? - ela perguntou sentando ao meu lado, o nervosismo se apoderou de mim e eu tive que me controlar para não gaguej
~Pov. Eris~Os muros da cidade ficavam cada vez mais perto deixando que a tranquilidade atravessasse meus pulmões em um ar totalmente puro, o que nunca seria possível cientificamente. Com a falta de árvores o ar que respiramos é aspero e muitos morreram até que o corpo conseguiu se adaptar ao ambiente.Os dois estavam calados, quietos e centrados, chegar a Arcaria era um alívio e ao mesmo tempo transmitia tensão, não sabiamos como eles iriam reagir a nossa aproximação. As vezes Victor fazia um leve carinho em minhas mãos como se quisesse me acalmar e isso estranhamente funcionava.Poucos metros nos separavam agora, se antes eu me sentia pequena olhando para esse muro pareciamos meras formigas operárias. Os músculos de Victor travaram quando Luiz fez um escudo para se proteger dos tiros, eles não gostaram nenhum pouco da nossa presença.
~Pov. Antony~Minha audição não era muito boa mas o silêncio entre nós foi tão grande que podia ouvir o som do coração de cada um batendo descompassado. Leticia segurou em minha mão e eu apertei meus dedos entre os seus, se fosse um Telecto dariamos conta mas se for Felipe estamos ferrados.- Que cara de otarios é essa? Paressem que viram um fantasm! - para a nossa sirpresa uma garota pouco mais baixa que Lericia apareceu, ela não usava vestido como as mulheres da cidade mas sim roupas masculinas.- Gabrielle, por que ainda suspeitei que seria você, diabinha? - Eduardo soltou o ar dos pulmões e todos imitaram o gesto, essa garota nos deu um enorme susto.- Porque sera? - ela deu de ombros sorrindo, seu olhar passou em cada um e pousou sonre Gabriel que ficou ruborizado com o olhar da morena. - Vocês não me convidaram para a festa, fiquei chateada.- Tive a esperança que você não est
~Pov. Antony~Não iria ser difícil, Eduardo e Gabrielle se espalharam para procurar os soldados e desacorda-los sem fazer alarte. Gabriel foi o primeiro a descer e verificar se tinha alguém dentro do veículo, quando sinalizou que estava limpo eu e Leticia descemos e corremos para dentro do carro. Ele só tinha dois bancos na frente e a parte de trás era como um baú de armas, Gabriel abriu a porta de trás e entrou, eu e Lê ficamos na frente, alguns minutos mais tarde Eduardo e Gabrielle pularam dentro do carro.- Liga logo isso! - Gaby fechou a porta do carro, fiz uma bolha de a prova de som ao nosso redor para evitar sermos descobertos tão cedo. Leticia girou a chave e o carro roncou o motor.- Ótimo, e agora? - ela perguntou, todos nós encaramos ela esperando que aquilo fosse uma brincadeira.- Agora? Agora nós saímos daqui Leticia, você falou que sabia dirigir esse troço. - Gabriel bufou s