Eu sabia que minha mãe estava perambulando pela minha casa, por este motivo decidi ficar em meu quarto para não ter o enorme desprazer de cruzar com ela novamente.
Mas foi em vão.
Sem nem ao menos bater na porta e usufruir de sua boa educação, minha mãe entrou no quarto e ficou parada, encostada a porta, seus olhos fixos em mim.
Eu queria evitá-la. Deveria fingir sua inexistência, mas não dava para fingir que ela não estava ali, não com aqueles olhos azuis frios encarando-me.
— O que é? — disse rude. — Vai ficar me encarando por quanto tempo?
— Precisou de uma garota para ser sua barriga de aluguel, Derek? — ela disse com aquele jeito sempre tão odiável.
— Ah, não. Foi a Sabrina que te contou, não é? Ela é mesmo uma fofoqueira...
— Não acredito que chegou a este ponto, meu filho. Você
DerekDepois de muito persistir, minha mãe decidiu ir embora. Não por livre e espôntanea vontade, é claro, mas o cheque que eu lhe ofertei foi o suficiente para fazê-la, de uma vez por todas, voltar para sua casa.Amanda e eu saímos cedo para ir a clínica, finalmente descobrir o sexo do bebê.Mesmo assim, nada saiu como o esperado.Assim que saímos do consultório médico, fomos direto até a lanchonete que havia dentro da clínica.— Por que optou por não descobrir o sexo?Amanda questionou assim que se acomodou na cadeira, ficando de frente à mim.— O bebê está saudável e forte com um touro, isso é tudo que importa. Além do mais, gosto desse suspense.Amanda riu de lado.Lo
Derek— Eu não acredito que fingiu que estávamos juntos, Derek. — Amanda gargalhou. — Coitada da garota, você foi perverso com ela.Eu abri um sorriso de lado.— Desculpe, eu apenas... ah, você não me entenderia... — rolei os olhos. — Eu não sei mais fazer isso, Amanda. Não tenho jeito para paquerar, me sinto um velho.Amanda riu.— Mas você não é um velho. É jovem e precisa de uma namorada.Revirei os olhos, fazendo Amanda rir.— Você pediu minha ajuda, certo?Eu assenti.Ela mordeu os lábios.— Certo, então vamos praticar.Franzi a testa. O que ela queria dizer em praticar?— Como é?— Ah, você sabe... — ela ergueu os olhos. — Vamo
AmandaEstava deitada na cama, pensativa. Minhas pernas pareciam um bolo e a barriga já começara a pesar mais do que o normal.Ouvi dois toques na porta e rapidamente me apressei em dizer para que a pessoa entrasse.Para minha surpresa, era Derek. Ele entrou no quarto com um sorriso largo, abotoando uma das mangas de sua - bem passada - camisa azul marinho.Seus cabelos penteados e alinhados para trás o deixava... até de longe, muito bonito.Ele se aproximou de mim e, íntimamente sentou-se sob a minha cama, depois estendeu seu braço direito e eu entendi que ele queria que eu abotoasse sua outra manga.— Certo. É alguma reunião de negócios? — eu forcei um sorriso, ainda muito curiosa.Derek negou imediatamente.—
AmandaConforme os minutos foram se passando, minha respiração normalizou-se.Derek me ergueu do chão e me ajudou a sentar no sofá. Depois, trouxe-me um copo com água e ficou me observando por alguns segundos.— Você não devia estar aqui... — murmurei baixinho, e Derek riu, assentindo em seguida.— Esqueci minha carteira. — explicou, ele. — Ainda bem que a esqueci.Eu rolei os olhos, demonstrando minha irritação por mantê-lo ali, quando, na verdade, ele deveria estar em um encontro.— Tudo bem, você consegue me dizer o que houve para ficar daquela forma?Mordi os lábios.Ele provavelmente me acharia louca dissesse que havia
DerekDurante a noite, não conseguia dormir de maneira alguma. Só conseguia pensar em Amanda, nas coisas pelas quais ela já passou. Sentia um nó se formar em minha garganta cada vez que eu imaginava as piores situações que ela tivera de se submeter.Não sabia porque isso me deixava tão irritado, mas eu simplesmente estava.Levantei-me da cama, já inconformado por não conseguir, de forma alguma, dormir.Caminhei pelo corredor apressadamente e por um mísero segundo pensei em bater à porta de Amanda, simplesmente para ver como ela estava.Se ela estava bem.Mas não precisei fazer isso, porque Sabrina saiu de lá e me olhou com a testa franzida.— Ainda acordado? — ela questionou e, com cuidado, fechou a porta do quarto, imp
DerekTodos estamos sentados à mesa de jantar, exceto por Amanda. Estamos em silêncio. O clima na casa está ruim, isso é um fato. Suspiro profundamente. A verdade é que realmente estou curioso e preocupado com a ausência de Amanda, e não consigo me conter.— Onde está Amanda? — eu pergunto, me direcionando a ninguém em especial. Mas olho para Damen e Sabrina esperando um resposta.Meu irmão dá de ombros. Sabrina nem se esforça para me olhar. Giro um pouco o pescoço e encaro Meg.— Está no quarto. Disse que está sem fome e que jantará depois.— Jantar depois? Sozinha?— Não sei por que tanta preocupação... — ouço minha irmã resmungar.
AmandaQuando o dia amanheceu, tudo que eu menos queria era cruzar com Derek.A noite anterior havia sido um pesadelo e eu só queria, de uma vez por todas, acordar dele.Mas isso não seria tão simples e fácil.Acordei mais cedo que o normal, apenas para tomar café da manhã antes de Derek e voltar para o meu quarto antes que ele saísse para empresa.Abri a porta do quarto vagarosamente e, com certa descrição, olhei ao redor para certificar-me de que a barra "estava limpa".De fato, estava.Andei na ponta dos pés, sigilosa, com cuidado para ser o mais discreta possível.No entanto, para meu enorme desprazer,
AmandaO grande dia havia chegado: finalmente Sabrina se casaria. E, apesar da chuva forte que caía incessavelmente lá fora, tudo ainda estava dentro dos conformes.Bem, ou quase isso.Para entrar no bendito vestido de madrinha, houve uma certa dificuldade que não fora calculada por mim antes.Nove meses.Finalmente eu completei nove meses. Agora era esperar.Esperar por um futuro incerto e instável.Encarei-me no espelho e forcei um sorriso.— Certo, você pode esperar um pouco mais, não é? — conversei com o bebê. — Quero dizer, hoje é o casamento de sua tia e nenhum de nós quer atrapalhar este gra