Parte 10...— Assim é a humanidade. Quanto mais deveria evoluir, menos as pessoas dão o passo certo. Tem muita coisa que atrapalha demais e causa um enorme mal hoje em dia e que as pessoas estão normalizando.— É verdade - torceu o nariz — Eu acho um absurdo que os pais deem celulares para crianças pequenas.— Isso faz muito mal ao desenvolvimento cerebral da criança - cruzou os braços — Até os sete anos de idade, a criança é um livro em branco e tudo o que ela vai experimentar da vida, vai moldar seu futuro. Os pais estão atrofiando o cérebro dos filhos e ainda acham ruim quando os cientistas e médicos explicam o mal que isso faz.— É como se fossem zumbis - balançou a cabeça — Acho uma pena que a sociedade esteja se perdendo em vários pontos.— Isso se deve à falta de responsabilidade - ela ergueu um dedo — Muitos só querem passar sem cuidar de si e menos ainda do próximo. Estão em um caminho perigoso para uma nova destruição. O pior para mim, são as pessoas que têm preguiça de pens
Parte 1...Anelise decidiu levar Diana com ela para sua casa em Aracaju e a fez ir até onde morava para falar com os pais e explicar. Era uma casinha pequena, bem menor do que a de sua avó e Diana dormia em um quartinho apertado e só havia um banheiro para eles.Ela e os pais ficaram envergonhados no começo, mas depois que ela contou que também foi pobre e vivia só com a avó, eles entenderam e relaxaram.— Garanto que o tamanho da casa não mostra o tamanho do caráter - ela comentou para relaxarem e aceitou uma xícara de café — Eu conheço pessoas que vivem em verdadeiros palácios e não têm nada de caráter.— Diana nos explicou sobre sua oferta de emprego - a mãe dela disse sentando ao lado.— Eu gostei muito de conhecer a Diana - respondeu sincera — Acho que ela vai ser uma ótima assistente pessoal para mim.— Viu só, mãe? - a abraçou — Vou poder ajudar vocês.— Não tem que se preocupar conosco, filha - o pai dela disse — Tem que fazer a sua vida.— Ela tem que se preocupar, sim - Anel
Parte 2...Depois que Ludimila apresentou Diana aos outros empregados, ela e as crianças a levaram para conhecer os animais de estimação da casa.— Foi bom ter trazido Diana com você - Felipe entregou um copo com suco para ela.— Foi mesmo? - sorriu pegando o copo — E por que?— Nada demais - ele desconversou — É bom fazer algo de bom para alguém que precise.— É sim. Acho que ela me lembra um pouco de quem eu era.— Vá curtir seus filhos e depois a gente conversa mais sobre o que descobri.— Não vai me adiantar nada?— Não. As crianças estão com saudades da mãe deles.— Ok. Está certo. Depois então.***************O resto do tempo ela dedicou a ficar com os filhos e ouvir atenciosamente suas histórias. A escola entraria no período de férias e eles queriam viajar, principalmente o Alan.— Meu amor, mamãe ainda não está de férias.— Você é a dona, não precisa esperar férias - ele reclamou.— Ainda estou trabalhando em um acordo, mas assim que terminar, nós vamos viajar.— Mas aí a gen
Parte 3...— Ótimo - sentou na cadeira de frente para ela — Sabe que eu tenho razão quando cismo com alguém, não é? - ela assentiu erguendo a sobrancelha — Pois bem. Hugo está querendo lhe passar a perna aqui na empresa - ele olhou estranho e fechou o notebook — Basicamente, o que você está fazendo com Mathias, ele quer fazer com você.Anelise não se espantou tanto, visto que já tinha reparado que o cunhado andava mais afastado dela. Sabia que ele gostava dela, mas com certeza gostava mais da cadeira da presidência.— Eu já tinha ciência de que ele guardava mágoa por eu ter assumido a cadeira de presidente da empresa ao invés dele, mas realmente cheguei a pensar que ele tinha aceitado a vontade do irmão - disse em tom triste.— Não estou só o acusando - se inclinou sobre a mesa — Eu o segui e investiguei o que estava armando por trás. Ele vem falando mal de você para os sócios, como se não tivesse mais interesse em cuidar da forma certa as negociações - torceu a boca de um lado para
Parte 4...Anelise estava em sua sala na empresa, quando o cunhado bateu de leve na porta e entrou.— Começou cedo - ele disse colocando dois documentos em sua frente — Preciso de sua assinatura aqui...— Deixe aí que eu vou ler em seguida.— É que eu preciso das assinaturas agora.— Deixe... - ergueu o olhar para ele — Eu leio depois.Hugo se espantou com a frieza dela.— O que houve?— Comigo? Nada - voltou a atenção para o notebook.— Você parece aborrecida.— Não estou. Só cansada de confiar nas pessoas - levantou a cabeça e o mirou direto — E elas me traírem.Hugo paralisou um instante. O olhar frio dela era tanto quanto sua voz.— Ok... Me chame quando terminar.— Você está se ocupando muito com isso, não é Hugo?Ele parou e se virou.— Isso? - franziu os olhos sem perceber.— É- ela se recostou na cadeira — Os projetos nacionais. Sendo que a sua pasta é dos contratos internacionais - ela disfarçou sua vontade de dizer que já sabia do plano dele de desacreditá-la.— Só estou ten
Parte 1...Diana entrou apressada quando ela abriu a porta.— O que foi? - Anelise franziu a testa.— Luiza vem aí. Eu a vi parar o carro lá atrás e estava descendo, por isso me apressei.— Merda! - ela soltou.Ela não podia ver seus filhos logo agora ou tudo iria azedar.— Vamos lá para fora. Ludimila! - chamou alto — Não deixe ninguém ir lá para fora agora, nem o Felipe.— Certo - ela voltou para o quinta depressa.Ela e Diana saíram e encontraram Luiza já de olho no carro alugado que eles pegaram na agência do aeroporto.— Está com visita? - ela apontou para o carro.— O que quer aqui, Luiza? - Anelise parou e cruzou os braços.— Eu vim aqui antes e a casa estava toda fechada - inclinou a cabeça de lado — Minha filha disse que você tinha dito que iria embora. Eu vim confirmar.— É verdade, eu vou mesmo. Só tenho alguns assuntos para encerrar. Não precisava vir.— E vai largar Mathias?— Nunca estive atrás dele e você sabe. Seu filho é que não me deixa em paz.— E não vai contar a
Parte 2...— É isso mesmo o que eu quero - ela pausou — Hugo, dessa vez não me decepcione. Peço em nome de seu irmão.Ele ficou olhando para o celular sem entender bem o que ela queria dizer.Na manhã seguinte ela informou a Ludimila e Felipe que a reunião aconteceria e que se preparassem porque a energia poderia ficar um pouco pesada.— Tenha cuidado - ele disse — Eu irei buscá-la quando acabar. Espero que tudo corra bem.— Não é preciso, Felipe. Eu vou e volto dirigindo.— Vai estar abalada, eu sei que vai.— Possivelmente - ela sorriu de leve — Mas vou conseguir dirigir. Vocês me aguardam aqui.— Mãe, você vai demorar? - Bianca perguntou.— Espero que não, amor - a beijou — Vou me trocar agora.Ela foi para o quarto respirando fundo, repassando na mente tudo o que já tinha passado e seus motivos para estar fazendo aquilo. Agora a questão era de negócios e não mais pessoal. Essa parte acabara. Já tinha desprendido energia demais para isso, agora já era hora de voltar a ser a Anelis
Parte 3...Antes de entrar naquela reunião, Mathias ainda pensou em ligar para Anelise. Queria ouvir a voz dela, talvez isso o acalmasse ou ajudasse a passar por uma situação chata. Ele nunca teve problemas em participar de nenhuma reunião, mas aquela era diferente. Ele havia descoberto que o contrato com a Free Carnes havia sido repassado por baixo da mesa para a empresa de seu antigo rival, a Ferroso Incorporações.Isso não foi nada bom para ele que antes tinha sido o responsável por pegar essa parceria e tinha sido bom para a Mazzaro, mas agora, ao que parece, a outra empresa tinha sido mais rápida e generosa nos acordos, lhe trazendo uma dificuldade a mais para continuar agradando aos outros membros da diretoria.Um dia, do nada, representantes da Ferroso Incorporações apareceram querendo comprar suas ações e depois por várias vezes eles tomaram contratos com outras empresas menores e até fornecedores. Até mesmo os fizeram gastar mais para não perder um ótimo acordo e isso acabou